quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Estudantes da rede pública projetam startup e soluções para a comunidade

 
04/11/2019 às 12:00
Estudantes apresentam aplicativo desenvolvido no Programa App Legal
O App Legal é um projeto no qual estudantes do ensino médio da rede pública devem projetar uma startup baseada em um aplicativo mobile que melhore a qualidade de vida e o meio ambiente na comunidade onde vivem, desenvolvendo o protótipo do app e seu modelo de negócio. 
A iniciativa acontece nas escolas localizadas no entorno do Programa Água Legal, que regulariza ligações de água em áreas de baixa renda, e visa incentivar a busca de soluções relacionadas ao meio ambiente urbano e a desenvolver competências empreendedoras dos jovens como criadores de tecnologia e não somente como usuários.  
Em sua segunda edição, o Projeto APP Legal levou aos alunos da Escola Estadual Aroldo de Azevedo, em São Mateus, na zona leste de São Paulo, a experiência de criar uma startup. Pensado justamente para incentivar o empreendedorismo social e tecnológico dentro das escolas públicas de São Paulo, o projeto foi desenvolvido pela Sabesp em parceria com a Secretaria Estadual de Educação. Ele proporciona uma experiência imersiva no modelo de criação de startups, nas quais os participantes criam aplicativos com soluções voltadas ao saneamento, meio ambiente e sustentabilidade para suas comunidades.
Após a fase de desenvolvimento, os alunos apresentam suas propostas e são premiados. Em 2019, dois grupos da Escola Estadual Aroldo de Azevedo foram reconhecidos pela produção de aplicativos que ajudam a melhorar a qualidade do ambiente da comunidade onde vivem. A seleção ocorreu no começo de outubro. No total, sete equipes participaram da disputa. Os dois primeiros colocados ganharam um tour de visitas a centros de tecnologia e inovação – como Google Campus, estação hack Facebook, Idexo, Distrito – e três meses de mentoria para o desenvolvimento efetivo de seus apps.    
O grupo vencedor, a Startup Gambler, criou um aplicativo para ajudar os moradores a resolver problemas de encanamento dentro do imóvel. O objetivo é que o cidadão consiga solicitar um serviço de qualidade, de forma rápida e eficiente, sem que seja cobrado um valor abusivo e evitando desperdício de água. Assim, a população de baixa renda seria facilmente conectada aos técnicos credenciados pela Sabesp. 
A segunda colocada foi a Startup Water Me. A equipe formada por cinco garotos criou um aplicativo para facilitar a vida de todas as pessoas que moram em São Paulo e sofrem com enchentes. A ideia é, a partir da localização da pessoa, mostrar os locais próximos onde há ocorrências de alagamentos, extravasamentos de rios, permitindo ao cidadão escolher um novo caminho.
No dia da seleção, a etapa do pitch, os grupos tiveram quatro minutos para vender a ideia do projeto para análise de uma banca de jurados especialistas da Sabesp e da empresa que desenvolveu as oficinas para eles. A Consultoria Ideias de Futuro foi responsável por capacitar os alunos nos quatro módulos que antecederam a etapa do pitch. 
Para Dirlene Diniz de Souza, Coordenadora do Projeto pela Sabesp, o trabalho é uma oportunidade de apresentar aos alunos o que é empreendedorismo, estimular o aprendizado da tecnologia e a olhar para a própria comunidade buscando soluções que impactem positivamente o ambiente em que vivem."Coordenar projetos que converbem para pessoas é um privilégio. Esse é um deles e é do coração, porque desenvolve jovens e oferece a eles novas oportunidades, detacou.   

O projeto

Neste ano, as oficinas ocorreram durante cinco quintas-feiras, nos meses de setembro e outubro, totalizando 20 horas de formação. Em 2018, a UGR Guarapiranga e UGR Interlagos participaram do projeto e o vencedor foi um aplicativo voltado para a conscientização da importância do descarte correto do óleo de cozinha, que informa os pontos de coleta mais próximos em parceria com a Sabesp. Ele foi desenvolvido por quatro alunos da Escola Estadual Jardim Noronha, do bairro Grajaú. 
Em sua segunda edição,  200 alunos e 70 professores de cinco escolas já participaram do APP Legal. No total, 30 projetos foram criados.  

Engajamento da sociedade 

Antes da apresentação final, os alunos tiveram a oportunidade de expor suas ideias para quem mais interessa, suas comunidades. Em um evento na Praça Moleque Travesso, o Sapopemba Viva, que ocorreu no dia 5 de outubro, cinco dos sete grupos puderam expor seus projetos.  
Além dos grupos vencedores, foram apresentadas propostas de aplicativos que levem informações sobre consumo de água, formas para controlar os gastos, tanto de água, quanto de energia, informações sobre coleta seletiva de lixo e sobre locais de tratamento de esgoto da Sabesp.  No dia da apresentação à população, o subprefeito de Sapopemba, Oziel de Souza também compareceu. 

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