Equipe Braskem - 05/02/2015 às 15:54
Utilizar computadores, recarregar celulares, comer e viajar são atividades normais para a vida de qualquer pessoa. Porém, todos os hábitos necessários à nossa sobrevivência, incluindo os mais simples, trazem impactos sobre o meio ambiente. Em um mundo no qual cada vez mais se fala sobre sustentabilidade e finitude de recursos, como fazer as melhores escolhas para o mundo atual?
Para tentar analisar o real impacto da produção ao meio ambiente, a indústria brasileira tem cada vez mais utilizado a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), que mensura a sustentabilidade de produtos e serviços, considerando todos os impactos relacionados ao desempenho da função para qual foi concebido. Assim, seu estudo permite comparações entre duas ou mais alternativas ao levar em conta todas as etapas de seus respectivos ciclos de vida, desde a extração de matéria-prima, passando pela etapa de produção, distribuição, fase de uso e fim de vida. O fluxograma abaixo dá uma ideia geral dos aspectos considerados na ACV.
Para exemplificar a aplicação da ACV na prática, podemos comparar duas alternativas para envasar 500 ml de água mineral, sendo uma garrafa de PET e a outra de vidro. Um estudo de ACV vai dedicar-se ao desempenho das funções dessas garrafas, que é envasar, proteger e transportar 500 ml de água mineral. O estudo contemplaria ainda a extração das matérias-primas, a produção da embalagem e envase, a distribuição da água e o descarte das garrafas. Também seriam consideradas as diferentes alternativas de descarte (ou “fim de vida”), que poderiam ser, por exemplo, o retorno, lavagem e reutilização da garrafa de vidro e, no caso do PET, a reciclagem. Trata-se de uma análise abrangente que o mercado chama “do berço ao túmulo”.
Uma das grandes contribuições da ACV é fornecer informações que permitam a tomada de decisão em diversas áreas, como as relacionadas a otimização de processos e produtos, definições de políticas ambientais corporativas, ou até mesmo estratégias de comunicação e marketing. Os estudos de ACV também levam em consideração categorias de impacto com efeito global, como é o caso da categoria “mudança climática”, relacionada às emissões de gases do efeito estufa. Há aindaparticularidades regionais que também são levadas em consideração. Japão e Estados Unidos, por exemplo, têm dimensões de impacto diferentes para a categoria “ocupação da terra”. Já a categoria “uso da água” tem um grande impacto para países africanos, e um pouco menor para o Brasil (ao menos por enquanto).
O polietileno verde “I’m green™”, produzido a partir do etanol, também conta com um estudo próprio de ACV, concluído em 2014 pela Braskem. O produto, também conhecido no mercado como Plástico Verde, captura 2,15 quilos de CO2. Ou seja: ao invés de emitir CO2, o processo produtivo captura gás carbônico. Além disso, 80% da energia consumida em todo o processo é proveniente de fonte renovável. Os resultados refletem também a realidade da indústria da cana-de-açúcar e etanol no Brasil – comumente plantada em áreas de pasto degradadas, a cana contribui para a recuperação do solo.
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