sexta-feira, 30 de junho de 2017

Melhores em Gestão

Novo processo de avaliação e reconhecimento da FNQ

Após 25 edições, o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) é remodelado é dá origem ao “Melhores em Gestão®”, reconhecimento máximo à gestão para excelência das organizações no Brasil
 
Realizado anualmente, o processo de avaliação “Melhores em Gestão®” reconhece empresas nível classe mundial e ocupa uma posição central na missão da FNQ, de estimular e apoiar as organizações para o desenvolvimento e a evolução de sua gestão, por meio da disseminação dos Fundamentos da Gestão para Excelência, para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade.
 
O processo de avaliação reconhece as organizações que são referência em gestão para excelência no Brasil. Ele visa estimular o desenvolvimento do País, promover a melhoria da qualidade da gestão e o aumento da competitividade das organizações.
 
 
 
Com base na avaliação recebida no final do processo, fruto de uma análise da autoavaliação preenchida pela organização e da visita às instalações da candidata, as pessoas ligadas à organização passam a atuar de maneira abrangente, ou seja, de forma sistêmica, considerando todos os seus processos. Isso faz com que os colaboradores foquem nos mesmos objetivos e, como consequência, na obtenção de resultados globais. 
 
Ao se candidatar ao reconhecimento “Melhores em Gestão®”, a organização realiza uma profunda análise de sua gestão, que é efetuada por avaliadores treinados e capacitados pela FNQ, guiados por um rigoroso código de ética. Ao final do processo, a empresa obtém um amplo Diagnóstico de Maturidade da Gestão (DMG), com comentários que sinalizam os pontos fortes e as oportunidades de melhoria, assim como os eixos potencializadores e fragilizadores da gestão. 
 
Após criterioso processo de avaliação, é realizada a divulgação da lista das organizações reconhecidas como as “Melhores em Gestão®”. Este é um momento singular para as organizações brasileiras, pois é o momento em que líderes em qualidade, produtividade, competitividade e gestão são destacados por sua trajetória em busca da excelência da gestão.
 
 
O período para inscrições ao reconhecimento “Melhores em Gestão®” sofreu uma alteração em relação ao calendário informado na publicação Instruções para Candidatura 2017. Agora, serão abertas em 10 de julho de 2017 e podem ser feitas até 18 de agosto de 2017, quando termina o prazo para o preenchimento da autoavaliação e envio de documentos obrigatórios de elegibilidade, no portal da FNQ. As demais datas do cronograma não foram alteradas.

Saiba tudo sobre o ciclo deste ano em nossa publicação Instruções para Candidatura 2017.
 
 
Para mais informações sobre o processo, a inscrição e a participação no reconhecimento “Melhores em Gestão®”, entre em contato com a FNQ pelos telefones (11) 5509-7709, 5509-7734 ou pelo e-mail relacionamento@fnq.org.br.


Congresso FNQ de Excelência em Gestão debate a ética nas esferas corporativas e pessoal

28/06/2017

Evento contou com a participação de representantes do governo, empresas privadas e encerrou com a palestra de Leandro Karnal

Acaba de acontecer, em São Paulo, o Congresso FNQ de Excelência em Gestão (CEG). Este ano, o evento se propôs a debater a Governança, Ética e Transparência nas organizações. 
 
Em um balanço geral, o CEG 2017 apresentou um consenso entre os participantes em relação ao atual turbulento cenário brasileiro: a ética nunca foi tão debatida na sociedade como hoje. Todos também concordaram que o dilema ético o qual estamos vivendo vai além dos mecanismos de controle disponíveis. No entanto, o clima de otimismo foi unânime entre os palestrantes e painelistas. “A crise gera oportunidades” foi, provavelmente, a frase mais falada durante o evento e inspirou confiança em um futuro melhor e mais ético para o nosso País.
 
Abertura
 
Osório Adriano Neto, presidente do Conselho Curador da FNQ, abriu o evento falando sobre a importância do tema para o atual momento do País e o papel da Fundação. "Em meio ao caos em que o Brasil foi inserido, nós, da FNQ, acreditamos que uma gestão voltada para excelência é o único caminho para a retomada da produtividade das empresas e, consequentemente, da competitividade do País. Nós - e quando falo nós, me incluo também, como empresário - temos de ser agentes motivadores da criação de uma agenda positiva", disse.
 
Jairo Martins, presidente executivo da FNQ, ressaltou que esta não é a primeira vez em que o tema ética é abordado em um Congresso da Fundação. Em 2010, o evento já incentivava essa discussão no meio corporativo. “O fato de termos de recorrer a esse assunto novamente significa que não se absorveu o que discutimos há sete anos. Sempre procuramos escolher temas relevantes para a realidade do nosso País, que possam contribuir para seu desenvolvimento. As manchetes de jornal desta manhã confirmam nossa escolha para o CEG 2017”, comentou Jairo. No entanto, o presidente da FNQ disse estar esperançoso. “Acho importante termos um pouco de indignação para nos motivar a mudar e, quem sabe, sairmos deste evento pessoas diferentes e melhores. O Brasil é a nossa tarefa e podemos mudá-lo por meio de nossa postura”.
 
Gestão corporativa da ética
 
Abrindo o circuito de palestras e painéis, Valdir Simão, ex-ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, foi o responsável pela primeira discussão do evento. Em sua palestra “Controle e gestão corporativa da ética: caminhos para uma governança eficiente”, Simão comentou o momento político pelo qual passamos e o impacto da Lei Anticorrupção no cenário corporativo brasileiro. “O que estamos vivendo não é o ápice da sujeira e sim, o início da limpeza”, disse Valdir ao começar sua reflexão. 
De acordo com o ex-ministro, a deflagração de novos escândalos incitam a necessidade por maior controle e vigilância. No entanto, alerta que o controle excessivo e obediência cega à ordem e à autoridade causam perda de discernimento na tomada de decisão. “Não estou dizendo que não concordo com os programas de compliance das organizações. Mas observo que as medidas de controle proliferam, sem controle. O importante é a relação e o tom desses direcionamentos", afirmou.
 
Para Simão, o problema da falta de ética nas organizações não está na falta de controle. "A nossa relação é tão burocrática que afasta o cidadão de bem do Estado. Por termos uma relação entre Estado e população tão complexa, nós permitimos que pessoas que querem fraudar, escondam-se atrás dos processos burocráticos". O ex-ministro reforçou que restaurar a confiança mútua entre público e privado, Estado e população são fundamentais para a recuperação do Brasil.
 
Confiança nos negócios
 
O primeiro painel do dia “Integridade: o valor da confiança para os negócios” teve a participação da Caixa Econômica Federal, representada por Simone da Conceição Pereira Rosa, Superintendente Nacional de Organização, Governança e Processos, da Eletrobras, representada por seu presidente, Wilson Ferreira Junior, e também da Petrobras, com a participação de João Adalberto Elek, Diretor de Governança e Conformidade.
Após cada painelista comentar um pouco sobre as políticas de compliance e as medidas que estão sendo tomadas para restaurar a confiança, integridade e transparência dentro de cada organização, um ponto em comum ficou claro: o otimismo em relação à crise que o Brasil enfrenta. 

Os executivos afirmam que esta é uma oportunidade de amadurecimento e reavaliação de valores, investimentos e processos. De acordo com os painelistas, em meio ao cenário desfavorável, desenvolvemos uma consciência coletiva, muito poderosa e criativa, que vai tirar as organizações da crise, além de torná-las mais fortes. “A crise limpa a ineficiência das empresas”, afirma Simone.
 
Durante o painel, cada participante também explicou como suas organizações fizeram para resgatar a confiança de seus clientes e investidores após terem sido envolvidas em atos de corrupção.
 
Governança e ética
 
O segundo painel do dia, “Como fortalecer a governança por meio de práticas éticas e transparentes”, teve a presença do Grupo Promon, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, da Votorantim Cimentos e da Sabesp, representados, respectivamente, por Bruno P. Bandarovsky, Deborah Virgínia Macedo Arôxa, Ana Luísa Pinheiro e Silvio Valdrighi.
Ao abordar a importância das políticas de controle para manter uma organização ética, os painelistas ressaltaram que o compliance deve ser eficiente e devemos tomar cuidado para que o processo não paralise ou engesse o dia a dia das empresas. Políticas simples e claras que possam orientar os funcionários são a chave de sucesso para um bom programa de compliance.
 
Ética no dia a dia
 
A palestra principal do evento, que encerrou o Congresso FNQ de Excelência em Gestão, foi ministrada pelo professor e historiador Leandro Karnal. 
 
O professor confirma o título da sua palestra “Ética e corrupção no mundo contemporâneo: tem solução” com sua frase de abertura: “Se é verdade que a corrupção é histórica e endêmica, a preocupação social com ela é muito recente” e lembra que já superamos crises tão difíceis quanto essa. “O que está em crise é o modelo de gestão e não, a ideia de pátria. Nunca devemos confundir o governo brasileiro com o Brasil”, afirma.
Karnal acredita que a falta de ética está diretamente ligada à falta de percepção das pessoas e da inclusão do “eu” na responsabilização dos nossos atos e aponta que o trabalho é o caminho para uma vida ética. "Não somos perfeitos, mas somos perfectíveis. Somos moldáveis e podemos nos aperfeiçoar. Uma das características da ética é a inclusão do meu eu na responsabilização. As pessoas não se responsabilizam pelos seus atos."
 
E finaliza dizendo: "Não há país no mundo que tenha uma sociedade ética e um governo corrupto (e vice-versa). No Brasil, é preciso superar a cultura do jeitinho e da gambiarra. Ética é banho diário. A ética é um esforço diário. É a primeira vez que a ética está na voz do País."

Leandro Karnal fez a palestra principal do Congresso FNQ de Excelência em Gestão

29/06/2017

Professor e filósofo falou sobre a crise ética no País e diz que há solução

Durante o Congresso FNQ de Excelência em Gestão, que aconteceu no dia 27 de junho, em São Paulo, Leandro Karnal, escritor, historiador e professor da Unicamp, foi responsável pela palestra principal do evento, “Ética e corrupção no mundo contemporâneo: tem solução” .
 
Leandro começou sua fala em tom de esperança, afirmando que “se é verdade que a corrupção é histórica e endêmica, a preocupação social com ela é muito recente”. Para ele, a sociedade está mais atenta e vigilante para os deslizes éticos do governo e do mundo corporativo e pede que não confundamos o governo brasileiro com o Brasil. É categórico ao afirmar: “o que está em crise é o modelo de gestão e não, a ideia de pátria”.
 
 
Durante sua palestra, que explorou o conceito de ética e sua aplicação histórica na civilização, Karnal explicitou a falta de comunicação e da percepção do outro como um dos motivos para a crise ética. “Nós começamos a conversa pela conclusão e esquecemos dos argumentos. Dessa forma, eliminamos qualquer tipo de diálogo.”
 
Ética na sociedade brasileira
 
De acordo com Leandro, não há país algum no mundo que tenha uma sociedade ética e um governo corrupto (e vice-versa). O Estado é o espelho da sua sociedade. Para Karnal, vivemos em uma sociedade narcisista e temos dificuldade em aceitar e perceber valor no que é diferente de nós, dificultando nosso diálogo e trabalho em comunidade por um ideal em comum. 
 
Outro aspecto da nossa sociedade, apontado pelo professor, é o caráter passional do brasileiro Ele evocou o conceito de "homem cordial", do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, e a nossa dificuldade de diferenciar o público do privado. Creditou também nossa crise ética à falta de transmissão de valores fortes e consolidados no ambiente familiar e educacional e pediu que superemos a cultura da gambiarra em busca de benefício pessoal.
 
Karnal, no entanto, vê uma saída nesse momento de crise e afirmou: “seres humanos não são perfeitos, mas somos perfectíveis e isso nos torna éticos. Somos moldáveis e podemos nos aperfeiçoar. Uma das características da ética é a inclusão do meu eu na responsabilização. As pessoas não se responsabilizam pelos seus atos". Para ele, ética não consiste em estar certo sempre e sim em identificar e assumir responsabilidades pelos seus erros e corrigi-los, aperfeiçoar-se. A falta de ética é quando somos complacentes e temos prazer pelo deslize.
 
Ainda falando sobre a postura do brasileiro em suas relações interpessoais, Karnal afirmou: “temos de nos policiar constantemente para não naturalizar nossa tradição escravista de nos vermos como diferentes e superiores que os outros. Ética é quando eu respeito o ser humano e não, a sua função ou cargo”. De acordo com Karnal, o trânsito é um termômetro da ética de um país. "Em todos os países corruptos, o trânsito é agressivo, misógino e homofóbico. O Brasil ocupa o 76º lugar no ranking dos países mais corruptos", afirmou.
 
A crise ética tem solução
 
Como solução para a crise ética, Leandro Karnal acredita que é preciso desenvolver um consenso sobre as regras e os valores e coerção para fazer valer o que foi acordado e punir o infrator. Também acredita no poder do trabalho para o desenvolvimento da ética e faz distinção entre emprego e trabalho “Emprego é o que eu faço para conseguir dinheiro, trabalho é o que me confere sentido e razão na sociedade”.
 
No final da sua palestra, o historiador afirmou que ética dentro das organizações é uma questão de sustentabilidade e acredita que empresas que investiram apenas em resultados e não tiveram cuidado com seus meios e recursos, hoje lutam pela sobrevivência. O professor afirmou que uma mudança de paradigma só será possível por meio da política. Mas, para atingir essa transformação, é preciso ressignificar a política em um trabalho diário, constante e consistente, “ética é bonsai, não é agronegócio”. Karnal encerrou sua palestra dizendo: “corrupção não é desagradável, ela é fatal e destrói a vida humana. Não sei se vamos melhorar, mas nunca estivemos tão perto da cura como estamos hoje”.

Nesta data, 30/06/2017, ao meio-dia foi realizada a apresentação do Gespública na Câmara de Gestão Pública do Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul. Independentemente do Conselho ser entidade âncora do Gespública aqui no Estado, algumas sementinhas foram plantadas como a realização da Carta de Serviços por aquela instituição ainda no próximo semestre.

Agradecemos a paciência e a atenção dos conselheiros que estiveram presentes na apresentação ao tempo que nos colocamos a disposição de todos.


Em Reunião Plenária ocorrida no dia 18 de novembro de 2013 foi aprovada a criação da Câmara de Gestão Pública do Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul.

O Regimento Interno da CGP/CRA-RS foi aprovado pela Resolução CRA/RS nº 002/2014, de 16 de maio de 2014.

Suas principais atribuições regimentais são:

I - analisar e sugerir políticas, estratégias e ações pertinentes a inserção dos Administradores na área da Gestão Pública;
II - estimular a produção acadêmico-cientifica, no campo da Gestão Pública;
III - articular-se com pessoas jurídicas de direito público ou privado, mediante proposição aceita ou deliberada pela Diretoria do CRA-RS ou determinado pelo Plenário;
IV - constituir redes de estudos para aprofundar as relações culturais entre os Administradores de forma a criar um ambiente propicio ao entendimento por meio do intercâmbio de ideias e experiências;
V - propor alternativas para o aprimoramento do Administrador e da Gestão Pública;
VI - propor a realização de eventos (cursos, palestras, seminários, congressos etc) em sua área de competência;
VII - emitir parecer quando solicitado, pelo Plenário, pela Presidência ou Diretoria Executiva do CRA-RS;
VIII - representar o CRA-RS, mediante delegação, perante pessoas jurídicas de direito público ou privado.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Planejamento lança portal eletrônico com dados de pessoal do Executivo Federal

Painel Estatístico de Pessoal (PEP) reúne dados estatísticos atualizados mensalmente
Publicado:  22/06/2017 11h49,Última modificação:  22/06/2017 14h36
     
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) lançou, nesta quinta-feira (22), o Painel Estatístico de Pessoal (PEP), nova ferramenta de consulta digital com informações estatísticas sobre despesas, distribuição e perfil do pessoal civil e militar do Poder Executivo Federal, e das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
O PEP foi desenvolvido pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) com o objetivo de simplificar o acesso às informações sobre gestão de pessoas e de agregar maior agilidade e transparência a esse processo. Ao apresentar o PEP, o secretário da SGP, Augusto Akira Chiba, explicou que o painel gera amostras sobre pessoal conforme o mês e o tema selecionados e permite agrupar os dados desejados, favorecendo análises associativas.
“O benefício do painel é dar maior transparência. Vamos dar os dados e permitir que o usuário possa fazer os cruzamentos e análises que ele quiser. Também vamos automatizar o processo de atualização dos dados, podendo dispor das informações em cinco dias após o fechamento do mês. Isso é um ganho significativo”, afirmou. 
Pelo PEP é possível saber, por exemplo, qual é o quantitativo de servidores federais por unidade da Federação e os valores de despesas com a folha de pagamento, localizar em qual órgão público está o grupo mais representativo de servidores com escolaridade superior, mensurar o número de servidores por sexo ou faixa etária, verificar o contingente de ingressos por concurso público e a distribuição por carreiras, o número de ativos e aposentados, dentre outros dados.
O painel ainda oferece visualização de gráficos, mapas e planilhas, permite criação de tabelas personalizadas, aceita opções de imprimir ou exportar os dados para planilha eletrônica e não necessita de instalação de software complementar no computador ou dispositivo móvel, mas somente de acesso à internet e navegador. Os dados estatísticos do PEP abrangem informações apuradas a partir de janeiro de 2017.
Análise econômica dos dados
No lançamento do painel, o assessor especial do MP Arnaldo Lima fez uma análise econômica da despesa de pessoal em que destacou que, quando comparada com as despesas totais da União, a participação do gasto com pessoal segue tendência decrescente, tendo passado de 26,4%, em 2006, para 21,5%, no acumulado de 12 meses até abril deste ano.
Ele lembrou ainda que, no comparativo com o PIB, o gasto público primário com pessoal na União vem se reduzindo gradualmente nos últimos anos e saiu de 4,4% do PIB, em 2006, para 4,2%, no acumulado em 12 meses findo em abril de 2017. “Percebe-se que há uma certa estabilidade e, comparando 2006 com 2017, há uma leve cadência de 0,2% do PIB, ou seja, não temos um descontrole com a despesa de pessoal”, concluiu.
O assessor também apresentou dados que demonstram que o percentual da despesa total de pessoal ativo no Brasil – que engloba os gastos da União, estados e municípios, de 10,5% do PIB – está próximo da média verificada nos países do Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 10% do PIB. O percentual brasileiro é menor do que a média verificada nos países da América Latina e do Oriente Médio, relativamente igual à dos países africanos, e superior à dos países asiáticos e europeus
• Presidente do PGQP participa do Almoço de Ideias da ACISAP
 
 • Notícias
O presidente do Conselho Diretor do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), Daniel Randon, é o convidado da 143ª edição do Almoço de Ideias. Promovido pela Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária de Santa Rosa (ACISAP), o evento acontece na próxima quarta-feira (28), na AABB -  R. das Missões, 113, Centro / Santa Rosa.

O tema desta edição será “Qualidade e Produtividade enfrentando adversidades”. O valor para sócios da ACISAP é de R$ 50,00 e para não sócios R$ 60,00. Esta edição do Almoço de Ideias é uma promoção da Acisap e PGQP, com patrocínio de Simmme.sr, Sicredi, Fema, Tecnika, Lorentz Construções, Conta Certa, Serplamed, Barbieri Franzen Vargas Advogados, Rede Imobiliárias, Digicerti, Unimed e Ketten Bebidas. Apoio, RBS TV, Empresa Jornalística Noroeste e NM Festas.

Embraer: uma história de sucesso na gestão do conhecimento


Executivos falam sobre práticas desenvolvidas para a valorização das pessoas e das informações

A propriedade intelectual e a gestão de pessoas são assuntos recorrentes para aqueles que prezam pela excelência para obtenção de resultados de uma organização.
Devido à importância dos processos para assegurar a excelência da gestão da informação e do conhecimento dentro das organizações, são envolvidas diferentes áreas dentro de uma empresa para esse gerenciamento. Exemplo nacional e internacional, a Embraer destaca-se pelas boas práticas nessa questão.
Conversamos com o CIO/Chief Information Officer, Alexandre Baulé, a Supervisora de Gestão do Conhecimento, Tânia Moreira Pinto, e o SCO/Chief Security Officer, Daniel Tupinamba Gonçalves, da companhia. Confira:
> Como a Embraer fez para implantar sua gestão de conhecimento? E como garante a segurança das informações?
Daniel - A Embraer tem uma política global de segurança da informação que tem como objetivo principal o conceito baseado na necessidade do acesso: é o chamado “need to know”.
Cada pessoa que acessa as informações da Embraer tem uma premissa de ter uma necessidade útil para isso, uma liberação para esse acesso e um controle desse acesso, que depende da natureza da informação. Para isso, desenvolvemos um procedimento corporativo de classificação que atua em três níveis básicos: a reservada, a confidencial e a secreta.
Adotamos esses níveis de classificação tanto para os itens de contratos da defesa quanto das demais unidades de negócio e aplicamos também para os temas de propriedade intelectual, de segredo, de desenvolvimento de produto e tudo o mais corporativo que possa ser aplicável.
Quem aplica esse conceito de classificação é o proprietário da informação, tendo a área de segurança e de tecnologia da informação como apoio para viabilizar isso. Não é algo subjetivo e teórico, tem uma responsabilidade nominal dos gestores nesse sentido.
Tânia - Nós temos, ainda, outros processos que utilizamos para resguardar o nosso conhecimento. Um deles é você segregar as comunidades por assunto. Cada uma delas tem um coordenador e para que o colaborador tenha acesso a informações específicas, ele precisa passar por um treinamento.
Durante a capacitação, fazemos com que a pessoa reveja todo o processo de segurança da empresa. Falamos muito sobre “liability”, como as pessoas devem se expressar, especialmente na escrita.  
> De que forma a Embraer atua para incorporar as lições aprendidas dentro da companhia?
Tânia - Hoje temos vários processos implementados. Mas, toda vez que começamos um novo programa, o conhecimento e os processos dos trabalhos desenvolvidos anteriormente passam para o atual. Então, é por meio de processos que a gente pega todo esse conhecimento da empresa e insere no dia a dia do desenvolvimento de produtos.
> Dentro da gestão da informação e do conhecimento, como a Embraer faz para conciliar os objetivos da empresa e dos colaboradores?
Daniel - A empresa não existe sem pessoas. Justamente como a Tânia falou, o aspecto do conhecimento é fundamental. As comunidades e práticas são feitas por pessoas e voltadas a elas. As ferramentas são importantes, mas quem atualiza conhecimento, quem gera conhecimento são os colaboradores.
As pessoas saem, se aposentam, por isso, a construção do legado para seus sucessores é uma grande preocupação da companhia. E é por isso que as ferramentas formalizam isso.
Temos, aqui, um programa de excelência que contempla cinco stakeholders fundamentais para isso, são eles:
-  os nossos clientes - por exemplo, todo o nosso processo de gestão do conhecimento também captura as necessidades do nosso mercado, sejam os clientes empresa, sejam os passageiros, pilotos etc;
- os nossos acionistas - que também participam do processo, principalmente a área de finanças, de relacionamento com os investidores;
- a sociedade e o meio ambiente - onde concentramos toda a estrutura normativa da Embraer;
- os nossos parceiros - nossos fornecedores não só ligados aos nossos sistemas de gestão de conhecimento como, principalmente, às nossas cadeias estendidas de suprimentos;
- e as pessoas - nossos colaboradores que, sem dúvida, são os que geram o conhecimento para fazermos inovações. Sem eles, os dados agregados em informação e conhecimento não servirão para nada.

> Qual a importância disso na retenção de talentos?
Tânia - O que a gente busca nessa ação de gestão do conhecimento? Primeiro, aqueles que são especialistas, reconhecidos dentro da empresa. Aqueles que se destacam como uma referência tecnológica, que reúnem o conhecimento mais relevante sobre os processos. Eles discutem entre si, o que acredito que ajuda bastante nessa parte de retenção de conhecimento.
Alexandre - Complementando, uma forma de reter os talentos é justamente explorar o conceito de carreira Y, que é caracterizada por uma progressão de salários e benefícios comparada à carreira de gestão, mas voltada ao especialista técnico, detentor de conhecimento relevante para a organização.
Temos um procedimento especial para identificar, avaliar, reconhecer e promover pessoas em vários níveis da carreira Y, onde no lugar de fazer as típicas exigências de liderança, temos outros critérios de avaliação voltados ao conhecimento e essa carreira pode progredir, por exemplo, até um alto grau de conhecimento e remuneração, como os dos executivos vice-presidentes.

domingo, 25 de junho de 2017

Déjà vu político


Por Jairo Martins, presidente executivo da Fundação Nacional da Qualidade

A cena se repete com um misto de sentimentos de já termos presenciado a situação há tempos, como retrata a famosa expressão francesa déjà vu. Após os últimos acontecimentos envolvendo o presidente Temer e o empresário da JBS, Joesley Batista, o Congresso Nacional entra em colapso, o empresariado retorna ao estado de apreensão e a população se decepciona e volta a protestar nas ruas. E o Brasil entra, novamente, em seu ciclo de instabilidade.
A confiança, que começava a dar sinais de melhoria para a volta dos investimentos, retorna à estaca zero. As projeções de economistas são de que os investidores colocam o pé no freio diante da incerteza e o preço da recuperação impacta não só o empresariado, mas a população. 
Parece que nossos líderes - se podemos chamá-los de nossos e de líderes - perderam a vergonha faz certo tempo. A falta de ética, as atitudes e mentiras desmedidas em benefício próprio trazem os efeitos catastróficos que temos presenciado. O ciclo se repete sem nem ao menos aspirarmos a uma saída. Pelo visto, o encarceramento em Curitiba não mete medo nos nossos delinquentes políticos, que continuam a cometer os mesmos crimes e atos de bandidagem de baixo nível.
Mais uma vez caímos no ranking da competitividade mundial, ficando no antepenúltimo lugar na 61ª posição, só à frente da Mongólia e Venezuela. Tudo isso por conta da nossa má reputação, do custo-corrupção e dos atrasos em nossa legislação. Como sempre digo, ter competitividade significa ser a escolha e, mais do que isso, ser escolhido. Com todo o cenário de incerteza e molecagem, distanciamo-nos cada vez mais das cadeias produtivas internacionais.
E como recuperar a confiança perdida? Em um momento de tanta polarização e ideologias políticas, os ataques e ofensas não são a resposta. Criar um ambiente de negócio sustentável é saber lidar com as diferenças, de forma harmônica e responsável, por meio do diálogos e acordos transparentes que beneficiem a todos. Não seria o momento de reconhecer os erros, parar de mentir e se defender, unir os esforços e começar o árduo trabalho de recuperarmos a confiança interna e externa no País?
Nosso objetivo principal deveria ser cuidar do Brasil de forma a mobilizar a sociedade e o empresariado, eliminando as estratégias de conveniências e conivências e agindo com mais ética no dia a dia. Podemos reverter o ciclo e criar uma nova história, corrigindo os erros para mudar o futuro do País. Esta é a nossa tarefa.