A sustentabilidade no dia a dia das organizações
23/06/2015
Dudalina, Grupo Fleury, J. Macêdo e Natura mostram, a partir do exemplo, como é possível adotar medidas sustentáveis
O segundo painel do Congresso FNQ de Excelência em Gestão trouxe o tema “Repensando o crescimento econômico – Como prosperar dentro de limites” e, como convidados para debater, estiveram presentes Sonia Regina Hess, da Dudalina; Aline Branco, do Grupo Fleury; Zotico Schmitz, da J. Macêdo e Luciana Villa Nova, da Natura. Por meio das histórias de cada uma dessas organizações, ficou claro para os participantes que é possível, sim, adotar medidas sustentáveis no dia a dias das organizações.
“Ser sustentável não é caro. É uma questão de atitude”, defendeu Hess, que contou como ser empresário não significa gerar riqueza material, é também gerar riqueza para a comunidade e para a sociedade como um todo”. Uma das ações realizadas pela Dudalina é usar o retalho da sobras de produções para transformar em outros produtos, como sacolas, nécessaires, entre outros. “Se você tem retalhos sobrando, mande-nos que podemos fazer muitas coisas com eles”, convida.
Já na Natura, a sustentabilidade está presente em toda a cadeia de produção, ou seja, desde a extração dos ativos dos produtos até a distribuição e entrega deles. Para que isso seja mantido e explorado, ainda mais, a organização anunciou, em dezembro do ano passado, um plano que visualiza a Natura em 2050. “Uma empresa não pode, de forma alguma, gerar lucro apenas para si própria, ela precisa gerar impacto positivo para todos os seus públicos e para o meio ambiente”, defende Luciana Villa Nova, gerente de sustentabilidade da Natura. Outro motivo pelo qual a corporação é reconhecida pela sua responsabilidade é a sua cultura organizacional, em que você pode acreditar que pode mudar e deve pensar em um mundo melhor. “Temos que ter uma crença de que cultura significa fazer”, ressalta.
Porém, ao pensarmos no setor da saúde, o cenário muda. O brasileiro tem um comportamento diferente do usual, em que, em vez de fazer um acompanhamento médico enquanto possui convênio, ele se dá conta da importância do benefício quando é demitdo, por exemplo. “O desequilíbrio de recursos é muito grande na nossa área e o Grupo Fleury enxerga que tem uma participação muito importante nesse processo de reequilíbrio, reeducando stakeholders com o objetivo de fazer com que o trabalho feito seja cada vez mais focado nas pessoas”, explica Aline Branco, do Grupo Fleury.
Além disso, a sustentabilidade também é uma questão ética. E, sobre isso, Zotico Schmitz, da J. Macêdo, levantou a questão: “O negócio está sendo bom para um lado ou para todos os lados?”. Para explicar como é feito dentro da empresa, ele deu o exemplo do trigo. “Agora, passamos a comprar no interior do Rio Grande do Sul, de pequenas e médias cooperativas. Descobrimos, nesses pequenos coletivos, um trigo de melhor valor para o negócio e entendemos a diferença que essa relação pode proporcionar para aquele pequeno empreendedor”, conta. Para ele, a sustentabilidade vem das ações do dia a dia, que nos levam a um resultado melhor no futuro.