No segundo dia do 12º Congresso Internacional da Gestão, os congressistas conheceram o trabalho da Fundação Proamb, de Bento Gonçalves, que desenvolve soluções ambientais, focadas na assessoria técnica ambiental e gestão de resíduos.
O case da Proamb foi apresentado pela presidente da Fundação, Juliana Ferrari Dal Piaz. A organização foi criada em 1991 por 31 empresas da Serra gaúcha que buscavam atender demandas geradas pelas exigências dos órgãos ambientais. “Desde a criação da Proamb pautamos o trabalho em quatro pilares de sustentabilidade. Nossas ações deveriam ser ambientalmente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente aceitas”, explica Juliana.
A primeira ação da Proamb foi a criação de uma central de resíduos sólidos, localizada em Pinto Bandeira. Atualmente, a central atende a cerca de 800 empresas de todo o Estado. Em 2004, a Proamb passou a atuar com assessoria ambiental, atuando nas organizações com ações que visam reduzir a geração de resíduos sólidos, através de técnicas de produção mais limpa. “Parece uma contradição termos uma usina de resíduos e atuarmos para reduzir a geração destes resíduos. Mas nosso objetivo é atuar com soluções ambientais completas”, afirmou Juliana.
Uma terceira frente de atuação da Proamb é a operacionalização da Fiema Brasil – Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente, que objetiva aproximar empresas e organizações com demandas ambientais dos players que detém as soluções. “Uma das premissas que trabalhamos com a Fiema é de que os resíduos devem ser tratados como negócio, não como lixo”, diz Juliana. Em 2012, será realizada a 5ª Edição da Fiema, que conta com uma série de eventos paralelos, envolvendo diversos públicos conectados às questões ambientais.
Juliana destacou ainda que desde 2010 a Proamb tem buscado parcerias internacionais para o desenvolvimento de soluções ambientais para organizações gaúchas. Segundo Juliana, a Fundação trabalha para alcançar um objetivo ousado: “Queremos transformar a Serra Gaúcha em um pólo de sustentabilidade ambiental”.
Presidente da SAP Brasil apresenta modelo de crescimento sustentável da empresa no 12º Congresso Internacional da Gestão
Uma proposição para o crescimento sustentável das organizações foi o foco da apresentação do presidente da SAP do Brasil, Luís César Verdi, no 12º Congresso Internacional da Gestão, promovido pelo PGQP. Verdi apresentou de que forma pode-se executar um modelo de gestão que permita à organização desenvolver projetos de transformação que elevem sua capacidade de produzir novos valores e fortaleça sua competitividade.
Os projetos de transformação são executados de forma paralela aos processos regulares da organização. “Porém, é preciso seguir os procedimentos do modelo de gestão da empresa, com um núcleo responsável por estes projetos. Assim será possível desenvolver estes novos valores de forma paralela à produção regular da organização, explica Verdi.
Inicialmente, é preciso traçar objetivos que possam ser compreendidos de forma clara por todos os níveis da organização. A eles devem ser alinhados objetivos individuais (como a remuneração variável) para que sejam mais eficazes. A definição de mecanismos de medição e monitoramento eficiente de indicadores possibilitam que estes sejam exame com profundidade. Com objetivos e indicadores definidos, parte-se para a definição de uma metodologia de gerenciamento de projetos que deixe claras as responsabilidades e lideranças envolvidas, além de prioridades bem definidas.
Verdi demonstrou também de que forma este processo é executado na SAP. A subsidiária brasileira, que tem como meta triplicar de tamanho em cinco anos, apostou em uma reforçada estratégia de comunicação e alinhamento internos, feitos diretamente entre a diretoria e os colaboradores. A execução dos projetos de transformação na SAP é realizada por um grupo de colaboradores voluntários, que executam estes projetos de forma paralela aos seus processos regulares. “Eles consideram esta atividade como uma oportunidade de ganhar conhecimento e experiência em novas áreas, se preparando para receber novas responsabilidades na empresa”, explica Verdi.
Os resultados destes projetos tem se refletido em todas as dimensões do Balanced Scorecard aplicado na SAP. “Para nossa surpresa, em 2010 a SAP Brasil atingiu a posição inédita de terceira maior subsidiária do grupo em todo o mundo. É um sinal de que estamos fazendo as coisas da maneira certa”, conclui.
A chinesa Han Yan, do Departamento de Cooperação e Intercâmbio e Ciência de Xangai realizou a última palestra do segundo dia do congresso, apresentando as tecnologias inovadoras e sustentáveis que marcaram a realização de eventos de grande porte em Xangai, como a Exposição Universal de Xangai, ocorrida em 2010, e a Bienal de Design de Xangai.
Ambos os acontecimentos foram marcados pela utilização de tecnologias sustentáveis que iam desde o uso de recursos como água e energia (eólica e solar, com o uso econômico de mais de 200 mil lâmpadas de LED), passando por transporte alternativo e com emissão zero de carbono, até o manejo de resíduos sólidos e estudo de impacto ambiental para as construções empreendidas.
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