Agilidade nas organizações pode gerar maior flexibilidade e rapidez de adaptação de processos
15/06/2015
Fundamento leva em conta, também, as partes interessadas e as mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de ciclo das ações.
Para
obter maior flexibilidade e rapidez de adaptação, é importante atuar
com agilidade nas novas demandas das partes interessadas e em mudanças
do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de
ciclos dos processos.
A explicação do quinto Fundamento do Modelo de Excelência da Gestão®
(MEG), Agilidade, contou com a contribuição de membros do Núcleo Técnico
Critérios de Excelência da FNQ (nomes destacados abaixo), cujo objetivo
é promover a atualização do nosso modelo à luz das tendências do século
XXI. A rapidez e o ritmo na adaptação de novas demandas do ambiente são
essenciais para a competitividade e a sustentabilidade das
organizações.
Pedro Carlos Resende Junior acredita que a agilidade
estimula um olhar simultâneo para fora da organização e para a
respectiva cadeia de valor. “A Teoria da Contingência, a qual diz que
não há nada de absoluto nas organizações, traduz e suporta o conceito
deste Fundamento, no qual a organização, sistematicamente, busca
adaptar-se às mudanças ambientais e formata novos arranjos estruturais
internos e em parcerias com clientes, fornecedores e demais partes
interessadas pertinentes a fim de alcançar desempenho”, explica.
Para Carlos Eduardo G. F. Assmann, a agilidade é
fundamental, principalmente, em tempos de crise. “O que, nas empresas
menores, tem se chamado de ‘pivotar’, ou seja, mudar de rumo, de acordo
com a demanda e resultados, consiste na agilidade. Já as maiores têm
procurado aprender e reintegrar esse elemento à sua cultura”, defende e
completa: “Vejo que agilidade está ligada ao propósito: quanto mais
engajamento dos profissionais ao propósito, mais agilidade se tem”.
A agilidade na adaptação de novos processos
A simplicidade e o tempo são, a cada dia, cruciais na assimilação de
mudanças e na implementação de ajustes e contramedidas. Ter agilidade é
cada vez mais evidente. “A agilidade de um processo está na velocidade
de tomada de decisão, não necessariamente na configuração do processo ou
na sua capacidade de mudanças. Processos flexíveis e com fluxo de
informações efetivo (tempo e conteúdo) são frutos da tomada de decisão
adequada para conferir agilidade nos processos”, explica Rodolfo Cardoso.
Todos os processos gerenciais devem ser ágeis: o reconhecimento de
novas forças competitivas, a identificação de novas necessidades das
partes interessadas, a reformulação e o desdobramento de estratégias, a
aquisição de empresas ou as tecnologias, a configuração de novos
produtos ou reformulação, a montagem de equipes, a alterações de
processos, a atualização de tecnologia e sistemas de informação e outros
aspectos.
Sobre a mensuração da agilidade dos processos, Marcus Vinícius Cotrim Árabe conta
que é, sim, possível mensurá-los. “Ela pode ser realizada por meio de
indicadores de desempenho, tais como produtividade de entrega ou
serviços, tempo de ciclo ou execução de atividades, tempo de espera ou
resposta/solução de reclamações ou solicitações, índices de manutenção
de equipamentos, velocidade de conexão, taxas de retorno de
investimentos, satisfação de clientes, market share e outros”, explica.
Atualmente, existe uma grande demanda de autonomia para os níveis
operacionais implementarem melhorias e inovações aos processos.
“Busca-se organizações que tenham pré-configurações para responder, com
velocidade adequada, às demandas de partes interessadas e às mudanças no
ambiente. Dessa forma, busca-se mais flexibilidade com essas
pré-definições. Um exemplo é como a escola de Configurações e a Teoria
de Contingências vêm influenciando o planejamento estratégico, buscando
que as organizações tenham estratégias de contingência e/ou
configurações para diferentes situações de ambiente”, relata Rodolfo Cardoso.
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