sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Edição nº 601 - 28 de agosto de 2015 - Periodicidade semanal
Noticias da Expoagas 2015
Expoagas 2015 encerra com R$ 409 milhões em negócios
Feira ocorreu nesta semana em Porto Alegre
A Expoagas 2015 - 34ª Convenção Gaúcha de Supermercados chegou ao final nesta quinta-feira (27), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre, sublinhando as tendências do setor supermercadista e destacando as apostas da indústria para o segundo semestre deste ano.

Realizada desde terça-feira (25) pela Associação, a feira apresentou ao varejo mais de 800 lançamentos, e encerrou com um volume recorde de negócios, na ordem de R$ 409 milhões - o que representa um crescimento de 11% sobre a edição anterior do evento e uma venda média de R$ 1,19 milhão por empresa expositora. O resultado positivo foi puxado por fornecedores de produtos de higiene e limpeza, de laticínios e de alimentos, e evidencia uma preocupação crescente dos consumidores gaúchos com produtos "saudáveis" e que proporcionem bem-estar.

Segundo dados apurados pelo Instituto Methodus nos dois primeiros dias da feira, 47,8% das vendas concretizadas na Expoagas 2015 foram junto a varejistas gaúchos, 40,3% a compradores de outros estados brasileiros e 11,7% junto a companhias de outros países. De acordo com os expositores entrevistados, aumentar as vendas, fixar sua marca no mercado e conquistar novos clientes foram os três principais motivos da participação no evento. A pesquisa foi realizada junto a 100 expositores da mostra, sendo 79% da indústria, 8% do comércio e 13% do setor de serviços. Conforme estimativas da Agas, 44,1 mil pessoas passaram pela feira, número 9% superior ao ano passado, representando 6,3 mil empresas diferentes - um crescimento de 18% no número de CNPJs em relação a 2014. Entre os visitantes, 82% são varejistas. "O comerciante é um otimista por natureza e, em momentos de instabilidade econômica como este, está em busca de oportunidades para crescer. É isto que a Expoagas proporciona, mais negócios, qualificação e novas parcerias", destaca o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo.
Contra alta de impostos, Longo faz reivindicações e mostra posicionamentos em discurso
Presidente da Agas falou sobre problemas e soluções para a economia
O discurso de abertura protagonizado pelo presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, no dia 25 de agosto, cumpriu as expectativas e teve muitas reivindicações. O presidente defendeu uma mudança política para fortalecimento do setor varejista no País: "Recentemente, o Brasil foi apontado, em pesquisa, como segundo país mais pessimista do mundo. Porém, isto não é pessimismo, isto é realismo devido à realidade em que vivemos", afirmou. Sobre a crise que atinge a economia brasileira, Longo foi categórico ao explicar que é necessária uma mudança moral e ética, acima de tudo. "Há uma crise financeira sim, mas há uma crise ainda maior de valores no Brasil. E esta não é mundial, é exclusiva do nosso País", taxou.

Sobre a possível alta da alíquota básica de ICMS no Estado, o supermercadista foi ainda mais enfático. "Se o aumento da alíquota básica do ICMS for aprovado no atual cenário de falta de renda do consumidor, retiraremos o Hino do Rio Grande da abertura em 2016. Não queremos que esta façanha sirva de modelo a mais ninguém. O Governo está doente e a população já tomou o seu remédio amargo. O governador foi eleito pela maioria dos gaúchos e tem nosso total apoio para tomar as medidas necessárias a estancar o sangramento financeiro do RS, mas não para aumentar impostos, transferindo a responsabilidade ao contribuinte. Esta não é a vontade da maioria do povo gaúcho que o elegeu", disse Longo.

O presidente completou: "O projeto de elevação da carga tributária do ICMS só vai piorar ainda mais a situação, pois trará queda da atividade econômica com a inevitável diminuição da arrecadação, sem contar a perda da nossa competitividade na atração de novos investimentos frente aos demais estados. Quanto a população gaúcha terá de pagar neste jogo político que está definindo a formação da base partidária que aprovará este projeto de aumento de impostos?", afirmou Longo. Confira aqui o discurso na íntegra.
Sperotto recebe o título de Supermercadista Honorário
Presidente da Farsul e do Sebrae/RS recebeu reconhecimento
Ainda na abertura, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, foi homenageado com o título de Supermercadista Honorário Agas.

O dirigente, que também é presidente do Sebrae/RS, agradeceu o reconhecimento elevando-o ao setor varejista como um todo: "Esta homenagem vai com o meu nome, porém, ela é de todos os produtores rurais do Rio Grande do Sul", disse.

Segundo Sperotto, 80% do que vai para as gôndolas dos mercados são oriundas do campo. "As dificuldades surgem, a crise está presente, porém não podemos parar de trabalhar. Nosso setor está equilibrado, mas temos de continuar buscando o desenvolvimento", declarou.
Tendências e hábitos de consumo em destaque
Com público recorde, evento superou expectativas
Ao contrário do ano passado, quando os negócios foram alavancados por empresas de máquinas e equipamentos, a Expoagas 2015 destacou o foco da indústria e do varejo em produtos para o consumidor final. "O gaúcho está com o poder de compra reduzido e valorizando mais do que nunca sua renda, e isto faz com que ele não abra mão da qualidade, mas pesquise muito preço", observa Patrique Nicolini Manfroi, diretor da Agas, ressaltando que a feira apresentou ao varejo cerca de 800 lançamentos.

Tradicional termômetro dos hábitos de consumo dos gaúchos, a feira evidenciou sobretudo novidades em alimentos sem gordura trans, sem glúten, sem lactose ou com menor teor calórico. "É um nicho em crescimento, assim como as cervejas artesanais, que estiveram pela primeira vez na feira", destaca Nicolini. Na área de tecnologia, soluções que garantem a segurança das empresas e dos consumidores, como máquinas facilitadoras de troco e cofres inteligentes, foram atração.

Questionados pelo Instituto Methodus sobre a movimentação de negócios nos estandes, 71% dos expositores informaram que realizaram negócios com profissionais de outros setores, que não supermercados. Os segmentos mais citados pelos fornecedores participantes da feira foram, pela ordem, restaurantes (56%), padarias (51%) e lojas de conveniência (42%). Segundo a pesquisa, 86,5% dos 344 expositores da Expoagas 2015 pretendem voltar à feira em 2016. As empresas expositoras ouvidas apontaram que, em média, as vendas na Expoagas representam 17,7% do total do faturamento de agosto. 73,5% dos expositores ampliaram a carta de clientes nos dois primeiros dias da feira e 99% atribuíram à Expoagas 2015 a classificação de muito importante ou importante para o desenvolvimento da sua companhia.
Carro vai para a Rede GrandeSul, de Porto Alegre
Sorteio ocorreu no último dia da Expoagas
Às 20 horas desta quinta-feira (27), pouco antes de encerrar o evento, a Agas sorteou um automóvel Hyundai HB20 zero quilômetro entre as empresas que efetuaram pelo menos R$ 1 mil em compras na feira.

O prêmio principal foi para a Rede GrandeSul, de Porto Alegre. Os ganhadores de outros 10 notebooks terão seus nomes divulgados na semana que vem, na Newsletter Notícias Agas. Todos os sorteios foram auditados pela Audilink e autorizados pela Caixa Econômica Federal.
Joaquim Barbosa fala sobre ética, e Teatro do Sesi tem público recorde
Ex-ministro do Supremo falou no terceiro dia da Expoagas
Principal atração da programação da Convenção, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, falou sobre Ética na política e nos negócios na palestra magna do dia 27 de agosto, quinta.

Prestigiaram o painel cerca de 3,2 mil pessoas, um público recorde para o Teatro do Sesi, na Fiergs. "Não tomem minhas palavras com pessimismo, mas precisamos reconhecer os problemas para poder enfrentá-los", afirmou o ex-ministro, ao mostrar desesperança na política nacional.

Segundo ele, "poucos ousam dizer que esse modelo de capitalismo e compadrio entre empreendedor e determinadas estruturas governamentais, de fomento econômico, por exemplo, que predominam em alguns setores da nossa economia, podem, sim, causar sérias distorções comportamentais. E o que é pior, mudar radicalmente a dinâmica da relação entre o poder público e aqueles que optaram pelo mundo dos negócios", destacou Joaquim Barbosa. Ao final da palestra, Barbosa ingressou em um debate com o jornalista gaúcho Rogério Mendelski, e, questionado se seria candidato a presidente do Brasil, negou. "Não me adequaria ao sistema que está posto. Uma andorinha só não faz verão", afirmou.
Debate sobre economia do setor e palestra motivacional marcam a manhã de quarta (26)
Debate trouxe à tona os gargalos do setor e tendências
Na manhã de quarta-feira (26), dois momentos marcaram Expoagas 2015. O debate Tendências e Oportunidades no Varejo abriu o segundo dia de evento reunindo importantes lideranças varejistas, que apresentaram experiências e ideias para solucionar entraves do setor. Logo em seguida, o camelô e empresário David Portes conferenciou durante a palestra magna Uma Lição de Vida, Vendas e Marketing.

O diretor da Retailor Advisors, Olegário Araújo, abriu o debate econômico ressaltando três grandes forças que impactam a geração atual: economia, tecnologia e demografia. Segundo ele, o momento atual já foi enfrentado de forma muito mais forte em outras vezes: "nós já tivemos situações mais difíceis e vamos superar este com um novo olhar. É o momento de perceber a importância de reforçar bons hábitos e rever outros. Há oportunidades, mas é fundamental existir foco", afirmou. Para questionar os quatro convidados, a Agas convocou os diretores Patrique Nicolini Manfroi e Ezequiel Stein.

De acordo com o diretor da Smart Supermercados, do Grupo Martins, Gilmario Cavalcante, é necessário um programa de relacionamento com clientes e fornecedores nos supermercados, pois eles são os principais parceiros para o fomento do setor. "O objetivo principal que devemos ter é entender o comportamento do consumidor, aprimorando nossos empreendimentos, sempre buscando a rentabilidade e a sustentabilidade", completou. "Se quisermos ser diferentes, precisamos apresentar coisas diferentes. Nós estamos atravessando um momento difícil, e não podemos simplesmente 'trocar o gerente'", afirmou o presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do RS (Fetransul), Paulo Caleffi.

Para o CEO do Atacadão, Roberto Müssnich, é necessário que as empresas tenham líderes e não chefes: "liderar pelo exemplo é o grande desafio das nossas empresas hoje em dia". Segundo ele, a crise faz os bons empresários repensarem o negócio e surpreender. "Uma crise paralisa os nossos processos de decisão e é neste momento que surgem os líderes. Devemos usar a inovação para surpreender e superar a crise que enfrentamos", completou.

O primeiro debate precedeu a palestra magna Uma Lição de Vida, Vendas e Marketing, apresentada pelo ex-camelô e hoje empresário, David Portes. Ele contou sobre a sua ascensão no mundo empresarial e deu dicas motivacionais aos que desejam ampliar os seus negócios. "Comecem pequenos, mas pensem grande. A grande sacada é encantar e, por isso, o atendimento é fundamental", afirmou. Segundo ele, as letras que formam a palavra 'venda', são as iniciais de vertebres importantíssimos para o negócio: Virtude, Excelência, Nortear, Diferenciar, Atitude. Ainda, para Portes, a crise não afeta àqueles que pensam diferente. "Estou sempre tentando fazer algo diferente: de cada limão, uma limonada. As coisas acontecem rapidamente e, por isso, precisamos correr na frente do tempo", completou.
Melodia e talento marcam a palestra da Família Lima
Músicos se apresentaram após a solenidade de abertura
Uma Equipe Afinada foi o tema da palestra da Família Lima, na manhã de terça-feira (25), durante a Expoagas 2015, no Centro de Eventos da Fiergs. Amon, Moisés, Lucas, Allen e José Carlos Lima contaram a história do grupo com canções clássicas e participação da plateia. Na ocasião, Lucas falou sobre o ritmo que tocam e destacou que qualidade é importante, mas não o suficiente. "Fazer bem feito é fundamental, mas é preciso levar a música onde as pessoas estão", disse.

Além disso, o vocalista da banda também salientou a importância de ir além da partitura. "Isso quer dizer fazer mais do que foi pedido, esperado e combinado", explicou. O músico revelou que essa filosofia serve para toda e qualquer profissão. "Todas as áreas possuem a sua partitura, a sua regra, algo que precisa ser feito. Descubra qual é e vá além", completou.

Sobre uma equipe afinada, Lucas fez analogia a uma orquestra. "Um grupo desses pode ter até cem músicos juntos no palco. É preciso estrutura, uma hierarquia clara e definida e as funções de cada um bem estabelecidas desde o início para que dê certo", contou. Sobre o líder, ele fez um comparativo ao maestro e definiu algumas características essenciais para que um profissional tenha sucesso. "O grande líder é o maestro, mas ele não pode ser chefe, ele é o condutor. O astro é a música", disse. Lucas também falou sobre a importância de saber ouvir. "O maestro precisa escutar a sua parte e a de quem está tocando a seu lado", concluiu.
Caco Barcellos fala sobre empreendedorismo no Agas Jovem
Jornalista recebeu 750 jovens do setor
A Expoagas 2015 também abriu espaço para a formação de novas lideranças do setor. Na programação do Agas Jovem, quarta-feira (26), o jornalista Caco Barcellos falou sobre engajamento, criatividade e inovação durante a palestra Profissão Empreendedora. Conforme o presidente do Agas Jovem, Matheus Viezzer, cerca de 740 jovens prestigiaram o encontro. "Também definimos um cronograma de atividades com vistas à formação de novos líderes para o setor neste segundo semestre. As atividades incluirão visitas-técnicas e happy hours com empresários contando, aos jovens varejistas, seus cases de sucesso", afirma Viezzer.

Caco Barcellos começou a sua palestra defendendo a inovação e a persistência. Para ele, é importante que todos os profissionais, independentemente da atividade que realizam, apresentem essas qualidades para se diferenciar no mercado de trabalho. Além disso, defendeu o amor pelo ofício como fator fundamental para encontrar a felicidade. "Quando uma pessoa dedica toda sua vida na busca por dinheiro e riquezas materiais pode encontrar-se, no final da vida, pobre de outros aspectos, que são mais relevantes que o próprio dinheiro", afirmou.

Com o Profissão Repórter, Caco conseguiu mostrar ao público cenas que não são habituais na imprensa brasileira. Por meio da dedicação de jovens jornalistas, a equipe do programa trouxe a tona assuntos que, por vezes, incomodam muitas pessoas: "se estivermos defendendo causas nobres, podemos, às vezes, burlar algumas regras em prol da divulgação de informações de direito público".
Agas Mulher debate as facetas femininas
Cláudia Alencar foi uma das atrações da programação das mulheres
A programação do tradicional Agas Mulher teve em destaque a atriz Claudia Alencar e a economista-chefe da Fecomércio, Patrícia Palermo. Apresentando as várias faces da mulher, Claudia elucidou sua palestra com fotos de sua exposição interpretando grandes personalidades como Joana D´arc e Nossa Senhora. Além disso, falou sobre as diversas facetas femininas como a dona de casa, a mãe, a índia, a cigana e a sedutora.

A atriz sugeriu que as mulheres vivam com intensidade. "Se vou morrer plenamente, quero viver plenamente", disse. Ela ainda criticou o consumismo e afirmou: "eu compro o que eu quero, onde eu quero e quando eu quero. Não é o capitalismo que me dá felicidade. O amor é o que me faz feliz", completou.

A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, revelou que as escolhas das mulheres na definição da carreira ajudam a explicar, em parte, porque o sexo feminino ganha menos do que o masculino. Para ela, as mulheres precisam se perceber mais e isso está acontecendo a cada geração. "É um processo de aprendizado contínuo de sua inserção na sociedade como agente político, econômico e social", contou. Além disso, salientou a responsabilidade da mulher para a construção de uma nova mentalidade social, através do exemplo que damos às crianças.
CAT: sucesso de público e crítica
Centro de Aperfeiçoamento Técnico teve diversas atividades
Outro ponto alto do evento foram as palestras e seminários do Centro de Aperfeiçoamento Técnico - CAT.

Segundo o presidente dos Comitês Jurídico e de Capacitação da Agas, Ezequiel Stein, as palestras mobilizaram em média 20% mais participantes do que em 2014. "É um momento em que as empresas têm de procurar alternativas dentro da própria companhia para reduzir custos e otimizar processos. Uma avaliação interna cotidiana das operações é decisiva para o sucesso", avalia Stein.

A programação teve o Seminário Jurídico, que abordou os impactos e responsabilidades da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com especialistas e representantes do Ministério Público do RS e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente; o consultor Wagner Picolli falando sobre Gerenciamento de espaço; Madeleine Schein tratando do tema Zero desperdício e retrabalho; Vanderlei Goulart abordando a Redução de custos; Antônio Sá, que versou sobre Maximização de resultados; a palestra Tendências, oportunidades e desafios para a alimentação fora do lar, com o consultor Sérgio Molinari, que precedeu um talk show sobre cervejas artesanais; e a pós-graduada em Administração em Recursos Humanos Lisie Lucchese falando sobre Longevidade empresarial. A média de público foi de 200 pessoas por palestra.
Seminário Jurídico debate os impactos e responsabilidades dos descartes de resíduos sólidos na Expoagas 2015
Foi assinado, durante o painel, um acordo que deflagrou a campanha "Descarte Correto"
Num dos destaques do Centro de Aperfeiçoamento Técnico - CAT, a 34ª Convenção Gaúcha de Supermercados realizou o Seminário Jurídico sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos: Impactos e Responsabilidades.

No painel, a Promotora de Justiça do RS, Caroline Vaz; o coordenador das assessorias técnicas da Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentado do RS (SEMA-RS), Valtemir Goldmeier; a responsável pelo departamento de Resíduos da BVRIO, Luciana Freitas; e o engenheiro Químico, Denis Pedro Belia, abordaram as diversas questões que envolvem o tratamento de lixo. A mediação do debate foi feita pela vice-presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS, Marilia Longo.

Durante a apresentação, foi defendido o uso da logística reversa, prática em que todas as pontas da cadeia se responsabilizam pelo descarte correto dos seus resíduos. "A logística reversa é um instrumento que torna mais rentável e interessante, o descarte correto dos resíduos, evitando assim, diversos problemas ambientais", comentou Caroline Vaz. A promotora ainda ressaltou que para dar certo, é necessário passar por uma mudança cultural. "Precisamos mudar a maneira de pensar para buscar soluções inovadoras para as outras capitais do país", conclui.

O objetivo do debate foi de aprofundar as questões de descarte de resíduos, que é um dos grandes desafios do setor varejista. No encontro, o Ministério Público do RS, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor (CaoConsumidor), em parceria com a Agas, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU) e outras entidades, deflagraram um projeto experimental que divulga a aplicação prática da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, projeto de lei aprovado em 2010, em Porto Alegre. Com a campanha "Descarte Correto", o DMLU disponibilizará pontos de entrega de lâmpadas fluorescentes aos consumidores de Porto Alegre, nos próximos. As lâmpadas serão recolhidas e destinadas pelas empresas Apliquim Brasil e Recilux. Cada consumidor poderá levar até cinco lâmpadas para entrega, e o primeiro ponto será instalado na manhã deste sábado, no Grêmio Náutico União - sede Alto Petrópolis.
Cerimônia marca formatura do curso superior
Sete alunos concluíram o curso
A Expoagas 2015 foi o palco da formatura da quarta turma do Curso Superior de Gestão em Supermercados, reconhecido pelo MEC e promovido pela parceria entre a Agas e a Universidade de Caxias do Sul (UCS).

A coordenadora do Curso, Cláudia Ramos, entregou os diplomas a oito alunos. "É uma honra finalizar a Expoagas 2015 com um momento grandioso como este, de homenagem a estes profissionais vencedores", afirmou o paraninfo da turma e presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015



A regulamentação do trabalho voluntário no Brasil. Breve análise da Lei nº 9.608/98
Bruno de Aquino Parreira Xavier

Pretende-se neste breve artigo analisar a lei 9.608/98, publicada no Diário Oficial da União em 19/02/1998, que dispõe sobre as condições de exercício do trabalho voluntário.

O Programa Voluntários, criado pelo Conselho da Comunidade Solidária em 97, com o objetivo de promover e fortalecer o voluntariado no Brasil, define voluntário como o "cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário"

Este conceito não difere do difundido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para quem voluntário é o "jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos."

Nos conceitos de voluntário acima transcritos, encontra-se implícita a principal motivação para o exercício do voluntariado: a satisfação do seu executor. O trabalho voluntário gera uma realização pessoal, um bem estar interior advindo do prazer de servir a quem precisa. Funda-se no sentimento de solidariedade e amor ao próximo; na importância de sentir-se socialmente útil.

O serviço voluntário é uma realidade antiga no Brasil [1]. Faltava, no entanto, um diploma legal que viesse a regular esta relação de trabalho a fim de não só estimular a prática do voluntariado, como também, criar um respaldo jurídico capaz de facilitar a profissionalização do serviço voluntário e evitar a reclamação de direitos trabalhistas [2].

No primeiro aspecto (incentivar a prática do trabalho voluntário) a Lei nº 9.608/98 deixou a desejar. Isto porque não estabeleceu qualquer vantagem para as pessoas que resolvam dedicar seu tempo a uma causa nobre através da ajuda a alguma entidade [3]. Por exemplo, poderia ter sido concedido algum tipo de benefício fiscal às pessoas que prestassem voluntariamente serviço a alguma entidade devidamente cadastrada num órgão governamental competente ou que fosse reconhecida de utilidade pública federal; outra sugestão bastante interessante também poderia ser o abono de uma falta trimestral no emprego daquelas pessoas que comprovassem documentalmente prestar serviço voluntário relevante a alguma instituição, durante um determinado período temporal. Todavia, infelizmente, passou à margem de tais tópicos o legislador.

Ao se analisar o conteúdo da Lei no 9.608/98, ao longo dos seus 5 (cinco) artigos, verifica-se que o legislador se preocupou, basicamente, em perfilar o trabalho voluntário a fim de distingui-lo do trabalho assalariado.

O art. 1º define o trabalho voluntário como a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social. Já o parágrafo único do citado artigo dispõe que: o serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

Segundo a legislação brasileira, o vínculo de emprego está caracterizado quando o trabalhador prestar serviços ao empregador em caráter pessoal, de forma contínua, subordinada e mediante remuneração. Diante da definição legal, pode-se dizer que o traço diferencial entre o contrato de emprego e o serviço voluntário reside na ausência de remuneração.

Ocorre que para a inocorrência do vínculo empregatício, o legislador tornou necessário que o trabalho voluntário seja documentado por intermédio de contrato escrito, ao qual chamou de termo de adesão, onde deverão constar expressamente o objeto do trabalho e as condições de seu exercício (art. 2º). Neste diapasão, o "termo de adesão" constitui-se em prova documental da não formalização do vínculo de emprego entre o voluntário e a organização. O simples acordo tácito ou verbal não produzirá efeitos jurídicos, prevalecendo a relação de emprego.

Sistematizando, percebe-se, então que, são tidas como características do serviço voluntário:

a)Trabalho não remunerado;

b)Trabalho prestado por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada sem fins lucrativos;

c)Existência de termo escrito de adesão, onde conste o objeto e as condições do trabalho a ser realiazado.

Para finalizar, um ponto importante da Lei no 9.608/98 a ser destacado diz respeito à possibilidade do trabalhador voluntário ser ressarcido pela entidade das despesas comprovadamente efetuadas para o desempenho das atividades voluntárias, desde que haja a devida autorização (art. 3º e seu parágrafo único). Não fazendo a Lei qualquer menção sobre a forma desta autorização, deve prevalecer o melhor entendimento de que esta pode ser prévia ou posterior à realização das despesas. Assim, o voluntário poderá receber a importância gasta em função das despesas de transporte e alimentação, sem que com isso fique caracterizada a remuneração, um dos elementos configuradores da relação de emprego, como visto cima.

No entanto, há que se ter o devido cuidado. O valor do ressarcimento de despesas deve, por óbvio, ser proporcional a eventuais despesas de alimentação, transporte e outras de mesma natureza. Se a quantia a ser reembolsada ultrapassar tais parâmetros pode ser entendida como remuneração e, portanto, ensejar reclamações trabalhistas. Neste sentido, é extremamente recomendável que a discriminação de tais despesas sejam documentadas em relatório detalhado.

Após esta breve análise, conclui-se que a Lei no 9.608/98, inegavelmente, constitui um avanço ao respaldar juridicamente a prestação de serviço voluntário, regulamentando a prática do voluntariado e protegendo as entidades de reclamações na Justiça Trabalhista. Por outro lado, ficou uma lacuna. Não foram criadas facilidades, nem incentivos ao cidadão para que ele tenha ainda mais motivos - além dos ligados à solidariedade, à nobreza da causa e à satisfação pessoal – para se dedicar à atividade do serviço voluntário.

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, Maria Nazaré Lins e OLIVEIRA, Carolina Felippe de. Manual de ONGS – Guia Prático de Orientação Jurídica. Editora FGV, Rio de Janeiro, 2001.

REIS, Jair Teixeira dos. Trabalho Voluntário e Direitos Humanos. Monografia apresentada ao Curso de Aperfeiçoamento de Direitos Humanos e Direitos dos Cidadãos promovido pela PUC Minas. Disponível em: www.portaldovoluntario.org.br/biblioteca/p_voluntarios/ monografia_trabalho_voluntario.pdf

BENÍCIO, João Carlos. Gestão Financeira para Organizações da Sociedade Civil. Global Editora (Coleção Gestão e Sustentabilidade), São Paulo, 2000.

NOTAS

1. Jair Teixeira dos Reis na sua Monografia apresentada ao Curso de Aperfeiçoamento de Direitos Humanos e Direitos dos Cidadãos promovido pela PUC Minas Virtual, intitulada "Trabalho Voluntário e Direitos Humanos" noticia que pesquisadores indicam como início do trabalho voluntário no Brasil a fundação da Santa Casa de Misericórdia em Santos, na data de 1.532.

2. O aspecto da profissionalização do voluntariado foi abordado por Maria Nazaré L. Barbosa e Carolina Felipe de Oliveira nos seguintes termos: "A ausência de um estatuto jurídico aplicável ao trabalho voluntário dificultava a profissionalização do serviço voluntário por duas razões: a) a entidade não exigia pontualidade, competência, temerosa de que a exigência pudesse vir a caracterizar a subordinação típica da relação de emprego; b) a entidade resistia a efetuar qualquer ajuda de custo, embora justificável em muitos casos, receosa de caracterizar a remuneração, outro elemento típico da relação de emprego" (in. Manual de ONGS - Guia Prático de Orientação Jurídica, Editora FGV, p. 46)

3. Fala-se aqui em entidade em sentido lato, ou seja, abrangendo: as associações civis sem fins lucrativos, as organizações não governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse público (OSCIP’ s), associações filantrópicas, dentre outras.


Leia mais: http://jus.com.br/artigos/3530/a-regulamentacao-do-trabalho-voluntario-no-brasil#ixzz3k2aeJspE

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Inscrições para Prêmio Sebrae Mulher de Negócio crescem em 2015

25/08/2015

São Paulo e Paraná registraram o maior número de inscritas

Contrariando as incertezas do cenário econômico, a edição 2015 do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios contabilizou 13.960 inscrições, um crescimento de 22% em relação ao total registrado no ano passado.
 
Desenvolvido pelo Sebrae, em parceria com a Secretaria de Política para as Mulheres, BPW Brasil e com apoio técnico da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), a premiação torna-se cada vez mais conhecida pelo público feminino. Este ano, por exemplo, o Estado de São Paulo destacou-se com 3.055 empreendedoras inscritas, seguido do Paraná, do Rio Grande do Sul e da Bahia. 
 
Ao possibilitar que as empresárias desenvolvam uma nova percepção sobre seus negócios, as etapas e as devolutivas do prêmio estimulam um processo de autoconhecimento, em que elas passam a entender as dificuldades, implantar ações necessárias e promover o desenvolvimento da maturidade da gestão dos seus negócios.
 
Mais do que proporcionar mudanças, é preciso entender que o perfil da empreendedora brasileira mudou nos últimos anos. De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, elas estão mais focadas na importância da formação e da qualificação empreendedora. “As mulheres estão mais escolarizadas, têm mais acesso às informações, ousam mais. Elas não permitem amadorismo. São elas que estão puxando para cima um critério básico para a longevidade das empresas: o nível de escolaridade do empreendedor. Entre 2002 e 2012, a participação das donas de pequenos negócios com Ensino Médio completo passou de 20,1% para 30,5%. Já o número de mulheres com Ensino Superior completo aumentou de 10,2% para 15%”, ressalta.
 
Destaque, também, nas micro e pequenas empresas, as mulheres empreendedoras já são maioria no setor, tendo registrado um crescimento de 93% entre os anos de 2002 e 2012, contra 58% de incremento entre os homens. “O crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho é uma tendência muito forte no País. Acompanhando esse movimento, temos observado uma procura maior das mulheres pelo empreendedorismo. Na última década, elas ganharam espaço e alcançaram posições de poder na política. É natural que essa conquista se reflita, também, na abertura de mais empresas por mulheres”, afirma Barretto. 
 
Nesta trajetória promissora, Jairo Martins, presidente-executivo da FNQ, lembra que empenhar-se e prezar pela melhoria da gestão é imprescindível para o cenário atual. “O sucesso das micro e pequenas empresas depende diretamente da qualidade das pessoas e os diferenciais competitivos que só podem ser alcançados por meio da ação integrada, sistêmica e comprometida de uma equipe de trabalho. Os tradicionais recursos organizacionais já não atendem mais às necessidades das empresas que atuam em um mercado competitivo, dinâmico e instável”, reforça.
 
Passado o período de inscrições, agora as candidatas concorrem à etapa estadual, quando as vencedoras recebem troféu, selo e ganham uma capacitação do Sebrae. Posteriormente, as vencedoras estaduais competirão na etapa nacional, podendo ser premiadas com uma capacitação em território nacional, além de uma viagem internacional. Veja mais informações sobre o prêmio pelo site: http://www.mulherdenegocios.sebrae.com.br/


Entre os dias 14 e 17 de setembro de 2015, será realizado o 12° Seminário de Gerenciamento de Projetos do PMI-RS, no Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre-RS, com o tema: “Estratégia, Agilidade e Negócios: os novos desafios do Gerente de Projetos”.

O evento é uma das ações do escopo de estratégias do Capítulo Sul do Project Management Institute (PMI-RS), para disseminar e desenvolver as melhores práticas em gerenciamento de projetos. A cada edição, o Seminário se destaca pela qualidade do público, formado por profissionais de grandes empresas com atuação nacional e internacional.

Além do networking, a apresentação de Artigos é outro momento de integração, em que os trabalhos submetidos são apreciados junto a representantes da diretoria do PMI-RS, convidados e público em geral. Artigos selecionados serão publicados no site do seminário e expostos durante o evento, incluindo a publicação dos 5 melhores trabalhos na Revista Brasileira de Gerenciamento de Projetos.

Os workshops acontecerão nos dias 14 e 15 e as Palestras e Painéis do Seminário, nos dias 16 e 17 de setembro. Grandes líderes estarão compartilhando tendências, ferramentas e o intercâmbio de conhecimentos e soluções na área da gestão de projetos. Oportunidade para aprimorar e enriquecer conhecimentos, trocar informações e fortalecer o networking.

A participação e o engajamento dos filiados é marca forte no PMI-RS, sendo referência de modelo de governança dentre todos os Capítulos do PMI. Além de formar a comissão organizadora, que em grande parte é constituída por membros da diretoria, os filiados integram um grande grupo de voluntários que se envolvem ao longo de todo o projeto, compartilhando e aplicando as melhores práticas e experiências em gerenciamento de projetos, visando o sucesso do evento a todas as partes interessadas. Visite o site do evento e conheça a programação:
Informações: (51) 3319-1757 - eventos@pmirs.org.br

terça-feira, 25 de agosto de 2015