sábado, 29 de outubro de 2016

Palestra magna do Fórum de Boas Práticas trouxe reflexões sobre os desafios da gestão pública

27/10/2016

Gleisson Cardoso Rubin falou das dificuldades encontradas e as ações para o futuro

“A gestão trará sempre essa responsabilidade de melhorar o País. Minha intenção é refletir sobre os desafios da gestão pública, mas com a esperança de que boa parte possa ser usada no setor privado”, iniciou sua apresentação, o secretário de gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Gleisson Cardoso Rubin. 
Ao fazer uma reflexão autêntica e verdadeira sobre a situação econômica atual, Rubin garantiu não trazer apenas boas notícias e apresentou, em sua palestra no Fórum de Boas Práticas Internacional da FNQ, realizado dia 18 de outubro, em São Paulo, as medidas de gestão que o Ministério adotará para impulsionar o crescimento do País. 
Intitulada “Gestão para a excelência: o caminho para um Brasil melhor”, o secretário falou em sua palestra sobre o desempenho do País no mais recente Relatório de Competitividade Global (RCG) e seus 12 pilares. “O Brasil tem bom desempenho na dimensão dos mercados internos e externos, que é o pilar 10. O próprio mercado interno já é formidável, com consumidores com acesso a bens de consumo e à internet. Nosso problema é que essa variável é anulada pelo mau desempenho em outros pilares, especialmente o pilar 1, instituições, e o pilar 12, inovação”, comentou. Para Rubin, essa combinação fez com que o Brasil caísse no ranking, de 75º para 81º. 
Como o Brasil lida, também, com problemas básicos e que já deveriam ter sido solucionados, como acesso à água potável e combate à fome, o secretário listou três grandes desafios que a gestão pública possui. “Temos de melhorar a qualidade dos serviços públicos. Esse é o ponto um. As políticas públicas precisam alcançar seus objetivos e produzirem impactos reais. 

Por último, é fundamental perseguir o aumento na eficiência do gasto”, explicou. Rubin falou, ainda, sobre o crescimento da dívida pública em relação ao PIB, que aumentou exponencialmente e precisa de medidas sérias para seu controle. “Teremos de tomar um remédio amargo agora para que não nos ocorra o mesmo que com a Grécia. Para isso, temos de contar com apoio para a agenda que estamos propondo. Em tempos bons, as organizações não dão muita importância aos modelos de gestão. Essa, portanto, é a hora”, completou.
Programa “Brasil 100% digital”

Com um índice de primeiro mundo em termos de acesso à tecnologia é à internet, o objetivo é utilizar a rede ao máximo. Isso, de acordo com Rubin, pode significar uma grande economia se utilizada de forma eficiente. Por isso, o governo lançará o programa “Brasil 100% digital”, uma Plataforma de Cidadania Digital para obter interoperabilidade de informações. A ideia é termos um único canal para solicitar os serviços que o cidadão necessita. Hoje, cada site do governo tem sua senha, isso é ruim. É preciso facilitar a transparência na informação. Nós queremos eliminar que a pessoa durma na fila apenas para agendar atendimento médico, por exemplo”, disse.
Outro desafio é assegurar a efetividade e eficácia das políticas públicas, tendo foco nos resultados da ação pública, fazendo avaliação e realinhamento de programas e tendo uma articulação interfederativa. Para isso, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, Gespública, possui papel imprescindível. “Tem de desburocratizar, ter menos foco no processo e mais, na chegada. Já temos controle dos meios. Nós temos de ter compromisso com o resultado final”, defendeu Rubin. 
O secretário encerrou a apresentação demonstrando confiança no futuro, mas fez um alerta. “Vivemos, nos últimos três anos, a tempestade perfeita, com crises políticas, econômicas e sociais. Poucos sobrevivem a isso, mas nós sobrevivemos. Não foi a primeira vez e talvez não seja a última, mas somos resilientes. Porém, essas crises não terão servido se não pudermos extrair delas esses desafios e colocar novas estratégias em jogo”, finalizou.

Palestra magna do Fórum de Boas Práticas trouxe reflexões sobre os desafios da gestão pública

27/10/2016

Gleisson Cardoso Rubin falou das dificuldades encontradas e as ações para o futuro

“A gestão trará sempre essa responsabilidade de melhorar o País. Minha intenção é refletir sobre os desafios da gestão pública, mas com a esperança de que boa parte possa ser usada no setor privado”, iniciou sua apresentação, o secretário de gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Gleisson Cardoso Rubin. 
Ao fazer uma reflexão autêntica e verdadeira sobre a situação econômica atual, Rubin garantiu não trazer apenas boas notícias e apresentou, em sua palestra no Fórum de Boas Práticas Internacional da FNQ, realizado dia 18 de outubro, em São Paulo, as medidas de gestão que o Ministério adotará para impulsionar o crescimento do País. 
Intitulada “Gestão para a excelência: o caminho para um Brasil melhor”, o secretário falou em sua palestra sobre o desempenho do País no mais recente Relatório de Competitividade Global (RCG) e seus 12 pilares. “O Brasil tem bom desempenho na dimensão dos mercados internos e externos, que é o pilar 10. O próprio mercado interno já é formidável, com consumidores com acesso a bens de consumo e à internet. Nosso problema é que essa variável é anulada pelo mau desempenho em outros pilares, especialmente o pilar 1, instituições, e o pilar 12, inovação”, comentou. Para Rubin, essa combinação fez com que o Brasil caísse no ranking, de 75º para 81º. 
Como o Brasil lida, também, com problemas básicos e que já deveriam ter sido solucionados, como acesso à água potável e combate à fome, o secretário listou três grandes desafios que a gestão pública possui. “Temos de melhorar a qualidade dos serviços públicos. Esse é o ponto um. As políticas públicas precisam alcançar seus objetivos e produzirem impactos reais. 

Por último, é fundamental perseguir o aumento na eficiência do gasto”, explicou. Rubin falou, ainda, sobre o crescimento da dívida pública em relação ao PIB, que aumentou exponencialmente e precisa de medidas sérias para seu controle. “Teremos de tomar um remédio amargo agora para que não nos ocorra o mesmo que com a Grécia. Para isso, temos de contar com apoio para a agenda que estamos propondo. Em tempos bons, as organizações não dão muita importância aos modelos de gestão. Essa, portanto, é a hora”, completou.
Programa “Brasil 100% digital”

Com um índice de primeiro mundo em termos de acesso à tecnologia é à internet, o objetivo é utilizar a rede ao máximo. Isso, de acordo com Rubin, pode significar uma grande economia se utilizada de forma eficiente. Por isso, o governo lançará o programa “Brasil 100% digital”, uma Plataforma de Cidadania Digital para obter interoperabilidade de informações. A ideia é termos um único canal para solicitar os serviços que o cidadão necessita. Hoje, cada site do governo tem sua senha, isso é ruim. É preciso facilitar a transparência na informação. Nós queremos eliminar que a pessoa durma na fila apenas para agendar atendimento médico, por exemplo”, disse.
Outro desafio é assegurar a efetividade e eficácia das políticas públicas, tendo foco nos resultados da ação pública, fazendo avaliação e realinhamento de programas e tendo uma articulação interfederativa. Para isso, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, Gespública, possui papel imprescindível. “Tem de desburocratizar, ter menos foco no processo e mais, na chegada. Já temos controle dos meios. Nós temos de ter compromisso com o resultado final”, defendeu Rubin. 
O secretário encerrou a apresentação demonstrando confiança no futuro, mas fez um alerta. “Vivemos, nos últimos três anos, a tempestade perfeita, com crises políticas, econômicas e sociais. Poucos sobrevivem a isso, mas nós sobrevivemos. Não foi a primeira vez e talvez não seja a última, mas somos resilientes. Porém, essas crises não terão servido se não pudermos extrair delas esses desafios e colocar novas estratégias em jogo”, finalizou.

Membros do GEM compartilham suas experiências no Fórum de Boas Práticas

28/10/2016

Painel contou com representantes de vários países

A assinatura “internacional” foi mais do que apropriada para descrever o Fórum de Boas Práticas realizado pela Fundação Nacional da Qualidade no dia 18 de outubro, em São Paulo, na sede da KPMG, que teve a participação especial dos membros do Global Excellence Model Council (GEM), os quais subiram ao palco para compartilhar suas histórias e visões de excelência em gestão.  

Criado em 2000, o GEM é formado por representantes da Austrália, dos Estados Unidos, da Índia, da Europa, do Brasil, da Iberoamérica, do México, do Japão, da Malásia e de Singapura. Com reuniões anuais para trocar experiências e informações, possuem como missão inspirar, mobilizar e capacitar as organizações em torno de fundamentos de excelência alinhados globalmente para que gerem valor para a sociedade. Em 2016, a FNQ foi escolhida para sediar e coordenar o encontro.
 
Singapura
Para o evento da FNQ, estavam presentes Léon Tossaint (Fundação Europeia de Gestão da Qualidade - EFQM); Fernando Gonzales (Corporação de Finanças Internacionais do México - IFC); Parayil Mana Krishnan (Confederação da Indústria Indiana - CII); Kenji Ohdate (Japan Quality Assurance Organization - JQA); Juan Luis Martín Cuesta (Fundação Iberomaericana para Gestão da Qualidade - Fundibeq); e Patrick Lim (agência Spring), primeiro a falar no evento. “Somos um país pequeno na arena global, com um PIB de 292 bilhões de dólares. Desde os anos 1960, nossa estratégia tem a ver como nosso crescimento econômico: garantir emprego pleno a todos”, conta.   
 
Lim também fez um apanhando das décadas em Singapura. “Desde nossa independência, tivemos muito desemprego. Nos anos 1970, não tínhamos mais, mas precisávamos melhorar a qualidade da mão de obra. Já nos anos 1980 e 1990, a tecnologia foi de grande importância. Tivemos um boom da internet e o foco passou a ser inovações e conhecimento”, explica. 
 
Para Lim, tudo isso levou a uma ponte para o futuro e a excelência da gestão funcionou muito bem para o país. “Se estamos evoluindo nessa direção, precisamos repassar também essa ideia para as nossas empresas. Em 94, quando iniciamos aSpring, agência global de âmbito comercial, tínhamos um problema com produtividade e eficiência. Problemas semelhantes aos do Brasil. Resolvemos, então, aprender com os melhores, Estados Unidos e Japão. Mais para frente, no início dos anos 2000, criamos uma equipe de gestão. Queríamos excelência contínua. Para isso, a retenção de conhecimento foi crucial. Hoje nosso foco está na cultura de inovação. Vamos evoluindo com o mundo”, exemplifica. 
 
Índia
Em seguida, Parayil Mana Krishnan, representante da Confederação da Indústria Indiana (CII), falou sobre a indústria da Índia nas últimas décadas e também sobre a jornada de qualidade fundamental até chegarem ao framework ideal de negócios. “Um dos objetivos da CII é ser viabilizadora da mudança. No início da década de 80, quando o momento da qualidade se iniciou, a CII tomou a dianteira. Isso foi feito por meio de controle de processos e de gestão de qualidade”, argumenta. Depois, voltaram suas atenções para os padrões japoneses de qualidade. “De 90 até 2010, o foco inicial era o controle em processos estáticos. Na década de 90, fomos líderes em garantir que nossas organizações-membro passassem por essa jornada e garantissem um processo de certificação”.
 
Já nos anos 2000, criaram um rápido desenvolvimento desse framework, tanto no setor privado quanto no público. “Quase todas as empresas da Índia já adotam esse modelo, criando, assim, mais competitividade. Serviços cresceram, especialmente TI. Começaram a implantar pesquisa e desenvolvimento. Isso foi de 2000 a 2010, o que consideramos a segunda fase”. Depois de 2010, o cenário político e econômico entrou em grande transformação, de acordo com Krishnan, trazendo novos desafios aos seus líderes. “Hoje, usamos o modelo de excelência da Fundação Europeia de Gestão da Qualidade (EFQM). Acreditamos que o cliente está sempre no centro. Liderança de um lado, resultados no outro e o cliente no meio”, finaliza. 
 
Japão
Na continuação, Kenji Ohdate, da Japan Quality Assurance Organization (JQA), falou sobre as características e a evolução do modelo japonês. “Fundamos a JQA em 95, baseado no modelo americano. Nossos valores também estão centrados nos clientes e por eles que nos orientamos”. Ohdate explicou também que a gestão de inovação é crucial para a organização. “Precisa melhorar o ciclo de PDCA para ter inovação e processos inovadores. Nosso desafio é conseguir mensurar o sucesso de grandes empresas e ver como as pequenas e medias conseguem performar”.
 
Ao longo dos anos, a JQA evoluiu seu modelo, hoje baseado em conceitos como mudança, gestão em valores, estratégia e inovação, entre outros. “Passamos a usar essas iniciativas em grandes empresas, mais globalizadas. Essas, por sua vez, começaram a fazer avaliações internas. A conquista de prêmios e certificações foram vistas também como sinônimos de bons negócios”, avalia. Com isso, a inovação passou a ser muito mais importante para a sobrevivência das organizações, de acordo com Ohdate. “Antes, achavam que só as grandes empresas poderiam implementar práticas de gestão, mas, com o tempo, as médias e pequenas começaram a adotar também. Porém, elas possuem limitações e isso levou à criação de programas específicos. Começaram a investir melhor seu tempo e seus recursos financeiros”, explica. 
 
México
Na sequência, Fernando Gonzales, da Corporação de Finanças Internacionais do México (IFC), falou dos desafios do país. “Iniciamos nossas atividades há 27 anos como fomento de qualidade para o México. Primeiro, criamos uma inciativa público privada para fomentar as empresas mexicanas. Durante esse tempo, muitas coisas mudaram. A forma como nos comunicamos, trabalhamos e viajamos, entre outros. Tudo mudou. Os modelos de excelência tiveram de mudar conforme esses novos desafios e era preciso se adaptar”, explica. Até 95, o foco do IFC era na qualidade e produtividade, requisitos daquela época, de acordo com Gonzales. “Porém, por volta do ano 2000, as coisas começaram a mudar. TI ficou cada vez mais crucial às empresas. Elas tinham de pensar em novas plataformas e analisar novos conhecimentos também. Por isso, nosso modelo passou a integrar o gerenciamento de conhecimento. E a eficiência em planejamento estratégico”, aponta. 
 
Para Gonzales, a maioria das perdas estava focada no curto prazo e era importante entender a importância do planejamento estratégico no longo prazo. “Colocamos muito foco nisso. Em 2008, vimos que, para executar essa estratégia, eram necessários recursos. Então, voltamos nosso modelo para enfatizar o pensamento estratégico. Passamos a entender a importância da inovação e simplicidade. Integramos, então, esse pensamento”, revela. Ele acredita que, no futuro, a revolução de TI vai continuar. “Isso vai mudar radicalmente a necessidade de gestão para as empresas. A pergunta será: que tipos de capacidades os modelos de excelência necessitarão? Pensamento criativo e análises serão valorizadas ainda mais, provavelmente”.
 
Iberoamérica
Gonzalez, então, passou a palavra para Juan Luis Martín Cuesta, da Fundação Iberomaericana para Gestão da Qualidade (Fundibeq), criada em 1998. “Nossa Fundação engloba 22 países, sendo 20 que falam espanhol e dois que falam português. Ao todo, são 19 na América Latina e três na Península Ibérica. Utilizamos dois modelos de gestão: um para empresas e outro para instituições públicas. Eles são semelhantes, mas cada um foi adaptado para seus usuários”, especifica. Cuesta também diz que o modelo ibero-americano é bem semelhante ao Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da FNQ. “Ele usa informações de pessoas que já colaboraram no passado. Isso é um conceito fundamental do nosso modelo”, acredita. 
 
Além disso, Cuesta também comentou sobre qual deve ser a evolução desses modelos: “Em todo mundo, será necessário fortalecer alguns conceitos.  É preciso focar claramente no cliente, nas pessoas e em sua participação na gestão”. Para o executivo, os clientes e as pessoas serão a base dos futuros modelos de gestão e a qualidade será crucial. “Temos uma preocupação especial com o mundo público, as instituições públicas e precisamos reforçar nosso capital humano para continuarmos crescendo”, diz. 
 
Europa
Por último, Léon Tossaint, da Fundação Europeia de Gestão da Qualidade (EFQM), tomou a palavra. O executivo fez uma apresentação sucinta, mas muito elucidativa. “Iniciamos a EFQM em 88, com lideranças que queriam um novo modelo de gestão. A mensagem era melhorar a concorrência global de cada organização-membro e a competividade do setor como um todo. Isso ainda vale para hoje”, inicia. O modelo da EFQM se desenvolveu ao longo dos anos, mas ainda é semelhante ao projeto original, de acordo com Tossaint. “Nosso documento original já incluía preocupação com o meio ambiente, que foi algo bem inovador para a época”, atesta. 
 
Com 41 parceiros em todo o mundo, Tossaint garante que, hoje, a preocupação maior é com o pensamento estratégico. “Nosso modelo fez sucesso porque sua lógica era bem simples e seus líderes podiam aprender rapidamente. Quase todos os países da Europa já o adotam. Temos um ciclo de aprendizado e é importante analisar a maturidade da organização”, comenta. Para ele, é preciso ir além e exceder as expectativas dos stakeholders. “Temos de saber onde os líderes estão, qual é sua força competitiva. Tornar as pessoas felizes, criar um futuro sustentável e ser um modelo para os parceiros. Isso pode dar uma nova relevância ao modelo de excelência”, acredita. Ao final, os membros do GEM responderam às perguntas da plateia e encerraram sob aplausos pela bela aula de gestão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016


Jaime Cimenti

Feira do Livro, Dylan, best-sellers & cia

Não, não vou chamar a 62ª Feira do Livro de "Feira do Livro de Bolso" por conta de alguns poucos encolhimentos, nem dizer que ela é a mesma coisa cada vez melhor, por conta das realidades e das fantasias que estão e sempre devem estar intimamente associadas com o querido evento. Prefiro repetir que ela é das poucas eternidades e certezas boas que ainda temos. Pagar imposto, morrer e ver o Inter campeão de novo são as outras certezas...

Ainda estamos curtindo as letras do Bob Dylan jogadas ao vento mundial pela Academia Sueca, que não sei porque segue não premiando os brasileiros. Drummond de Andrade é o Nobel do povo, do julgamento do tempo e dos leitores, que é o que mais interessa, pronto!

Será que o Dylan vai lá buscar a medalha e a grana preta, vai dar uma de Tim Maia ou mandar um bilhete tipo Jean Paul Sartre, recusando as honrarias? Será que essa demora toda para se manifestar é marketing? Vamos ver, vamos ver. Estou escrevendo estas linhas na terça-feira passada. Se o Dylan não aceitar o Nobel, acho que a Academia até vai gostar, vai repercutir ainda mais a escolha dos suecos... Se o Dylan aceitar, poderíamos enviar o Suplicy (pai) para cantar com ele Blowing in the wind. Como coral ou "backing vocals" sugiro Philip Roth, Mia Couto, Ferreira Gullar, Elena Ferrante, Haruki Murakami, Karl Ove Knausgard, Amos Oz, Lobo Antunes e outros que meus queridos leitores indicarem.

Há quem diga que as pessoas andam lendo pouco, que ficam lendo só partes dos livros, "trecheando", acumulando livros na mesa de cabeceira, lendo vários ao mesmo tempo, lendo sobre eles na web e tal. Claro que a leitura e o livro não morreram. Se for assim, o velório está bem concorrido. Muita gente ainda curte a indispensável e incomparável leitura silenciosa e solitária das páginas escritas dos livros. Elas estimulam a inteligência, a fantasia e os sentidos de uma forma única. Os meios eletrônicos podem ser fascinantes, mas não se comparam à leitura de um livro impresso.

Mas, olha só, há dias saiu, nos Estados Unidos, um livro, The Best-seller Code, coisa de norte-americano legítimo. Dois pesquisadores, em quatro anos, examinaram 20 mil obras de ficção para desenvolver um algoritmo que pudesse identificar livros que se tornariam "best-sellers". É um velho sonho dos editores. Apuraram 2.799 características de livros mais vendidos.

Heroínas jovens e fortes, descrever intimidades mas não sexo explícito, evitar pontos de exclamação, mostrar mais cães do que gatos, falar de casamento, morte, funeral, impostos, armas, escolas, crianças, e ter estruturas em três atos - apresentação, conflito e final -, são algumas das caraterísticas. Ritmo ágil, poucos temas, palavras vagas e finais tristes estão nas preferências. Sexo, drogas e rock'n'roll estão em baixa nos Estados Unidos em termos de mais vendidos.

Como se vê, coisas previsíveis e gostos duvidosos apareceram. Em países desenvolvidos, os dados são usados e as editoras faturam, entregando o que o público leitor de best-seller quer.

a propósito...

Faço resenhas de livros há mais de 40 anos. Respeito o gosto de todos e as leis de mercado, claro. Não tenho preconceitos e, como vocês sabem, com democracia e pluralidade, de olho na qualidade mínima e no bom senso, procuro informar os leitores da melhor maneira. Mas confesso que pesquisar tanto o gosto dos leitores e processar tanto a literatura até respeito, mas não acho bom. Prefiro best-sellers que tenham brotado da liberdade criativa, do acaso, da sintonia do autor com seu tempo e seus contemporâneos, da necessidade artística de expressão. Best-sellers como Dom Quixote, O velho e o mar, Memórias póstumas de Brás Cubas, Vidas secas e outros... 




Jaime Cimenti
Notícia da edição impressa de 28/10/2016. 
Alterada em 27/10 às 16h51min

As nove vidas do menino estranho


A nona vida de Louis Drax (Record, 238 páginas, R$ 29,90, tradução de Maria Luiza Borges), romance de Liz Jensen, ex-jornalista e escultora inglesa, atualmente escritora em tempo integral e autora de oito romances, está sendo lançado no Brasil ao mesmo tempo em que sua adaptação para as telas de cinema em uma produção estrelada por Jaime Dornan (Cinquenta tons de cinza), Sarah Gadon e Aaron Paul (Breaking bad) chegou ao Festival de Cinema do Rio de Janeiro e aos cinemas dia 20 de outubro.

A densa e profunda narrativa apresenta Louis Drax, um menino nada comum, como ele mesmo conta já no início. Aos nove anos, já passou por oito situações de quase-morte. Teve paradas respiratórias, caiu nos trilhos do metrô e teve 85% do corpo queimado, além de ter se afogado, se intoxicado gravemente com alimentos e sofrido uma série de doenças.

Dono de uma inteligência incomum, uma esperteza incrível e uma imaginação mórbida, no aniversário de nove anos ele sai para comemorar com os pais num piquenique. Acaba caindo misteriosamente num penhasco. Em coma profundo, será ajudado por um médico especializado em pacientes comatosos, pois o pai simplesmente desapareceu, e a mãe está em estado de choque. O médico Pascal Dannachet, neurologista especializado, é sua única chance de recuperação.

O menino é um desafio para o médico, que se vê arrastado para o universo sombrio de Louis, envolto pelas intrigantes circunstâncias do acidente. Foi mesmo acidente? Quem teria sido o responsável? O pai, como relatou a mãe à polícia? Conseguirá Louis comunicar-se com o médico? O doutor ouve as histórias do menino, a relação com os pais e vai usar toda sua experiência de neurologista telepata para penetrar nos mistérios da mente do garoto.

Como se vê, a escritora, que já foi indicada três vezes para o prêmio Orange Prize e que integra a Royal Society of Literature e ministra aulas de escrita criativa, apresenta uma história com fortes ingredientes, trama poderosa e personagens com alto poder de sedução. Sem deixar de ser humano, o romance é sombrio, provocador e os emaranhados de sua narrativa arrebatam os leitores.

"Pergunte só à minha mãe como é ser mãe de um menino que sofre acidentes o tempo todo, e ela vai te contar. Não tem graça nenhuma. Ela não consegue dormir, imaginando onde isso vai parar. Vê perigo em toda parte e pensa "tenho que protegê-lo, tenho que protegê-lo, mas às vezes não dá", é um trecho do romance, uma fala do menino estranho, que, com menos de 10 anos, já sobreviveu nove vezes.
lançamentos

A colecionadora de corujinhas (Bestiário, 118 páginas), do consagrado escritor, poeta e médico José Eduardo Degrazia, com prefácio do jornalista e escritor Eduardo Jablonski e apresentação de Alcy Cheuiche, traz minicontos poéticos, com situações, personagens e cenários do cotidiano. Falar o que seja é inútil ou sobre desconsiderações (Circuito, 112 páginas), do professor, escritor e editor Carlos Alberto Gianotti, tem ensaios sobre diferentes vieses do vazio da vida contemporânea de indivíduos fartados, incapazes sequer de apreender sua fartação.

Paulo Freire e a pesquisa em educação (Sulina, 302 páginas, R$ 50,00) com organização da professora Bruna Sola da Silva Ramos, traz textos dela e de outros educadores sobre as contribuições de Paulo Freire para a pesquisa em educação.


28 de outubro de 2016 | N° 18672 
CLÁUDIA LAITANO

Abominável mundo novo

Os três debatedores, dois médicos e um jornalista, todos com mais de 50, discutiam na TV os possíveis impactos do uso de equipamentos eletrônicos na primeira infância. O cenário era de arrepiar. Colunas vertebrais danificadas, cérebros arruinados, habilidades sociais permanentemente atrofiadas. A certa altura, um dos médicos chegou a afirmar que já era possível prever que estamos diante da primeira geração com menos potencial intelectual do que as anteriores. Corram para as savanas, crianças.

O catastrofismo tecnológico é hoje um dos esportes mais praticados do planeta. A popularidade de selfies, likes, sextings, games e oversharings parece diretamente proporcional à ansiedade causada por mudanças determinadas pela tecnologia – pelo menos entre os adultos. Alguns riscos, claro, são reais e imediatos, como a dramática evaporação de empregos, outros são previsíveis, como os impactos no corpo e na mente de um cotidiano 100% digital, mas muitos são ainda puramente especulativos. 

Claro que manter o espírito crítico nunca é demais, mais ainda quando crianças estão envolvidas, mas assumir o discurso de que a humanidade está marchando rumo ao precipício demonstra, além de uma certa inclinação à paranoia, pouco conhecimento a respeito da espantosa capacidade da nossa espécie de se adaptar a novas circunstâncias.

O fato é que nem Mãe Dináh seria capaz de prever no que tudo isso vai dar. Vamos desaprender a escrever, a pensar, a amar? Polegares serão inutilizados por excesso de uso? Uma nova descoberta vai acabar com a fome no planeta? Logo saberemos. Enquanto isso, a imaginação voa – produzindo sonhos e pesadelos. É nesse minúsculo intervalo que separa a nossa época das próximas transformações cotidianas radicais que trafegam séries como Black Mirror (Netflix) e Westworld (HBO). 

E se a quantidade de likes nas redes fosse tão importante quanto uma ficha limpa na polícia? E se o céu fosse como uma praia de Santa Catarina programada para reproduzir os melhores momentos de nossas vidas até o fim dos tempos? A relação com a tecnologia nem sempre é uma comédia romântica, mas também não precisa ser um filme de terror.



28 de outubro de 2016 | N° 18672 
NÍLSON SOUZA

DORMIÇÃO


A frase genial é do poeta Antônio Maria, e chegou até nós pela boca do colega Paulo Sant’Ana, no pretérito sempre presente de suas andanças pela nossa sala de trabalho. Numa das vezes em que se acomodou na sua poltrona favorita para ressonar e aguardar a inspiração, balbuciou:

– Se eu estiver dormindo, me deixe dormir. Se eu estiver morto, me acorde.

Fiquei tão encantado com a sacada, que imediatamente procurei na editoria de Arte o arteiro Paulo Zarif, e fiz a encomenda: um letreiro bem visível. Quando Sant’Ana acordou, o cartaz com a citação já estava colado na parede acima de sua cabeça. Conhecendo a sensibilidade do cronista atualmente em recesso para tratamento de saúde, tivemos o cuidado de selecionar também uma frase de sua autoria para colocar junto à do poeta que nasceu pernambucano e morreu carioca.

O sono é o prenúncio da morte, escreveu Shakespeare, para horror dos dorminhocos. Alguns menos encucados e mais espiritualizados acreditam que se trata de um momento de liberdade para a alma dar uma saidinha e passear por onde desejar. Materialistas convictos dizem que é apenas uma forma de descansar o corpo, já que o cérebro não para de funcionar, muitas vezes nos levando a reboque pelo mundo dos sonhos.

Nunca fui de muita dormição. Sempre preferi a madrugada para leituras e trabalhos intelectuais, pois o silêncio e o sono dos outros me facilitam a concentração. Mas já ando menos apaixonado pela insônia, principalmente depois que tomei conhecimento de um estudo do Centro de Pesquisa da Luz, de Nova York, sobre a interferência das telinhas luminosas (de celulares, tablets e computadores) no nosso ritmo circadiano, que vem a ser o nosso ritmo de sono. Segundo os cientistas, a luz emitida por esses dispositivos interfere no nosso cérebro e impede a produção do hormônio que nos faz desacelerar e dormir.

Como as pessoas que descansam bem à noite são mais resistentes a doenças e se tornam mais longevas, já ando pensando em trocar o computador pela velha máquina de escrever durante a madrugada. Aí os outros é que não vão dormir.

28 de outubro de 2016 | N° 18672 
ARTIGO - LÉO VOIGT*

NULO?


Nesta conjuntura surpreendente, em que a política e a sociedade estão mudando, vejo até alguns dos melhores professores argumentarem favoravelmente ao voto nulo nestas eleições. Muito embora sejam reconhecidos intelectuais, penso que emitem apenas mais uma opinião no lusco-fusco da disputa apaixonada.

O voto nulo em eleições formais é manifestação do ressentimento, da falta de objetividade na avaliação que leva ao rebaixamento do momento da vida democrática. Não é um ato de protesto. O próprio nome já diz: nulo, inútil. A lei eleitoral e a tradição das disputas não o computam como válido. Uma massa de nulidade não gera uma nova circunstância política, administrativa ou histórica. Ao contrário, pode fortalecer tendências opostas ao desejo dos incautos anuladores.

Abster-se de influir numa eleição significa virar-se de costas para as conquistas acumuladas nas lutas liberais, socialistas e de solidariedade dos séculos 18, 19 e 20. Votar nulo desqualifica o esforço histórico, ignora os atores da arena democrática e despreza o trabalho das autoridades públicas e do próprio Estado, que investem para viabilizar as eleições. 

É isso que separa o senso crítico e público dos cidadãos responsáveis do ressentimento inútil daqueles que não se dão conta de que estar à altura de uma conjuntura adversa não é ausentar-se dela. Além disso, o voto nulo torna iguais candidaturas e alianças que a caminhada democrática diferenciou.

Por fim, creio que votar nulo e propagar a abstenção é uma atitude de imaturidade na hora de decisão adulta. Se o meu preferido não está presente na nova rodada eleitoral, então não brinco mais. Isso, infelizmente, tem-se tornado frequente nestes conturbados tempos, quando mais gente se relaciona com a política pelo fígado e não pelo cérebro.

Em vista de que citam Bobbio para tentar legitimar o voto nulo, lembro aqui o seu compatriota, Dante Alighieri, que na Divina Comédia reservou o último dos infernos, o sétimo, para lá depositar os que, em circunstância de crise aguda, se omitem e se refugiam no nada da negação indeterminada.

*Cientista político

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Gestão pública também é o compromisso do cidadão


Por Jairo Martins, presidente executivo da FNQ

No ranking de competitividade apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 81ª posição, pior desempenho desde 1998. Em 2013 estávamos na 48ª posição. No relatório, entre os principais fatores para a queda brasileira está a atual conjuntura política e a questões estruturais do País. Entramos na recessão econômica por conta da má gestão dos recursos públicos e o que mais presenciamos nos noticiários é a crise política instaurada. 
 
Todos sabemos que a gestão pública tem vários entraves, mas cabe à liderança política escutar a sociedade e seus questionamentos. Da mesma forma, o cidadão deve participar da vida pública da cidade e mesmo que o seu candidato de preferência não seja eleito (ou tenha sido eleito), é preciso estar informado sobre planos de governo para cobrar reformas. 

É preciso sermos críticos também em relação à implantação dos planos de Estado, que devem ter continuidade, independentemente da orientação partidária, como saúde, educação e segurança. O projeto “Adote um Vereador”, do jornalista Milton Jung, convida voluntários a fiscalizar, visitar o gabinete, além de publicar informações sobre o vereador escolhido. 
 
É responsabilidade das prefeituras elaborar planos e estratégias orçamentárias nas áreas da saúde, educação, mobilidade urbana, segurança, meio ambiente e cultura. Por isso, é exigido transparência das contas públicas para que a sociedade tenha acesso às licitações e aos gastos de cada obra ou bens adquiridos. Um ótimo exemplo de fiscalização pela sociedade civil é o trabalho dos Observatórios Sociais. Os grupos voluntários acompanham, da licitação até a entrega do produto ou serviço, de modo a agir preventivamente no controle social dos gastos públicos. Temos de resgatar os nossos valores éticos, que em parte se perderam nos últimos tempos.
 
Além da implementação de leis municipais e ações de melhoria da cidade, é necessário observar os resultados por meio de indicadores - acidentes, atendimentos, ocorrências. Só é possível avaliar se uma medida surtiu efeito por meio de medições. Além disso, a cada ano, seria importante aplicar uma pesquisa de opinião para traçar novas estratégias para o ano seguinte. 

Sem processos estruturados, gestão eficiente e capacitação das secretarias da prefeitura não é possível tornar uma cidade competitiva. O trabalho é de todos, órgãos públicos e cidadãos. Afinal, o Brasil é a nossa tarefa. 

terça-feira, 25 de outubro de 2016



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Serviço público inovador?ompartilhe

20/10/2016
Tags: casos de sucesso

Novo”, “tecnologia”, “invenção”, “novidade”, “fazer diferente”, “boas ideias”. São várias as palavras e expressões que surgem na mente quando pensamos em Inovação. Certamente, um termo complexo, amplo e, por vezes, até abstrato, tão difícil de definir como de concretizar.
“Burocracia”, “lentidão”, “tecnologia obsoleta”, “pouco recurso financeiro”, “serviços de pouca qualidade”. São esses os termos que vêm à cabeça quando se pensa em administração pública. Será que esses dois mundos conseguem se encontrar?
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) ousou unir esses dois lugares opostos – ou seriam complementares? – nas propostas de ação apresentadas ao Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil na 8ª Convocatória e na Extraconvocatória de 2016.
Mas como conseguir organizar tantos conceitos? Começou com a disponibilização de um espaço aberto para debates e novas ideias: “A Semana de Inovação em Gestão Pública – Transformando Ideias em Soluções”. Foi um evento que aconteceu em 2015 e contou com a participação de servidores de 16 estados brasileiros e 50 convidados nacionais e internacionais como palestrantes, debatedores e moderadores. Um resultado concreto de todo o esforço que culminou nesse evento foi a assinatura de uma carta de intenções entre Brasil e Dinamarca que, mais tarde, foi oficializada com a assinatura de um memorando de entendimento entre os dois países. Foi o estabelecimento de uma cooperação com o objetivo maior de fomentar a Cultura da Inovação em Gestão aqui no Brasil.
Logo após o evento, a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) se juntou a essa empreitada, que teve como primeiro passo a implementação e inauguração, em 17 de agosto de 2016, do G-NOVA, Laboratório de Inovação em Gestão voltado para atendimento a projetos do governo federal. O laboratório foi concebido a partir da metodologia do MindLab dinamarquês, como um espaço de convergência de ideias inovadoras. Ele foi criado para “demonstrar aos servidores públicos federais que, aplicando métodos de colaboração, de criação conjunta com os usuários do serviço, vai se ter como resultado um serviço mais aderente à necessidade que ele se propõe a atender”, nas palavras de Luis Felipe Salin Monteiro, diretor do Departamento de Modernização da Gestão (INOVA), unidade do Ministério do Planejamento responsável pela proposta de ação no âmbito dos Diálogos Setoriais. 
O próprio nome já se explica, o LABORATÓRIO é um espaço para experiências. Esse lugar, livre de barreiras para expressão de ideias, será um espaço para apresentá-las, discuti-las, desenhá-las e experimentá-las antes de serem aplicadas a nós, cidadãos. Um local onde há espaço para tentativa e erro e onde a criatividade é estimulada: algo como um remédio que é desenvolvido e testado em laboratório antes de ser colocado no mercado. Assim, busca-se reduzir os riscos e custos de implementação de uma política pública, bem como aumentar os seus níveis de sucesso.
Perceba a adesão de novos termos ao vocabulário de inovação: cooperação e ideias convergentes. Agora adicione a isso órgãos públicos dos três poderes e você tem outro resultado advindo daquela Semana de Inovação: A Rede de Inovação no Setor Público ou, de forma mais carinhosa, a InovaGov. E como o próprio nome já diz, é uma rede na qual todos os pontos estão interligados, sem qualquer hierarquia, permitindo uma troca sinérgica, que se retroalimenta entre o Laboratório e os membros da Rede. Nesse sentido, Guilherme Almeida, Diretor de Inovação da ENAP, afirma que “o laboratório é não só um membro, mas um nó muito ativo nessa rede”, uma vez que vai servir como um dos espaços para discussão e experimentos desse grupo.
A proposta de ação para contribuir com a estruturação da InovaGov foi apresentada aos Diálogos Setoriais na Extraconvocatória e sua formatação foi facilitada pela contratação de peritos que trouxeram novas dinâmicas de trabalho que ajudaram a constituí-la. Hoje a rede conta com o engajamento ativo de 38 instituições públicas federais, dos três Poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo), cuja participação vem se formalizando pela assinatura de termos de adesão a um Acordo de Cooperação Técnica assinado por um representante de cada Poder. 
Trata-se de mais uma ação de estímulo à cooperação que “ajuda os órgãos a superarem barreiras juntos e pensarem soluções conjuntas para as dificuldades que eles encontrem”, ou seja, é mais uma ferramenta “para articular e integrar arranjos para inovação no setor público” como explica Luanna Sant’Anna Roncaratti, Gerente de Inovação do Ministério do Planejamento.
São os Diálogos Setoriais contribuindo para que o serviço público se torne cada vez melhor e mais eficiente!

Serviço público inovador?

"Novo", "tecnologia", "invenção", "novidade", "fazer diferente", "boas ideias". São várias as palavras e expressões que surgem na mente quando pensamos em Inovação. Certamente, um termo complexo, amplo e, por vezes, até abstrato, tão difícil de definir como de concretizar.
"Burocracia", "lentidão", "tecnologia obsoleta", "pouco recurso financeiro", "serviços de pouca qualidade". São esses os termos que vêm à cabeça quando se pensa em administração pública. Será que esses dois mundos conseguem se encontrar?
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) ousou unir esses dois lugares opostos – ou seriam complementares? – nas propostas de ação apresentadas ao Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, com a Inauguração do Laboratório de Inovação e o estabelecimento da Rede de Inovação no Setor Público, a InovaGov​.
Data de Publicação: 
terça-feira, 25. Outubro 2016 - 11:08

sexta-feira, 21 de outubro de 2016


FRANCISCO HÖRBE ASSUME PRESIDÊNCIA DA TRENSURB DE PORTO ALEGRE, BRASIL
  
PORTO ALEGRE, BRASIL.- O Conselho de Administração da Trensurb empossou o novo diretor-presidente da empresa, Francisco José Soares Hörbe. Hörbe é graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com especialização em engenharia da produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atuava como coordenador do Plano de Mobilidade de Porto Alegre na Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). 

Tem experiência na área de planejamento em transporte e mobilidade urbana e participou como coordenador regional do Plano Integrado de Transporte e Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Porto Alegre (PITMUrb).

Francisco Hörbe (terceiro da esq. para a dir.), engenheiro eletricista e da produção, atuava como coordenador do Plano de Mobilidade de Porto Alegre na EPTC


Foto: Kauê P. Menezes/Trensurb
trensurb-nuevo-presidente

Ele substitui o também engenheiro eletricista Humberto Kasper, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e mestre em engenharia de produção pela UFRGS. Metroviário há 32 anos, Kasper ocupava o cargo de diretor-presidente desde junho de 2011.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Invista em excelência: conheça a 21ª edição do MEG

17/10/2016

Conheça as novidades do modelo de gestão em novo curso presencial da FNQ

Em meio às comemorações do primeiro jubileu da FNQ, a 21ª edição do conceituado Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está ainda mais moderna, lúdica e simplificada e surge como um Guia de Referência da Gestão para Excelênciaàqueles que querem aperfeiçoar os processos gerenciais de suas organizações e alavancar os resultados.
 
Com a nova edição do Modelo de Excelência da Gestão®, a FNQ lança, também, seu novo curso sobre o MEG para que o participante possa conhecer e compreender cada um dos seus Fundamentos e Temas.
 
A capacitação tem o objetivo de promover a disseminação de conhecimento, por meio do detalhamento dos processos, exemplos e exercícios. Destina-se a diretores, gerentes, outras lideranças, consultores internos e externos, auditores, acadêmicos de administração, profissionais seniores com responsabilidades executivas e profissionais ligados à área de gestão.
 
Para mais informações sobre preços e condições de pagamento, entre em contato pelo e-mail relacionamento@fnq.org.br. Desconto especial para filiados.
 
Para conhecer a ementa do curso, clique aqui.