terça-feira, 30 de junho de 2015

O olhar para o futuro das empresas

26/06/2015

Projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do ambiente e possíveis efeitos sobre a organização são algumas das características desse fundamento

Ao olhar para o futuro, uma organização reflete sobre os cenários possíveis que poderá encontrar no curto e longo prazos, a partir da própria experiência e das informações e tendências do ambiente, que podem ser percebidas e prontamente investigadas com a profundidade necessária. 
 
Um exemplo de organização com esse olhar para o futuro, que corresponde ao oitavo Fundamento do MEG, é o Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo. 
 
Por meio da remuneração do trabalho, sem explorar e sem gerar dependência de programas governamentais, as cooperativas promovem distribuição justa da riqueza, inserindo, a cada dia, mais pessoas na economia de consumo. Avaliando alternativas e adotando estratégias apropriadas, elas representam uma forma sustentável de revigorar a economia por meio do ciclo virtuoso do trabalho ao desenvolvimento. 
 
Cooperativas como modelo de negócio para o futuro
 
“Eu acredito que as cooperativas já são um modelo estratégico de negócio mundial. Se considerarmos cooperados - familiares e empregados -, temos mais de um bilhão de pessoas vivendo de cooperativas no mundo todo. Recentemente, assistimos ao crescimento de cerca de 12% das cooperativas de crédito brasileiras em meio à crise financeira mundial, à falência de bancos e à retração do sistema bancário brasileiro”, explica Giulianna Fardini, do Sescoop. Ela conta, ainda, que países como a Alemanha, que tem uma economia fortemente apoiada no modelo cooperativo, mostrou-se mais sólida em meio à crise capitalista. 
 
No Brasil, há vários exemplos de municípios onde a economia gira em torno de cooperativas e que apresentam alta qualidade de vida dos cidadãos. “Os resultados positivos obtidos pelas cooperativas ficam onde os cooperados estão. Eles não são passados para as matrizes em grandes centros ou no exterior, formando uma poupança interna local e gerando o círculo virtuoso do trabalho>geração de riqueza>consumo>desenvolvimento local>mais trabalho>mais riqueza”, explica Giulianna.
 
As cooperativas têm um objetivo social por meio do crescimento econômico. “Sem viabilidade econômica, as cooperativas não têm como existir e sem viabilidade social, elas não têm razão de ser”, afirma Giulianna.  “O que as empresas têm a aprender é que a riqueza não é um fim nela mesma, mas um meio para promover a justiça social e a felicidade das pessoas”, complementa.
 
O mercado das cooperativas
 
Investir em educação dos cooperados e profissionalizar a gestão são os primeiros passos para as cooperativas garantirem maior competitividade no mercado. Para Giulianna, o modelo de governança precisa ser aprimorado de maneira a facilitar o processo de sucessão. “Além disso, precisam praticar e explorar mais o potencial da intercooperação, que é a cooperação entre cooperativas, seja para a promoção de estudos e pesquisas, desenvolvimento de produtos e tecnologia, projetos sociais ou negócios em conjunto”, conta. 
 
A intercooperação é uma vocação natural das cooperativas para a formação de parcerias e atuação em rede, com o objetivo de reduzir custos, ter ganho de escala, qualidade, abrangência e aumento de competitividade. 

“Para a organização alcançar a visão de futuro, ela precisa enxergar para onde caminha o mercado e a sociedade e como a empresa é ou será afetada. Para isso, é imprescindível a adoção de estratégias mais apropriadas”, explica Giulianna. 

FNQ abre inscrições para o curso Gestão de Risco


Em entrevista, Marco Nutini, instrutor do curso, explica como gestores podem identificar focos de risco dentro das organizações


Com foco na exploração do potencial de aprimoramento da gestão de risco, a FNQ está com inscrições abertas para o curso “Gestão de Risco – Aprendizado com base em casos históricos”, com turmas em julho, setembro e novembro. À frente das aulas, o instrutor Marcos Nutini propõe aos participantes o desafio de compreender os estudos de caso, bem como o de aprofundar as metodologias do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) para identificação e solução de focos de risco dentro das organizações. 
 
Em entrevista, Nutini ressaltou a importância dos gestores de todas as áreas dominarem os conceitos de risco e incerteza, com a finalidade de incorporar aos processos uma nova mentalidade e forma de agir. Confira:
 
1. No atual momento de crise em que estamos inseridos, quais são as vantagens de se fazer um curso de gestão de risco e como ele pode ajudar a organização?
 
As crises costumam chamar mais a atenção para a importância da gestão de risco, a qual é um componente essencial do sistema de gestão de qualquer entidade, em qualquer época, haja ou não uma crise. Claro que é um momento propício para investir no tema, pois as partes interessadas estão mais sensíveis a ele. O curso ajuda o participante a dominar os conceitos de risco e incerteza, trazendo-os para um âmbito pragmático, tornando mais simples a aplicação no dia a dia. 
 
2. Qual o diferencial do curso da FNQ em relação aos demais cursos do mercado?
 
É um curso desenhado para gestores de qualquer área, ainda que especialistas também possam usufruir dos aspectos conceituais. Além disso, ele é fundamentado nos exemplos extraídos da história de desastres e sucessos empresariais, em que a gestão de risco teve papel relevante. O participante sai do curso pronto para aplicar os conceitos, mesmo sem ter tido experiências anteriores ou formação em estatística financeira.
 
3. Como é possível harmonizar a gestão de risco com os outros processos e sistemas de uma organização?
 
O coordenador corporativo da gestão de risco deve ser capaz de interagir com os coordenadores dos diversos sistemas, tais como qualidade, segurança, meio ambiente, finanças, marketing etc. No curso da FNQ, mostramos ferramentas para assegurar a harmonização entre sistemas, por meio da linguagem comum de risco e dos processos padronizados de reporte de risco. A gestão de risco está presente em todos os sistemas de gestão, de forma transversal: por exemplo, a revisão da ISO 9001 para 2015 está incorporando um novo requisito sobre gestão de risco. Um curso eficaz de gestão de risco deve mostrar como é feita essa integração, visando explorar o risco em suas várias versões. 
 
4. Como evitar riscos nas organizações?
 
O modo ideal é identificando o risco nas pontas, bem antes que ele se manifeste, ou seja, por meio das próprias pessoas e dos gestores da linha de frente que estão tomando decisões. A gestão de risco tem de ser capilarizada na empresa.  Por isso, o aprendizado sobre riscos potenciais é essencial, uma vez que as pessoas podem aumentar essa competência por meio de treinamento.
 
5. Como o MEG pode ajudar na prevenção de riscos em uma organização?
 
Muitas vezes nos esquecemos de que 30% do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é gestão de risco pura. Ele dá indicações inequívocas de quais são os principais focos de risco em uma organização genérica. Em consequência, empresas que adotam o modelo e que são submetidas a avaliações periódicas, tendem a ser mais inteligentes em relação a seus riscos.
 
As inscrições para o curso estão abertas. Para mais informações, clique aqui
29/06/2015

Prêmio é o maior reconhecimento à excelência da gestão das organizações no Brasil

Reconhecimento máximo à excelência da gestão das organizações no Brasil, o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) valoriza empresas nível classe mundial e ocupa uma posição central na missão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), de estimular e apoiar as organizações para o desenvolvimento e a evolução de sua gestão. 
 
Para o PNQ 2015, 17 organizações se inscreveram, das quais 14 efetivaram a candidatura. Dessas, seis são do sudeste e cinco, da região sul. As regiões norte, nordeste e centro-oeste estão representadas por uma organização cada. Entre os setores de atuação, três são da indústria, quatro de serviços e sete da área de energia. 
 
Neste ano, um conjunto de empresas sem fins lucrativos estão participando do processo. Isso demonstra a capacidade do MEG de melhorara gestão de organizações de qualquer porte ou setor. 
 
Importância do PNQ
 
Ao participar do PNQ, a companhia submete sua gestão a um grupo de especialistas que tem como objetivo identificar as boas práticas de gestão da empresa, que se candidata, em relação ao MEG. “Este processo promove um rico aprendizado, pois, para se submeter, os colaboradores precisam realizar uma grande reflexão para preencher o relato organizacional. Este processo, naturalmente, já traz um grande aprendizado a todos os envolvidos, pois a identificação de lacunas na gestão da organização nesta etapa fica evidente” comenta Gustavo Utescher, da área de Capacitação e Premiação da FNQ.
 
Ao término do processo de avaliação, as organizações recebem o diagnóstico de maturidade da gestão (DMG), que contém todos os pontos fortes e oportunidades de melhoria da gestão em relação ao MEG. Para Gustavo, o desafio de continuar a busca pela excelência é trabalhar as oportunidades de melhoria levantadas pelos avaliadores durante o processo.

domingo, 28 de junho de 2015

Café Filosófico: A contribuição e o papel das empresas frente às mudanças climáticas - Pavan Sukdev

Pavan Sukhdev e a Corporação 2020

Pavan Sukhdev: Put a value on nature!

Agrisustenta 2014, uma Revolução Tropical no Campo: Pavan Sukhdev

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Modelo de Excelência da Gestão

Uma visão sistêmica da gestão organizacional 
Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é o carro-chefe da FNQ para a concretização da sua missão, que é a de estimular e apoiar as organizações brasileiras no desenvolvimento e na evolução de sua gestão para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade e outras partes interessadas. 
 
Ele possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados organizacionais. E, ainda, proporciona a compreensão do mercado e do cenário local ou global onde a organização atua e se relaciona. 
 
Ao adotar o MEG, a organização alinha seus recursos, identifica os pontos fortes e as oportunidades de melhoria, aprimora a comunicação, a produtividade e a efetividade de suas ações, além de se preparar para que os seus objetivos estratégicos sejam atingidos. 
 
Alicerçado em 13 Fundamentos de Excelência, esses expressam conceitos reconhecidos internacionalmente e traduzem-se em processos gerenciais ou fatores de desempenho que são encontrados em organizações classe mundial, ou seja, naquelas que buscam, constantemente, aperfeiçoar-se e adaptar-se às mudanças globais.  
 
Além dos Fundamentos, oito Critérios de Excelência compõem o MEG e garantem à organização uma melhor compreensão de seu sistema gerencial, proporcionando uma visão sistêmica da gestão. São características tangíveis, mensuráveis, quantitativa ou qualitativamente, propostas na forma de questões que abordam processos gerenciais e solicitações de resultados. 
 
A mandala do MEG (que contém os Critérios) simboliza a organização, que é um sistema vivo integrante de um ecossistema complexo, com o qual interage e do qual depende, adaptável ao ambiente e sugere uma visão sistêmica da gestão organizacional.

O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) é um modelo de referência e aprendizado que serve para todo tipo e porte de empresa. Suas principais características são:
 
- Modelo Sistêmico
Possui um conceito de aprendizado e melhoria contínua, pois seu funcionamento é inspirado no ciclo do PDCL (Plan, Do, Check, Learn). 
 
- Não é prescritivo
O MEG é considerado um modelo de referência e aprendizado, no qual não existe prescrição na sua implementação de práticas de gestão. O modelo levanta questionamentos, permitindo um exercício de reflexão sobre a gestão e a adequação de suas práticas aos conceitos de uma empresa classe mundial.
 
- Adaptável a todo tipo de organização
O MEG permite às organizações adequar suas práticas de gestão aos conceitos de uma empresa classe mundial, respeitando a cultura existente. O modelo tem como foco o estímulo à organização para obtenção de respostas, por meio de práticas de gestão, sempre com vistas à geração de resultados que a tornem mais competitiva.
 
O Modelo estimula o alinhamento, a integração, o compartilhamento e o direcionamento em toda a organização, para que atue com excelência na cadeia de valor e gere resultados a todas as partes interessadas. 
 
Além disso, ao adotar o MEG, os vários elementos da organização e as partes interessadas interagem de forma harmônica nas estratégias e resultados, estabelecendo uma orientação integrada e interdependente de gerenciamento.
O MEG pode ser aplicado em qualquer tipo de organização. São diversos os benefícios da adoção do modelo.
 
• Promove a competitividade e a sustentabilidade. 
• Proporciona um referencial para a gestão de organizações.
• Promove o aprendizado organizacional. 
• Possibilita a avaliação e a melhoria da gestão de forma abrangente. 
• Prepara a organização para participar do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ). 
• Melhora a compreensão de anseios das partes interessadas. 
• Mensura os resultados do negócio de forma objetiva. 
• Desenvolve a visão sistêmica dos executivos. 
• Estimula o comprometimento e a cooperação entre as pessoas. 
• Incorpora a cultura da excelência. 
• Uniformiza a linguagem e melhora a comunicação gerencial. 
• Permite um diagnóstico objetivo e a mensuração do grau de maturidade da gestão. 
• Enfatiza a integração e o alinhamento sistêmico.
 
De acordo com uma pesquisa encomendada pela FNQ junto à Serasa Experian, as organizações que adotam o MEG investem e evoluem mais financeiramente (clique aqui para ver a pesquisa completa). 
 
Vale ressaltar que o MEG não é um sistema prescritivo quanto à ferramenta, à estrutura ou à forma de gerir o negócio. Ele estimula a organização a estar atenta às necessidades e às expectativas das diversas partes interessadas e utiliza essas informações para formular o planejamento estratégico e os seus desdobramentos. 
 
 
Os 13 Fundamentos da Excelência são: 
1. Pensamento sistêmico; 
2. Atuação em rede; 
3. Aprendizado organizacional; 
4. Inovação; 
5. Agilidade; 
6. Liderança transformadora; 
7. Olhar para o futuro; 
8. Conhecimento sobre clientes e mercados; 
9. Responsabilidade social; 
10. Valorização das pessoas e da cultura; 
11. Decisões fundamentadas; 
12. Orientação por processos; 
13. Geração de valor.
 
Para saber mais detalhes de cada Fundamento, clique aqui.
 
Já os oito Critérios de Excelência são:
 
Hoje, o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) reflete a experiência, o conhecimento e o trabalho de pesquisa de diversas organizações e especialistas do Brasil e do exterior. 

Mas antes de ser consolidado como MEG, a FNQ adotava outras metodologias internacionais. De 1992 a 1996, era utilizado o modelo americano da Fundação Baldridge da Gestão Qualidade Total. Algumas mudanças foram feitas no modelo a partir de 1995, mas sempre acompanhando a estrutura do Malcolm Baldridge National Quality Award, até 2000, quando foi lançada a primeira versão do MEG, o primeiro modelo genuinamente brasileiro de gestão.
 
A cada ano, o MEG vem sendo aperfeiçoado por meio do Núcleo Técnico Critérios de Excelência, da Fundação, que promove a sua atualização eo coloca na vanguarda dos modelos de gestão.
 
 
 
Atualmente, o MEG é o único modelo no mundo que está em sua 20ª edição, o que demonstra a preocupação da FNQ em mantê-lo atual e alinhado ao cenário mundial. 
 
Veja os depoimentos das empresas que adotam o MEG
 
“Adotar o MEG abriu uma perspectiva às melhores práticas do mercado e promoveu uma mudança na cultura da empresa.”
Márcio Fernandes, diretor-presidente da Elektro – Premiada no PNQ 2013
 
“Há uma forte sintonia entre o espírito do MEG e nossos princípios e práticas de gestão. Isso facilita a assimilação e motiva os nossos profissionais – que são os verdadeiros agentes nesse processo.”
Luis Henrique Ferreira Pinto, diretor-presidente da CPFL Piratininga – Finalista do PNQ 2013 
 
“A premiação no PNQ 2014(?) consolida a posição da AES Sul na implantação do MEG e nos dá o conforto de saber que estamos na direção correta. Indica que a empresa conseguiu, de fato, implementar, de forma consistente, o Modelo.”
Antônio Carlos de Oliveira, diretor-geral da AES Sul – Premiada no PNQ 2014
 
“O melhor de tudo é saber que o MEG vai nos manter fortes para enfrentar todas as dificuldades que o mercado, eventualmente, nos apresentar. Queremos nos manter no topo e avançar cada vez mais.”
Sergio Luiz Onzi, diretor industrial da Master – Premiada no PNQ 2014

Participe - visite o site e se inscreva
http://www.mbc.org.br/mbc/pgqp/hot_sites/16_congresso_inter/

quarta-feira, 24 de junho de 2015




16º Congresso Internacional da Gestão do PGQP terá como tema Conexão Qualidade

Evento referência mundial nas áreas da qualidade e gestão será realizado nos dias 16 e 17 de julho, em Porto Alegre (RS)

O 16º Congresso Internacional da Gestão, evento referência mundial nas áreas da qualidade e gestão, abordará neste ano o tema Conexão Qualidade. Promovido pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), o evento acontecerá nos dias 16 e 17 de julho, na FIERGS - Avenida Assis Brasil, 8787 -, em Porto Alegre. As inscrições para o Congresso estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.portalqualidade.com/pgqp/Congresso2015.

Conforme afirma o presidente do Conselho Diretor do PGQP, Ricardo Felizzola, Cada cidadão é alvo de um ambiente onde se promove a melhoria contínua, a satisfação do consumidor e custos razoáveis, resultados de excelência na produção. “A satisfação de toda uma população é alcançada a partir da disseminação de conceitos, atitudes e conhecimento sobre processos que geram serviços e produtos de uma sociedade”, explica.
O evento trará a Porto Alegre, entre nomes internacionais e nacionais, palestrantes reconhecidos nas áreas de inovação, gestão e qualidade, e ressalta-se a presença do presidente da Barrett Values Centre, Richard Barret, e do presidente da Schargel Consulting Group, Franklin Schargel

Aproximadamente 15 nomes já estão confirmados para o evento, tais como: o diretor Superintendente do SEBRAE-RS, Derly Cunha Fialho; o diretor Executivo da Agenda 2020, Ronald Krummenauer; e o palestrante e coach life, Gabriel Carneiro Costa. Para o painel “LACOS: Como garantir a competitividade num mundo sustentável?”, está confirmado o Professor e Pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Peter Bent Hansen. No debate cujo tema é “Soluções de logística integrada para a gestão da indústria” palestrará a diretora de Mercado da GEFCO, Ekaterini Kranioti.

O convidado do painel “Governança e sustentabilidade: somando forças ao pacto global da ONU”, é o presidente do ISAE, Norman de Paula Arruda Filho. Já o conselheiro de Administração da Mercur, Jorge Hoelzel Neto, falará sobre “Mercur: questione sua empresa, mude vidas!”. O painel “Novo empreendedorismo: Movimento empreendedor corporativo” contará com as presenças do diretor Executivo da Empreenda.vc, Sérgio Detoie; do suíço sócio diretor da Tantum/Symnetics Suiça, Alexandre Grutman; e do diretor da Symnetics, André Coutinho.

Segundo o secretário Executivo do PGQP, Luiz Ildebrando Pierry, a 16º edição do Congresso apresenta ao mesmo tempo uma atualização das suas estratégias que propõe resgatar o verdadeiro valor de se fazer qualidade em tudo. “Seguindo um raciocínio construído ao longo de 15 edições do Congresso Internacional da Gestão, onde se debate competitividade, inovação e sustentabilidade, o tema deste ano é uma continuidade de discussões já proporcionadas. Falamos sobre gestão colaborativa no ano passado, e agora, iremos propor a conexão das diversas áreas de atuação do ser humano em prol do bem comum”, garante.

Com o objetivo de resgatar o verdadeiro valor de se fazer qualidade, associado a um processo de renovação, o PGQP lançará, no Congresso, a Orbe – aplicativo colaborativo para ampliar a mobilização, experiências, desafios e soluções como forma de fortalecer os interesses de coletividade. A nova ferramenta estimula as pessoas a resolver suas dificuldades empreendedoras e ao mesmo tempo compartilhar formas de soluções com os demais. Quanto mais o usuário colabora, mais pontos ele soma. O aplicativo, que tem como essência a troca de experiências, possibilitará o contato e a divisão de conhecimentos entre pessoas de diferentes perfis, e em qualquer lugar do mundo.

No dia 17 de julho, à noite, também será realizada a entrega do 20º Prêmio Qualidade RS (PQRS), o grande momento de reconhecimento às organizações que se destacam em suas práticas e resultados na qualidade da Gestão. A premiação será entregue, juntamente com a 5ª edição do Prêmio Inovação PGQP. O PQRS é reconhecido como o Oscar da Qualidade por sua credibilidade e critérios rigorosos de avaliação. Mais informações podem ser acessadas clicando aqui.

Além da promoção do PGQP, patrocinam o 16º Congresso Internacional da Gestão as seguintes instituições: Braskem, Gerdau, Hospital Moinhos de Vento, Ipiranga, Santander, Weinmann Laboratório, IEL, GEFCO, Interact Solutions e Symnetics. E atuando como apoiadores do evento estão: Fruki, Fecomércio RS, FIERGS, First Decision | SAP, MBS Consulting, Qualitymark, Empresas Randon, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Sebrae, Sulgás, Vonpar e Prefeitura de Porto Alegre.

SOBRE O PGQP

O Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) tem a missão de promover a competitividade sustentável do Rio Grande do Sul para melhoria da qualidade de vida das pessoas através da busca da excelência em gestão. Criado em 1992, o PGQP tem como presidente do Conselho Superior Jorge Gerdau Johannpeter e do Conselho Diretor Ricardo Menna Barreto Felizzola. Considerado referência internacional, por sua disseminação e capacidade de mobilização, o PGQP soma mais de 1,3 milhão de pessoas envolvidas, com adesão de mais de 11 mil organizações associadas e uma rede de 80 comitês setoriais e regionais, permeando o estado do Rio Grande do Sul e diversos setores da economia gaúcha, com a capacitação de mais de 250 mil pessoas nos fundamentos da qualidade. Fica localizado na Rua Washington Luiz, 820/302 - Centro – Porto Alegre.
Porto Alegre, 25 de junho de 2015.

A sustentabilidade no dia a dia das organizações

23/06/2015

Dudalina, Grupo Fleury, J. Macêdo e Natura mostram, a partir do exemplo, como é possível adotar medidas sustentáveis

O segundo painel do Congresso FNQ de Excelência em Gestão trouxe o tema “Repensando o crescimento econômico – Como prosperar dentro de limites” e, como convidados para debater, estiveram presentes Sonia Regina Hess, da Dudalina; Aline Branco, do Grupo Fleury; Zotico Schmitz, da J. Macêdo e Luciana Villa Nova, da Natura. Por meio das histórias de cada uma dessas organizações, ficou claro para os participantes que é possível, sim, adotar medidas sustentáveis no dia a dias das organizações.
 
“Ser sustentável não é caro. É uma questão de atitude”, defendeu Hess, que contou como ser empresário não significa gerar riqueza material, é também gerar riqueza para a comunidade e para a sociedade como um todo”. Uma das ações realizadas pela Dudalina é usar o retalho da sobras de produções para transformar em outros produtos, como sacolas, nécessaires, entre outros. “Se você tem retalhos sobrando, mande-nos que podemos fazer muitas coisas com eles”, convida.
 
Já na Natura, a sustentabilidade está presente em toda a cadeia de produção, ou seja, desde a extração dos ativos dos produtos até a distribuição e entrega deles. Para que isso seja mantido e explorado, ainda mais, a organização anunciou, em dezembro do ano passado, um plano que visualiza a Natura em 2050. “Uma empresa não pode, de forma alguma, gerar lucro apenas para si própria, ela precisa gerar impacto positivo para todos os seus públicos e para o meio ambiente”, defende Luciana Villa Nova, gerente de sustentabilidade da Natura. Outro motivo pelo qual a corporação é reconhecida pela sua responsabilidade é a sua cultura organizacional, em que você pode acreditar que pode mudar e deve pensar em um mundo melhor. “Temos que ter uma crença de que cultura significa fazer”, ressalta.
 
Porém, ao pensarmos no setor da saúde, o cenário muda. O brasileiro tem um comportamento diferente do usual, em que, em vez de fazer um acompanhamento médico enquanto possui convênio, ele se dá conta da importância do benefício quando é demitdo, por exemplo. “O desequilíbrio de recursos é muito grande na nossa área e o Grupo Fleury enxerga que tem uma participação muito importante nesse processo de reequilíbrio, reeducando stakeholders com o objetivo de fazer com que o trabalho feito seja cada vez mais focado nas pessoas”, explica Aline Branco, do Grupo Fleury.
 
Além disso, a sustentabilidade também é uma questão ética. E, sobre isso, Zotico Schmitz, da J. Macêdo, levantou a questão: “O negócio está sendo bom para um lado ou para todos os lados?”. Para explicar como é feito dentro da empresa, ele deu o exemplo do trigo. “Agora, passamos a comprar no interior do Rio Grande do Sul, de pequenas e médias cooperativas. Descobrimos, nesses pequenos coletivos, um trigo de melhor valor para o negócio e entendemos a diferença que essa relação pode proporcionar para aquele pequeno empreendedor”, conta. Para ele, a sustentabilidade vem das ações do dia a dia, que nos levam a um resultado melhor no futuro. 

Repensando a fórmula de sucesso

23/06/2015

Convidados debatem como novos negócios estão utilizando sua força para fins inclusivos e sustentáveis

Durante o primeiro painel de debate realizado no Congresso FNQ de Excelência em Gestão 2015, os convidados Maure Pessanha (Artemísia), Tales Gomes (Plataforma Saúde), Julia Maggion (Sistema B) e Gilberto Ribeiro (Vox Capital) discutiram o papel desempenhado pelas empresas que carregam, em suas missões, a preocupação e a responsabilidade social com o ambiente em que estão inseridas.
 
Mas, qual o ponto de partida para transformar-se em um negócio de impacto? Observar lacunas e novas oportunidades de investimento vem se tornando uma prática comum entre aqueles que procuram uma nova forma de enxergar um modelo econômico. Mais do que garantir lucros, as empresas buscam uma integração maior com a sociedade, procurando entender como suas ações podem ajudar na diminuição da vulnerabilidade social e do impacto ambiental, em uma caminhada sem volta para uma fórmula de sucesso para os negócios nunca vista.
 
No mercado há mais de dez anos, a Artemísia, uma organização sem fins lucrativos, pioneira no investimento em negócios de impacto social, se destaca pelo idealismo pragmático e pela valorização das relações interpessoais. “Hoje, existe, sim, um ambiente empreendedor já focado nessas questões socioambientais. Isso ainda não é maioria, mas já existem muitas pessoas que focam o olhar nesse tipo de solução”, comenta Pessanha. Com o desafio de identificar, entre tantas organizações, aquelas que oferecem de forma intencional soluções escaláveis para problemas sociais da população de baixa renda, a ONG conta com especialistas e investidores que estudam as oportunidades comerciais de cada empreendimento.
 
Procurando entender e detectar pontos de atuação sustentável, a Plataforma Saúde também se desdobra para cumprir com o objetivo de democratizar o acesso à saúde para pessoas que vivem em situação de pobreza. “A Plataforma nasceu pensando no impacto social. Toda a equipe sempre esteve pensando em aplicar nossas métricas em todas as soluções”, explica Gomes.  
 
Ao contrário do que pode parecer, este novo modelo não precisa, necessariamente, de investimentos milionários, ao contrário, precisam do investimento certo. Com executivos cada vez mais jovens e antenados com o novo momento da economia, a maioria destes negócios começam pequenos e crescem com o apoio dos investidores. “O desafio do novo executivo é relacionar o seu desejo pessoal com o profissional. Talvez seja a hora de você pensar em imprimir a sua marca de alguma maneira na sociedade. A principal ruptura é a mental. O empreendedor precisa, quando estiver desenvolvendo o plano de negócios, entender que o lucro será o meio para se realizar a entrega do produto ou serviço”, pontua Ribeiro, da Vox Capital, primeira empresa de investimentos de impacto do Brasil.
 
Nesta cultura que promove a construção de ecossistemas favoráveis, surge o Sistema B, que prova que é possível manter os lucros em uma economia em que o bem-estar da sociedade seja o verdadeiro sucesso de um negócio. “A ideia não é fazer uma guerra contra o lucro. O lucro é libertador. A quebra de paradigma está no conceito de repensar o negócio, de repensar o sucesso. A forma com que você se relaciona com seu fornecedor, com a comunidade onde você atua, com o seu cliente, os seus colaboradores aponta para um caminho mais sustentável ou menos sustentável. No longo prazo, isso vai mostrar de maneira clara qual o tipo de lucro que você vai alcançar”, finaliza Julia Maggion.

Muito mais que lucro, uma questão de estratégia e consciência

23/06/2015

Para Pavan Sukhdev, o crescimento dos investimentos em negócios sustentáveis revela uma alteração no modo de pensar a economia mundial

Em palestra realizada no Congresso FNQ de Excelência em Gestão 2015, Pavan Sukhdev, principal autor do relatório The Economics Of Ecossystem And Biodiversity (TEEB), da ONU, apontou caminhos e estratégias para mudanças na gestão corporativa, visando uma relação equilibrada, em que as ações mercadológicas se equilibram com preocupações sociais e ambientais, podendo, assim, revolucionar a forma como pensamos a economia mundial.
Ao apresentar as teorias sobre o Novo Capitalismo, Pavan levantou como principal questão a urgência em mudar o padrão utilizado desde 1920 e adotar um novo modelo de gestão até 2020, prevenindo, assim, as externalidades negativas, como a escassez de recursos naturais, conflitos e desigualdades. “Não se trata de uma questão de reinventar a economia, mas de entender o que a literatura econômica nos diz. Se reconhecermos isso, podemos pensar em alternativas que nos levam para um mundo mais sustentável”, comenta.
Mais do que seguir as regras do jogo, é preciso ser estratégico e pensar em soluções que tornem o empreendimento rentável, lucrativo e sustentável, baseando-se em pilares que valorizam os capitais financeiro, humano, social e nacional de forma vertical e colaborativa. “O negócio é muito mais do que trazer lucros, é gerar valores e lucros para os acionistas, mas também para a sociedade. Não podemos reduzir o nosso objetivo para o básico, precisamos ter um propósito e olhar além”, pontua.
O crescimento nos investimentos em sustentabilidade e a criação de negócios de impacto estão diretamente ligados às mudanças de postura não só de empresas, mas da sociedade como um todo. Entender que é possível criar um modelo sustentável apoiado em políticas público-privadas, que se preocupam com o lucro e com os reflexos gerados durante todos os processos produtivos, é o caminho. "Nós, como comunidade corporativa, devemos pensar sobre isso, pois os investidores estão à procura de novos negócios. Como isso vai acontecer? Precisamos mudar algumas questões macro, como perdas de capital público, a demanda e o consumo", explicou.
Ao destacar o papel desempenhado pelo Brasil diante das perspectivas de mudanças, Pavan encerrou sua apresentação, levando os convidados à reflexão do papel de todos neste processo. "O Brasil tem um papel muito importante a executar. Todos vocês, líderes, tem uma grande responsabilidade. O Brasil é a capital global do capital natural. Não é um pequeno desafio, mas acho que vocês podem enfrentá-lo", finaliza.