
Congresso FNQ de Excelência em Gestão reúne mais de 300 pessoas
23/06/2016
Evento debate a economia colaborativa e traz perspectivas de negócios para as organizações
Mais de 300 pessoas prestigiaram, em 22 de junho, a edição 2016 do Congresso FNQ de Excelência em Gestão (CEG), no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista, que debateu o tema Economia colaborativa: um caminho para transformações nas relações sociais e de consumo.
O evento teve início na manhã da quarta-feira com palestra do presidente executivo da FNQ, Jairo Martins, que falou em nome do presidente do Conselho Curador da Fundação, Márcio Fernandes, e trouxe um panorama do novo ciclo do Planejamento Estratégico da instituição (2016-2020), destacando os três pilares que sustentam a missão da FNQ: o engajamento da sociedade na causa da gestão para excelência, o aumento da produtividade das organizações e a melhoria da competitividade do Brasil.
Como parte desse momento de reestruturação da Fundação e, também, dentro das celebrações dos 25 anos da FNQ, Jairo Martins anunciou o lançamento, em outubro, da 21ª edição do Modelo de Excelência da Gestão®, o MEG, que trará temas de importância nacional e mundial, como o desenvolvimento sustentável das organizações, a ética e seus sistemas de compliance, governança e os impactos atuais nas gerações futuras, de forma aprofundada, porém simplificada, apoiando as organizações de todos os portes e setores do Brasil.
Nova marca da FNQ - o evento também foi palco do lançamento do novo logo da Fundação, que traz uma mensagem mais moderna, alinhada à evolução da missão da FNQ, que já pode ser observado no portal e nas redes sociais, com uma nova assinatura: gestão para excelência.
Evolução do evento - na ocasião, Jairo Martins fez uma retrospectiva do evento, antes chamado Seminário Internacional em Busca da Excelência, hoje CEG, considerando as abordagens da FNQ desde 2010, sempre alinhada aos principais temas da vanguarda da gestão e ao momento econômico do País, e destacou os temas já debatidos pela Fundação, como ética, sustentabilidade, educação, gestão de risco, novo modelo mental - com foco no “ser” ao invés de “ter”, capitalismo sustentável e, neste ano, a economia colaborativa.
Economia colaborativa - a primeira palestra do dia foi ministrada pela Professora Doutora Dora Kaufman, estudiosa e especialista no tema. Para ela, o ser humano possui uma tendência natural à cooperação. “Estou convencida de que a forma de compreender a complexidade do cenário atual só acontece com a interação entre academia e mercado, em forma de colaboração”, afirmou. A especialista ressaltou os impactos da era digital na sociedade em geral e nas economias das empresas e citou os pesquisadores Clay Shirky e Yochai Benker para exemplificar essa tendência e mostrar como esse movimento acontece naturalmente nas organizações. “Se o ambiente das organizações favorece a colaboração, os funcionários tendem a participar mais das ações desenvolvidas”, concluiu.
Empresas de negócios compartilhados - ainda no período da manhã, aconteceu o primeiro painel do dia, com a participação do COO (Chief Operating Officer) da OLX, Per Johansson, do cofundador & Marketing e Novos Negócios do Pegcar, Conrado Ramires, do fundador da Pet Anjo, Thiago Petersen e do diretor da BlaBlaCar, Ricardo Leite, com a moderação de Dora Kaufman.
Todos foram unânimes em afirmar que um negócio compartilhado tem por objetivo conectar pessoas, facilitando o acesso a serviços por meio de plataformas digitais. Para eles, a capilaridade proporcionada pelas redes é um ponto forte em todos os modelos apresentados. Os painelistas afirmaram, ainda, que entre os maiores desafios enfrentados por eles estão a geração valor para o consumidor, a garantia da qualidade da prestação de serviços e a conquista da confiança dos clientes.
Perspectivas econômicas do Brasil - a programação da tarde teve início com a palestra magna do Congresso, ministrada pela jornalista e especialista em economia Miriam Leitão.
Em sua apresentação, Miriam destacou a atuação da FNQ ao longo desses quase 25 anos de história, ressaltando que sua criação coincidiu com o momento de abertura de mercado e a necessidade de as organizações se prepararem para enfrentar a competitividade interna e externa com qualidade na gestão de seus processos. Enalteceu, ainda, o trabalho da Fundação em trazer para debate temas da vanguarda corporativa e da sociedade ao longo dos últimos anos.
Na palestra, a jornalista fez uma retrospectiva dos últimos governos, falou do momento atual e afirmou que, apesar da crise e das dificuldades advindas do cenário, o Brasil tem jeito. “Nenhum outro tempo de nossa história reuniu tantas condições favoráveis para nós quanto o século XXI”, afirmou Miriam. “Estamos vivenciando, verdadeiramente, a democracia”, completou.
Durante a sessão de perguntas, moderada por Alexandre Caldini, a jornalista ressaltou a importância da população, dos valores, da biodiversidade, da terra e das fontes de energia renováveis no processo de recuperação da confiança nacional. Para a palestrante, devemos fazer escolhas sábias para nos recuperarmos da crise. “É hora de protegermos a população, investirmos em educação e pensarmos para onde queremos ir: ou nos acomodamos ou trabalhamos para superar esta fase difícil”, finalizou.
Empresas tradicionais e o novo modelo de negócios - com moderação da jornalista Cláudia Vassalo, teve início o segundo e último painel da programação, com a participação do diretor de inovação comercial da Natura, José de Luca, e do diretor jurídico e corporate affairs do Kantar IBOPE Media, Márcio Henriques da Costa.
Para os painelistas, o modelo de economia colaborativa não tem volta. “É difícil imaginar que exista algum tipo de negócio que não seja digital no mundo”, afirmou José de Luca.
De acordo com Márcio, é inevitável que ocorra um choque das empresas tradicionais com a era digital. “Para que ambos sobrevivam, tem de acontecer uma mudança disruptiva, de mindset mesmo”, afirmou. “No caso do Kantar IBOPE Media , o cliente espera que tenhamos uma precisão estatística, contudo, considerando o movimento das redes digitais também. Temos de estar preparados e buscar parceiros que nos complementem diante desse cenário irreversível”, completou.
José de Luca afirmou que é um defensor da economia colaborativa. “O modelo de negócio tem de gerar mais valor para cada um de seus participantes. Mas para gerar um engajamento diferente, a missão e a causa da empresa são muito importantes e devem estar bem claras. As pessoas buscam um empoderamento no sentido de construir coisas que deixam legado e não apenas produzam lucro”, complementou.
Além dos debates em plenária, o CEG proporcionou, também, aos participantes um amplo espaço de negócios e um estande especial para a troca de livros, ação que agradou ao público e gerou compartilhamento de diversas obras literárias e temáticas.
Saiba tudo o que aconteceu no Congresso FNQ de Excelência em Gestão (matérias, fotos, vídeos) em nosso hotsite: http://www.fnq.org.br/CEG2016/
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