quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Cursos & Eventos

De 17/09/2014 a 19/09/2014
Curso Política Pública e Gestão de Serviços de Saneamento
Carga Horária: 24 horas
Horários: 08h00 - 12h00 / 13h30 - 17h30
Local: (aguardando confirmação)
Objetivo: 
O curso tem por objetivos familiarizar os participantes com noções teóricas associadas ao tema; discutir o percurso histórico e as tendências contemporâneas das políticas públicas e da gestão do saneamento no Brasil e apresentar o estado da arte dos avanços da avaliação de políticas públicas de saneamento.
Público-alvo: 
Profissionais da área pública e privada que atuam no campo do saneamento básico e em áreas afins. 
Instrutor:
Léo Heller - Graduado em Engenharia Civil, mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e doutorado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou pós-doutorado na University of Oxford, no período 2005-2006. Professor Titular do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais. Na UFMG, dentre outras funções administrativas, foi chefe do Departamento (1995), Pró-Reitor adjunto de Pós-Graduação (1995-98), Diretor da Escola de Engenharia (1998-2002) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos (2006-2008). Foi editor nacional da Revista Engenharia Sanitária e Ambiental (1992-2011). Publicou cerca de 300 livros, capítulos de livros, artigos em periódicos e trabalhos em eventos científicos. Tem experiência na área de saneamento básico, atuando principalmente nos temas de saúde ambiental e de políticas públicas.
Metodologia:
O curso combinará aulas expositivas com discussão de textos e seminário final.
Material didático INCLUSO:
HELLER, L.; CASTRO, J.E. Política pública e gestão de serviços de saneamento. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2013. 567p.
Programa:
  • Apresentação da disciplina. Elementos introdutórios.
  • Política pública de saneamento: a discussão teórico-conceitual.
  • Breve histórico das políticas de saneamento no Brasil.
  • Políticas públicas de saneamento no Brasil. Modelos de organização dos serviços de saneamento.
  • Aspectos econômico-financeiros. Regulação dos serviços.
  • Planejamento em saneamento.
  • Avaliação em saneamento.
  • Participação e controle social.

Investimento:
CATEGORIAS
 SÓCIO 
NÃO SÓCIO
ESTUDANTE GRADUAÇÃO
R$ 440,00
R$ 525,00
PROFISSIONAL
R$ 780,00
R$ 950,00
Formas de pagamento:
• Boleto;
• Depósito;
• Cartão de crédito (parcelamos em até 3x)  - necessário comparecer na sede da ABES Bahia.
A inscrição incluí material didático, coffe break e certificado.
A ABES Bahia se reserva o direito de cancelar ou reagendar o curso com 48 horas de antecedência à data agendada. Em caso de cancelamento, a ABES Bahia se compromete a devolver ao cliente 100% do valor pago ou emitir uma carta de crédito para uso em treinamentos futuros.  
Vagas: 30

Sustentabilidade e educação corporativa



Não há empresas sustentavelmente competitiva em sociedades não-sustentáveis. Estes aspectos estão interligados e há necessidade de focar a produção de bens como uma atividade cujo processo perpassa sempre por toda a sociedade. A produção de qualquer produto ou serviço passa, necessariamente, pela produção, fiscalização, normatização, legislação e regulamentação, ou seja, envolve o primeiro, segundo e o terceiro setor.

Ao mesmo tempo em que a educação básica é fator essencial para o desenvolvimento sustentável de qualquer país, a educação corporativa é um instrumento útil e necessário para toda empresa que busca a sustentabilidade e sua integração com a sociedade. Além de estimular o desenvolvimento profissional do trabalhador e a própria profissionalização, a educação corporativa torna-se um diferencial competitivo ao aumentar o nível de aprendizado, capacitação, atualização e o conhecimento de ponta dentro da organização.


Hoje ninguém duvida de que as empresas são o grande agente de transformação da sociedade. As organizações, assim como seus gestores, devem ter uma compreensão clara de que a capacitação também passa pela valorização das pessoas, um dos Fundamentos da Excelência em gestão, disseminado pela Fundação Nacional da Qualidade e seguido por diversas organizações líderes. 
Justamente por esse motivo, deve ser amplo o questionamento de como será sua atuação no que se refere à capacitação na educação corporativa, e também de que modo e com quais características esta deve ser elaborada e praticada.


Uma reflexão mais profunda sobre o assunto leva à conclusão de que a educação corporativa deve ser, antes de tudo, autônoma, complementar e específica. Autônoma porque ela não pode estar sujeita à interferência de nenhum agente externo, especialmente do governo. A ação pública deve existir, sim, mas no sentido de estimular que o aprendizado aconteça, mediante a dedução dos investimentos feitos na formação da força de trabalho.


Além de autônoma, a educação corporativa também deve ser complementar. Em primeiro lugar, a organização tem de identificar as lacunas na formação de sua própria força de trabalho, e em seguida atuar para que elas sejam corrigidas e supridas, complementando o que for necessário. Para isso, o melhor é buscar nas instituições privadas ou públicas os cursos que contribuam para a minimização das falhas identificadas na formação de sua equipe de trabalho, sejam estas de ordem técnica, social ou psicológica. E nada impede que a empresa procure fazer ela mesma sua própria capacitação, com a ajuda de especialistas nas áreas necessárias.


A especificidade é outra característica de muita importância quando se trata de educação corporativa. Para funcionar de verdade, ela tem de atender às necessidades específicas da empresa, tomando por base, na elaboração de seu conteúdo curricular, a cultura da organização e a vivência técnica e social experimentada pelas pessoas que compõem a equipe. Vale lembrar que o “fazer” de cada indivíduo dentro da companhia enriquece muito a definição e o sucesso de todo o processo.


No que se refere a conteúdo, o desenvolvimento de gestão empresarial e o desenvolvimento técnico-operacional são temas fundamentais da educação corporativa. É preciso ter em mente que “gestão” inclui uma multiplicidade de aspectos – sociais, vivenciais, psicológicos, antropológicos e filosóficos, bem como o desenvolvimento e a aplicação de instrumentos que auxiliem a atividade empresarial. Por outro lado, a questão técnico-operacional enfoca os processos de produção e de suporte das atividades da organização. Logicamente, todos os assuntos abordados devem estar presentes desde a sala de aula até o treinamento no local de trabalho.


Não é demais enfatizar que a educação corporativa constitui, assim como a educação básica, um fator fundamental para a sustentabilidade das organizações e da sociedade como um todo. Ambas, afinal, contribuem para suportar a produção de bens e serviços de uma nação.


Nesse contexto, a política industrial do país torna-se um referencial importante, porque é ela que estabelece prioridades e delineia ações para todos os setores produtivos na busca do desenvolvimento. Ao contribuir para a sustentabilidade econômica, essa política deve orientar não apenas para que se alcance o estado da arte tecnológico, mas também para que exista uma maior participação de todos os setores da sociedade que trabalham para o desenvolvimento da nação.


É indispensável, portanto, que a atuação governamental favoreça melhorias na educação básica do país e permita que o setor produtivo estabeleça, de modo autônomo, a educação corporativa em seu ambiente de trabalho; e que, como foi dito, que esta seja complementar e específica às necessidades de cada empresa. 

Quanto mais completa for a educação básica presente em uma nação, maior a disponibilidade das organizações em investir na educação corporativa, o que certamente contribui para aumentar a competitividade de um país e melhorar a qualidade de vida de sua população.

Novo núcleo de estudos da FNQ discute sustentabilidade

18/08/2014

Com o desafio de gerar mais valor com menos recursos, Núcleo de Estudos também auxilia as organizações em seus processos e projetos sustentáveis

A FNQ criou um núcleo de estudo temático, em parceria com a Business School São Paulo – BSP, com o objetivo de debater questões relacionadas à sustentabilidade e auxiliar as organizações em seus projetos e processos. Para o superintendente-geral da Fundação, Jairo Martins, é possível ser sustentável e gerar lucratividade e esse é o grande desafio da atualidade. 

Em 5 de agosto, aconteceu o primeiro encontro do Núcleo de Estudo Temático em Sustentabilidade da FNQ, que contou com a participação de aproximadamente 30 importantes organizações brasileiras, entre elas: CPFL, BNDES, Elektro, Senac, Laboratório Sabin, Fleury, Sabesp, Essencis e Global Reporting Iniciative – GRI. 

“A parceria entre FNQ e BSP é reflexo do fato de que as duas instituições têm objetivos e valores muito parecidos: ambas almejam promover o desenvolvimento de gestores e da gestão nas organizações. A criação do Núcleo de Estudo em Sustentabilidade faz sentido quando se constata que esse desenvolvimento só é real se abranger todas as áreas – econômica, social e ambiental. É uma dimensão crítica que tem de ser estudada quando se prepara líderes e quando se constrói modelos de gestão”, explica o professor do BSP José Mauro Hajaj Gonzalez. 

Durante o encontro, diversas discussões foram levantadas, entre elas a criação de um novo modelo mental. “Estamos diante da metáfora da mutação, que vai revolucionar o próprio sentido da atividade empresarial, para que a excelência se traduza em prosperidade coletiva e o crescimento não vá além da fronteira da sustentabilidade. Perceber, refletir, inovar, agir e mudar é o novo desafio da gestão da Organização 2030”, afirma Jairo Martins. 

Além disso, o professor Sergio Luiz Pereira, do BSP, levantou o questionamento: “como ter uma atividade econômica se temos uma sociedade doente?”. De acordo com ele, o prejuízo causado não afeta só a natureza, mas também o próprio ser humano. Para Sergio, é preciso investir especialmente no homem, mais do que em máquinas e tecnologia. “Precisamos pesar as dimensões do indivíduo, as corporativas e as do poder. Embora possa parecer uma utopia, a humanidade poderá desenvolver um modelo de sociedade ambientalmente responsável e mais fraterno que o atual”, conclui.

No próximo encontro, os participantes vão discorrer sobre o GRI e contará com palestra de Glaucia Terrea, em 2 de setembro. E, como “lição de casa”, ficou o raciocínio sobre o desperdício não só na organização onde você trabalha, como também na sua vida pessoal.

Para mais informações sobre o Núclo de Estudo Temático em Sustentabilidade.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Comitê de Gestão da Qualidade lamenta morte de Danilo da Costa Duarte

25/08/2013 - Membros do Comitê de Gestão da Qualidade lamentam o falecimento de Danilo da Costa Duarte. Ele faleceu no último dia 10 de agosto, aos 47 anos de idade, vítima de câncer. Duarte era engenheiro do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto de São Leopoldo) e foi o precursor do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – Gespública no Rio Grande do Sul, do qual a Câmara Municipal de Novo Hamburgo faz parte desde 2010.
Comitê de Gestão da Qualidade lamenta morte de Danilo da Costa Duarte
Danilo era um exemplo de caráter e profissionalismo e um lutador incansável pelas causas da gestão, sendo voluntário e colaborador de outros programas de qualidade como o PGQP (Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade) e o PNQS (Programa Nacional de Qualidade em Saneamento). Na Câmara Municipal foi um grande incentivador da aplicação de práticas de gestão na Casa, tendo realizado a 1ª autoavaliação da gestão da instituição em 2010.

A Presidente do Comitê de Gestão da Qualidade da Casa, Maria Carolina Pietzsch Seitenfus Hagen, destacou a importância do trabalho desenvolvido por Duarte. “Todas as conquistas na área de qualidade da Câmara Municipal de Novo Hamburgo só foram possíveis porque o entusiasmo do Danilo, por uma gestão de qualidade no serviço público, nos contagiou”, disse.
http://portal.camaranh.rs.gov.br/noticias/grupo-gestao-da-qualidade-lamenta-morte-de-danilo-duarte

segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Economia
18/8/2014 - 12h52

Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas


por Redação do EcoD

Numa economia em transição, que veio do extrativismo e caminha para a preservação, alguns imperativos se instalam no universo das pequenas empresas.
Os imperativos abaixo estão listados no relatório Tendências de Sustentabilidade para os Pequenos Negócios, uma publicação desenvolvida pelo Sebrae em conjunto com o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) e o Centro Sebrae de Sustentabilidade.
1) CADEIA PRODUTIVA: as grandes empresas estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores adotem a sustentabilidade na gestão. Os pequenos negócios que integram as cadeias produtivas respondem às demandas da sustentabilidade e se alinham às práticas dos seus clientes. Se são práticas insustentáveis podem perdê-los, além de sofrer danos na imagem junto ao mercado.
corrente ecod Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

2) CONSUMO CONSCIENTE: como decorrência do aumento no acesso à informação e ao fortalecimento dos movimentos sociais, o consumidor brasileiro está mais consciente daquilo que compra e do que descarta. Os resultados da última pesquisa da série “Consumo Consciente” realizada em 2012 pelo Instituto Akatu (Rumo à Sociedade do Bem Estar), indicam crescimento na adesão a práticas conscientes de consumo. Os consumidores conscientes representam quase um terço da população.
ecobags3 ecod Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

3) COMPRAS PÚBLICAS: segundo levantamento realizado pelo Sebrae em 2013, as pequenas empresas representam hoje 57% dos R$ 40 milhões gastos pelo governo federal em compras públicas. Como maiores compradores de produtos e serviços, as instituições governamentais têm o poder de mudar as práticas de seus fornecedores. Essa nova prática tem evoluído, adicionando nos editais de concorrência novas exigências que obrigam o setor privado a estar em dia com as melhores práticas.
carrinho ecod Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

4) INOVAÇÃO: o reaproveitamento de resíduos, a racionalização de energia e a redução do uso de água promovem a ecoeficiência empresarial e traçam novos modelos de inovação que preservam o meio ambiente, geram emprego e incluem cada vez mais pessoas ao acesso de bens e serviços. As pequenas empresas saem ganhando quando decidem inovar, pois ao contrário do que acontece nas grandes empresas (processos complexos e burocráticos), contam com mais agilidade e estão mais perto das demandas do mercado.
lampada ideia ecod Os 4 imperativos da sustentabilidade para as pequenas empresas

* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD) 



Educação
07/8/2014 - 04h29

Edukatu premia as escolas vencedoras do desafio “De Onde Vêm as Coisas?”


por Edukatu
Edukatu Edukatu premia as escolas vencedoras do desafio “De Onde Vêm as Coisas?”
Edukatu premia as escolas vencedoras do desafio “De Onde Vêm as Coisas?”

Instituições de ensino do Rio Grande do Sul, Rondônia e Espírito Santo se destacaram por apresentar ações que solucionam problemas do cotidiano
O desafio “De Onde Vêm as Coisas?” – promovido durante o primeiro semestre de 2014 pelo Edukatu – Rede de Aprendizagem para o Consumo Consciente, iniciativa do Instituto Akatu em correalização com a Braskem – buscou estimular escolas de Ensino Fundamental I e II a discutirem consumo consciente e ciclo de vida dos produtos a partir de objetos do cotidiano. O desafio teve três escolas ganhadoras: E.M.E.F. Vinte e Cinco de Julho (RS), E.E.E.F.M. Murilo Braga (RO) e Colégio Marista Nossa Senhora da Penha (ES), que foram classificadas em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.
“Escolher as vencedoras foi também um desafio para os avaliadores. Todas as escolas que participaram da campanha mostraram interesse no tema, apresentaram ações que podem melhorar problemas reais do dia a dia de diversas comunidades. Mas, como só podíamos premiar três, selecionamos aquelas que engajaram o maior número de pessoas, completaram ao menos um percurso do Circuito Natureza e cumpriram todos os desafios propostos durante a campanha”, explica Silvia Sá, Gerente de Educação do Instituto Akatu.
Uma das ganhadoras foi a E.M.E.F. Vinte e Cinco de Julho, situada na cidade de Campo Bom (RS). A escola gaúcha ficou em primeiro lugar com o projeto Eco Web, que surgiu da crença de que os alunos precisam vivenciar e aprender a resolver problemas reais, como os causados pela época de enchentes ou pelo período de seca, entre outros. A equipe organizou uma campanha para mobilizar a comunidade, em que foram distribuídas mudas de árvores para plantio na ciclovia de um bairro próximo e ímãs de geladeira com lembretes do dia da coleta de lixo seco. Em uma das atividades, os alunos ainda foram convidados a analisar como seriam os objetos de seu cotidiano, se não fossem de plástico. “Seria muito mais difícil a vida sem o plástico. Poucas pessoas percebem, mas estão sempre utilizando o plástico no seu dia a dia”, contou Larissa Packs, aluna participante da equipe vencedora do desafio.
Além disso, o time que realizou o desafio convidou todas as escolas do município para participarem das ações. “Desde o início, a ideia foi associar as tecnologias da informação e da comunicação à sustentabilidade, para compartilhar ações e buscar novos olhares que levassem a refletir sobre a importância da preservação ambiental”, comemora Margarida Telles da Cruz, professora de Ciências da escola de Campo Bom.
Outro trabalho premiado foi o apresentado pela escola E.E.E.F.M. Murilo Braga. A instituição de ensino situada em Porto Velho, em Rondônia, apresentou o Programa Mais Educação para diminuir o desperdício de alimento na escola. A equipe também realizou várias campanhas sobre consumo consciente de água, transportes alternativos e doação de mudas, que resultou em um plantio de um pequeno pomar, um jardim e uma horta. “O empenho deste time foi tão grande, que eles conseguiram realizar os três percursos propostos do Circuito Natureza. Além disso, atingiram o objetivo de reduzir o desperdício de alimento, sensibilizando a comunidade escolar sobre a questão”, afirma Carmem Silvia de Andrade Corrêa, professora de Geografia da escola.
Em terceiro lugar, ficou o Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, de Vila Velha, no Espírito Santo. A equipe trabalhou no projetoPor um Mundo Melhor, que buscou criar uma consciência ecológica nos alunos por meio de atividades lúdicas que os permitissem atuar como agentes modificadores de sua realidade. De acordo com Gisele Prado, professora responsável pelo projeto, um dos momentos mais importantes do desafio foi a atividade sobre reaproveitamento de resíduos. “Por sugestão de uma das alunas, foi realizada uma votação para escolha do que seria produzido pela equipe. Desta forma, foram confeccionadas lixeirinhas, feitas com caixas de leite, para estimular a destinação correta dos resíduos gerados em sala de aula”, sinaliza Gisele, ressaltando que a equipe também criou uma campanha para trabalhar junto à comunidade escolar a necessidade de se repensar os hábitos de consumo.
“Estamos muito satisfeitos em ver a concreta contribuição do Edukatu para escolas, alunos e professores. A mobilização de várias pessoas em busca de concretizar projetos que trarão benefícios a todos é exatamente o que buscamos. Sem dúvida, o desafio proporcionou uma oportunidade enriquecedora de reflexão sobre o plástico nas nossas vidas e o impacto das nossas escolhas e decisões”, aponta André Leal, Líder de Responsabilidade Social da Braskem.
As três escolas serão premiadas com equipamentos de informática, para facilitar o acesso às atividades realizadas pela rede do Edukatu. A instituição que ficou em primeiro lugar será contemplada com uma oficina promovida pela equipe do Edukatu, a produção de uma videorreportagem sobre o trabalho realizado e três tablets. A oficina na escola de Campo Bom será realizada no dia 9 de setembro e mobilizará toda a sua comunidade escolar. O segundo lugar receberá um tablet e uma máquina fotográfica e o terceiro, mais um tablet.
Para o segundo semestre, o Edukatu já está preparando um novo desafio, com o objetivo de promover nas escolas a discussão sobre consumo consciente de alimentos.
Edukatu
Edukatu é a primeira rede de aprendizagem sobre os conceitos e práticas do consumo consciente e a sustentabilidade para alunos e professores do Ensino Fundamental de todo o Brasil. No espaço virtual disponível em www.edukatu.org.br há circuitos de aprendizagem cheios de desafios para os estudantes explorarem, conteúdos exclusivos (vídeos, reportagens, planos de aula, atividades e jogos), além de uma comunidade virtual para trocar ideias com outras escolas. A plataforma é uma iniciativa do Akatu em parceria com a Braskem, com o apoio da HP e da Fundação Cargill, e com apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Educação.
Sobre o Instituto Akatu
Criado em 15 de março de 2001 (Dia Mundial do Consumidor), o Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. As atividades do Instituto estão focadas na mudança de comportamento do consumidor em duas frentes de atuação: Educação e Comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos, pesquisas, jogos e metodologias. O Akatu defende o ato de consumo consciente como um instrumento fundamental de transformação do mundo, já que qualquer consumidor pode contribuir para a sustentabilidade da vida no planeta: por meio do consumo de recursos naturais, de produtos e de serviços e pela valorização da responsabilidade social das empresas. www.akatu.org.br
 Sobre a Braskem
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 36 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. Maior produtora de biopolímeros do mundo, a Braskem tem capacidade para fabricar anualmente 200 mil toneladas de polietileno derivado de etanol de cana-de-açúcar.
(Edukatu) 


Sociedade
20/8/2014 - 09h21

Está na hora do Brasil avançar para um sistema de gestão dos interesses públicos pautado na cooperação


por Leno F. Silva
Com a morte de Eduardo Campos, dos seus assessores e dos dois pilotos, os partidos políticos e as principais lideranças do País deram uma pequena trégua nas suas campanhas para se solidarizarem com as famílias nesse momento de dor pelas perdas das vidas dos seus entes queridos.
Sabemos que a morte é certa, mas é a primeira vez no Brasil que um candidato à presidência morre dias antes de iniciar o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, considerado um trunfo imprescindível para convencer os eleitores indecisos, entre outros mais “flexíveis”, a fazerem as suas escolhas.
Nesse breve intervalo de luto os oponentes deixaram as diferenças de lado para valorizar o que de positivo havia no homem e no candidato Eduardo Campos. Assisti alguns trechos da missa realizada em Recife, uma cerimônia popular que colocou no mesmo ambiente os moradores da cidade, políticos vindos de distintas regiões, familiares e governantes em um clima de respeito, tristeza e reverência.
Essa atmosfera de solidariedade no luto deveria, a meu ver, ser uma postura assumida diariamente em nossas vidas e diante de todas as decisões que tomamos, se o entendimento fosse de construção de um projeto de nação e não apenas partidário e de poder.
Talvez seja utópico, mas por que não estabelecermos em um processo democrático e participativo, as alternativas e os caminhos para o Brasil nos próximos 50 anos, a fim de definir os principais desafios, metas, compromissos efetivos como, por exemplo, a erradicação da miséria e da fome; oferecer educação e saúde de qualidade; saneamento básico e salário digno para todos; valorização das diversidades étnicas, regionais e dos recursos naturais; reforma agrária, inovação e mobilidade urbana, dentre outros temas que provavelmente todos os candidatos à presidência incluirão nas suas propostas de governo.
E, por que não avançarmos para um sistema de gestão dos interesses públicos pautado na cooperação, por meio do qual consigamos pensar, juntos, no País que queremos? Independente de quem seja vencedor neste ano, uma das suas responsabilidades a partir de 2015 poderia ser a de inspirar a elaboração suprapartidária e pelos mecanismos constituídos, de um projeto que defina como esse País tropical deverá avançar no período 2018 a 2068, para se transformar numa Nação justa e digna para todos os cidadãos.
A morte virá mais cedo ou mais tarde para cada um de nós. Por isso é importante não adiarmos o que temos para fazer. O Brasil só será menos desigual e injusto se desejarmos e agirmos para promover as mudanças nessa direção. Parece utopia, mas os brasileiros têm pressa e não temos mais tempo a perder. Por aqui, fico. Até a próxima.
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas. 

Inter Press Service - Reportagens
23/7/2014 - 11h37

México é o último e Estados Unidos está entre os piores em eficiência energética



por Julia Hotz, da IPS

energía México é o último e Estados Unidos está entre os piores em eficiência energética
Lâmpadas fluorescentes compactas (CFL) com economia de energia. Foto: Anton Fomkin/cc by 2.0

Washington Estados Unidos, 23/7/2014 – O México ocupa o último lugar em uma nova classificação sobre eficiência energética de 16 das maiores economias do mundo, na qual a Alemanha aparece em primeiro lugar e os Estados Unidos em décimo-terceiro. Ao divulgar sua classificação, o Conselho Norte-Americano por uma Economia de Energia Eficiente (ACEEE), uma organização sem fins lucrativos, considerou a ineficiência deste país “uma tremenda perda” em recursos e dinheiro.
As 16 economias estudadas são Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia e a União Europeia como bloco. A qualificação se baseou em 31 indicadores referentes a medidas de eficiência adotadas pela legislação em cada economia, bem como nos setores industrial, do transporte e da construção.
“Um país que utiliza menos energia para obter os mesmos ou melhores resultados reduz seus custos e a contaminação, e gera uma economia mais forte e competitiva”, diz o informe do ACEEE. “A eficiência energética desempenha um papel na economia dos países desenvolvidos há décadas, mas a eficiência energética rentável continua sendo um recurso muito subutilizado”, acrescenta o documento.
Embora a Alemanha tenha obtido maior pontuação global, com 65 em 100 pontos possíveis, e ficado em primeiro lugar no setor da “indústria”, a China se destacou na categoria “construção”, a Itália no “transporte”, e França, Itália e União Europeia empataram no item “esforço nacional”. O México ficou em último lugar, seguido por Brasil, Rússia e Estados Unidos, com o 13º lugar.
Rachel Young, analista de pesquisa do ACEEE, reconheceu à IPS que o governo dos Estados Unidos adotou no último período importantes medidas para limitar as emissões de carbono, especialmente das centrais de energia existentes. Porém, recomenda que Washington “coloque em prática um objetivo nacional de poupança energética, fortaleça a elaboração de códigos de construção-modelo, apoie a educação e formação no setor industrial, e priorize a eficiência energética no transporte”. Estas medidas reduziriam as emissões, economizariam dinheiro e gerariam postos de trabalho, assegurou.
Historicamente, o ACEEE se dedicou a melhorar a situação da energia nos Estados Unidos. Mas a nova classificação, divulgada no dia 17, insiste que a eficiência energética é um bom investimento ambiental e financeiro, algo que pode ser aplicado a outras economias.
O Worldwatch Institute, um centro de pesquisa com sede em Washington, é uma de muitas organizações dedicadas ao desenvolvimento internacional que adotaram esse enfoque. “Acreditamos que a eficiência energética é uma das maneiras mais rápidas de os países aproveitarem ao máximo o consumo de energia”, afirmou Mark Konold, diretor de projetos do Caribe no Worldwatch.
“O quilowatt/hora mais importante é aquele que não precisa ser produzido”, acrescentou Konold, em conversa com a IPS. A eficiência energética pode ser um sábio investimento econômico para governos e indivíduos por igual, citando exemplos do Caribe, da África Ocidental, América Central e América do Sul.
“Sobretudo nos países insulares, que têm enormes contas de energia, a eficiência energética pode fazer muito para reduzir a carga financeira” das pessoas, pontuou Konold. “Algo tão simples como a instalação de janelas pode melhorar a eficiência dos edifícios” nesses Estados. O Worldwatch Institute e outras organizações consideram que a eficiência energética é um elemento essencial na agenda da sustentabilidade.
Konold, que é coautor de um estudo recente sobre a energia sustentável na Jamaica, considera fundamental examinar o rendimento do investimento nas práticas de eficiência. Isto pode ajudar a determinar quais modelos energéticos rentáveis devem ser aplicados nas nações em desenvolvimento. Essas recomendações são particularmente relevantes devido ao crescente interesse da comunidade internacional pela eficiência.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial, por exemplo, incentivaram a iniciativa Energia Sustentável para Todos (SE4ALL), para ajudar a “promover uma mudança de paradigma” para a sustentabilidade no Sul em desenvolvimento. Um de seus três objetivos é “duplicar a taxa mundial de melhora da eficiência energética”.
“A eficiência energética é a opção de menor custo quanto à emissão de gases-estufa e de energia”, disse Nate Aden, pesquisador do World Resources Institute, um fórum de estudos com sede em Washington. “Isto é especialmente importante para os países em desenvolvimento que procuram ter acesso à energia e ao mesmo tempo enfrentar a mudança climática”, acrescentou.
Parte deste novo enfoque se deve especificamente à SE4ALL, afirmou Aden, acrescentando que os outros dois objetivos da iniciativa, que consistem no acesso universal à energia e em duplicar o uso de energias renováveis, são “compatíveis e complementares” com a eficiência energética.
Embora as ações da comunidade internacional sejam importantes na implantação das estratégias de eficiência energética, outros ressaltam a necessidade da mudança cultural em nível individual. “Uma grande parte desse problema é a educação e a sensibilização”, afirmou Konold. “Quando começamos a difundir a mensagem de que as pessoas podem melhorar sua própria situação é quando começamos a ver a mudança”, acrescentou.
Muitos países não estão sensibilizados com relação à energia, um fenômeno que Konold exemplifica com “deixar o ar-condicionado ligado com as janelas abertas”. O pesquisador afirma que as pessoas podem fazer a diferença se adotarem mais condutas de economia de energia em suas casas.
Esse sentimento é compartilhado por Young, do ACEEE, cujo informe diz que os norte-americanos consomem aproximadamente 6,8 toneladas de petróleo por pessoa. Isto coloca os Estados Unidos em penúltimo lugar em função do consumo individual de energia, superados apenas pelo Canadá, aonde chega a 7,2 toneladas. Envolverde/IPS