quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

FNQ lança o Programa Brasileiro de Gestão para a Competitividade

28/02/2019

Documento foi entregue à Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia

 A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), motivada pela situação econômica do País, pelos novos direcionamentos do governo, o qual está com foco na retomada do desenvolvimento do Brasil, elaborou as bases de um Programa Brasileiro de Gestão para a Competitividade (PBGC), como forma de simbolizar o compromisso de todas as esferas, públicas e privadas, com a gestão, no meio de tantas dificuldades.

O documento foi entregue, há duas semanas, nas mãos do Secretário Carlos Costa, da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. 
Na última terça-feira, dia 26, durante a cerimônia de premiação do Melhores em Gestão® (leia mais aqui), na capital, paulista, o presidente da FNQ, Jairo Martins, afirmou aos empresários presentes que é preciso que cada um assuma o papel de resgatar a responsabilidade que toda a sociedade brasileira tomou para si no início dos anos 90 - o de tornar o País viável. “Cabe a todos os que acreditam no papel da boa gestão, para tirar o Brasil desta indigência política e econômica, fazer com que o PBGC - Programa Brasileiro de Gestão para a Competitividade seja um marco nacional”, completou.
Para Jairo Martins, é fundamental que haja uma mobilização do governo e das empresas privadas no sentido de tomar para si a responsabilidade por essa retomada do desenvolvimento, da competitividade e da produtividade do País.
ACESSE AQUI, o documento, na íntegra.

Confira a lista das Melhores em Gestão® de 2018

27/02/2019

A 2ª edição do maior reconhecimento à excelência da gestão no Brasil premiou seis organizações, sendo quatro DESTAQUE

O Melhores em Gestão® está na sua segunda edição e faz parte do 27º Ciclo de Premiações da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). No ciclo de 2018, seis organizações foram consagradas GANHADORAS, recebendo o troféu, sendo que quatro foram eleitas DESTAQUE por apresentarem maior faixa de pontuação e maior equilíbrio sistêmico no atendimento aos Fundamentos da Excelência.
Todos os anos, a FNQ recebe diversas candidaturas de empresas dos mais variados segmentos, mas, historicamente, apenas cerca de 15% das concorrentes conseguem superar a faixa de corte da pontuação e conquistar sua posição entre as empresas com melhor gestão no Brasil.
Confira a lista das organizações ganhadoras do Melhores em Gestão® pelo seu desempenho no ano de 2018:
●     Brasal Refrigerantes - Destaque
●     Copel Distribuição - Destaque
●     Sabesp - Unidade de Negócio Sul - Destaque
●     Cia Ultragaz - Mercado Domiciliar ISP - Destaque
●     Copel Telecom
●     Turbo Brasil
A festa
Cerca de 200 pessoas, entre representantes das organizações reconhecidas, avaliadores, parceiros, patrocinadores e convidados estiveram presentes ao evento de reconhecimento do ciclo 2018 do Melhores em Gestão®.
A abertura do evento, que teve início com um coquetel, foi feita pelo presidente do Conselho Curador da FNQ, Osório Adriano Neto. Ele ressaltou a importância de reconhecimentos como o Melhores em Gestão®. "A Fundação é uma formadora de cultura e mudar a cultura organizacional não é um trabalho de curto prazo. É de longo prazo." Osório contou sua experiência pessoal de participação nos ciclos de premiação da FNQ. "Cada passo que a gente dá nesse processo é muito rico. A Fundação é um patrimônio nosso".
Osório também fez um importante apelo aos presentes. "Apesar de toda a expressiva atuação na Fundação, na condição de presidente do Conselho Curador e, principalmente, como voluntário que sou, gostaria de pedir a todos aqui presentes que, de alguma forma tem participado desta história, possa ajudar a Fundação a continuar seu trabalho. A FNQ vive um momento muito difícil, no qual precisa muito do apoio de todos que comungam desta causa".
Na sequência, o presidente executivo da FNQ, Jairo Martins, em seu discurso de boas-vindas, falou sobre a importância da gestão para o País. Relembrou a história da Fundação, fazendo um paralelo com o contexto político e econômico do Brasil. Mostrou como a FNQ respondeu a cada nova necessidade das organizações pela busca da excelência em gestão.
Fez também uma crítica dura e direta aos escândalos de corrupção que vêm assolando o Brasil. "E hoje, como somos conhecidos mundialmente? Como exportadores de corrupção. Será que não precisamos mais de gestão?", alertou.
Jairo parabenizou a todas as ganhadoras neste segundo ciclo do Melhores em Gestão®. "O reconhecimento é de vocês, mas os bons frutos somos nós quem colhemos, como cidadãs e cidadãos brasileiros, com a rica contribuição que empresas comprometidas com a gestão e com a excelência nos fornecem. Vocês são os exemplos que todos nós, sem exceção, temos de seguir."
O presidente da FNQ comentou sobre as dificuldades que a Fundação tem tido para manter suas portas abertas. Desde 2012, a FNQ vem sofrendo com o pouco apoio dos últimos governos e da iniciativa privada. "Estamos aqui porque somos teimosos, resilientes e acreditamos no Brasil e no papel da gestão para promover as transformações que precisamos".
E para simbolizar o compromisso com a gestão, no meio de tantas dificuldades, Jairo falou sobre a iniciativa da FNQ de elaborar as bases de um Programa Brasileiro de Gestão para a Competitividade (PBGC). Há duas semanas, o documento foi entregue nas mãos do Secretário Carlos Costa, da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. Clique aqui para ver a minuta deste programa.
"Queremos que este evento de hoje, dedicado às empresas comprometidas com o futuro do País, que acreditam no papel da boa gestão para tirar o Brasil desta indigência política e econômica, seja o marco institucional para o lançamento, em nível nacional, do PBGC - Programa Brasileiro de Gestão para a Competitividade. É preciso que cada um assuma este papel de resgatar a responsabilidade que toda a sociedade brasileira tomou para si no início dos anos 90 - o de tornar o País viável", afirmou.
A força dos colaboradores
Jairo também homenageou os colaboradores da Fundação. Fez um caloroso agradecimento à equipe da FNQ, que se juntou ao palco com ele, com um pedido especial a todos os presentes: "Não deixem à FNQ morrer. 'O Brasil é a nossa tarefa' e a busca da excelência por meio da gestão é o único caminho para termos um País economicamente viável, socialmente justo, ambientalmente responsável e eticamente exemplar", finalizou.
O diretor de operações da FNQ, Marcos Bardagi, que discursou na continuação do evento, ressaltou a importância das organizações se transformarem para evoluir e melhorar. "As ganhadoras aqui, hoje, foram confrontadas com o novo ‘como’ e deram respostas extraordinárias, mostraram que estão trilhando bastante bem este novo caminho, desbravando e criando junto com a gente a Gestão do Futuro. Vocês são exemplos, a partir dos quais criaremos esta sociedade nova, mais justa, mais inclusiva, mais disruptiva", disse.
A dedicação dos voluntários
As pessoas que dão vida ao Melhores em Gestão® também foram reconhecidas e homenageadas. Afinal, esse reconhecimento só acontece graças àqueles que dedicaram uma grande parte do seu tempo para avaliar as organizações que participam de cada edição da premiação - os voluntários da FNQ.
Esses profissionais trabalham voluntariamente, com muita dedicação e disposição, para ajudar a alcançar a verdadeira transformação nas organizações, na sociedade e no País. E para representar esta rede, Cesarino Carvalho Júnior, que atuou por 20 ciclos no reconhecimento máximo à gestão para excelência das organizações, fez seu agradecimento.
Abriu seu discurso falando: “Voluntários não são pagos. Não porque não têm valor, mas, sim, porque eles não têm preço”.
As reconhecidas
Brasal Refrigerantes foi a primeira surpresa da noite. Além de ganhadora, também é DESTAQUE desta edição. Fundada em 1989, gera mais de dois mil empregos diretos, sendo a responsável pela fabricação, venda e distribuição de produtos Coca-Cola, Heineken e Mate Leão. É também, incentivadora de atividades relacionadas à cultura, cidadania, ao esporte, lazer e cuidado com o meio ambiente e está em seu 11º ciclo de premiação pela FNQ, já tendo sido ganhadora por seis vezes. "Agradeço muito à Fundação. Desde que implementamos o MEG, somos vencedores", disse Jean Claude Blaffeder, diretor geral da Brasal Refrigerantes.
Copel Distribuição, responsável pela prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica no Estado do Paraná foi o segundo DESTAQUE da noite. Atende 4,6 milhões de consumidores cativos, em 394 municípios no Paraná e um em Santa Catarina, abrangendo 6,2% do mercado brasileiro. A organização está em seu décimo ciclo de premiação e já levou o prêmio duas vezes, sendo DESTAQUE também no ano passado. "Realmente a gestão é muito importante para nós. É o que nos norteia. O MEG é a nossa bússola, que nos guia. E esperamos estar aqui novamente o ano que vem, pois a FNQ não vai acabar", disse Maximiliano Andres Orfali, diretor presidente da Copel Distribuição.
Copel Telecom, com uma rede de 34 mil quilômetros de fibras óticas, atua desde 2015 no varejo de 85 cidades e oferece um portifólio completo de soluções corporativas nas 399 cidades paranaenses. Desde 2015, a empresa vem estruturando seus processos e em seu terceiro ciclo, está levando seu terceiro troféu por ser uma das seis ganhadoras do Melhores em Gestão®. "Esperamos estar presentes nos próximos 28 anos. O reconhecimento dos nossos usuários e clientes é o nosso maior reconhecimento pela boa gestão", agradeceu Wendel Oliveira, diretor presidente da Copel Telecom.
SABESP – UNIDADE DE NEGÓCIOS SUL, responsável pelos serviços de distribuição de água a coleta de esgoto na região sul da capital de São Paulo, administra mais de 1 milhão de ligações de água e esgoto. Adotou o MEG em 2001, visando ao crescimento sustentável da organização e como referência para o aprimoramento do seu sistema de gestão e disseminação da Cultura da Excelência. Já foi vencedora em cinco ciclos e hoje, em seu décimo ano de participação, levou mais um troféu para casa e ainda foi reconhecida como DESTAQUE. Roberval Tavares de Souza, superintendente, disse: "Somos movidos à paixão de querer fazer sempre melhor, mas sobretudo de melhorar a qualidade de vida das pessoas."
Com sede em Contagem, Minas Gerais, a Turbo Brasil atua no setor de manutenção de máquinas, equipamentos e motores diesel, de médio e grande porte. Desde a sua fundação, em 1999, apresenta um modelo de gestão inovador, focado em resultados e com pensamento sistêmico. Em 2012, adotou o MEG, e desde então os trabalhos e a busca pela excelência tem sido o foco principal da organização. Também está participando do terceiro ciclo e levando seu terceiro troféu. "A vitória nunca está no início, mas está no final, pois é lá que está o resultado completo, do ciclo todo. Nós não só valorizamos a gestão pelo resultado, mas também pela transformação que traz. A excelência não faz só uma organização melhor, mas um ser humano melhor", afirmou Glauco Diniz Duarte, presidente da Turbo Brasil.
Cia Ultragaz - Mercado Domiciliar ISP, marca sempre presente na rotina dos brasileiros, em mais de 80 anos de atividade, foi a sexta premiada da noite e reconhecida como DESTAQUE. Desde 2009, quando adotou o MEG, tem melhorado ainda mais seus processos e obtido grandes ganhos econômico-financeiros que refletem diretamente no atendimento ao cliente. Foi responsável por trazer para o Brasil o gás de cozinha engarrafado, o tradicional botijão de gás e foi também a primeira companhia a comercializar o GLP a granel no mercado nacional. Em seu terceiro ciclo, recebeu seu segundo troféu. Aldo de Paiva Júnior, gerente de mercado da Ultragaz falou: "O reconhecimento que recebemos hoje é reflexo de muito trabalho, dedicação e persistência."
Fique atento: em breve, será lançado o Regulamento do Melhores em Gestão® 2019!
Conheça um pouco mais sobre cada uma das organizações reconhecidas. Acesse aqui.
 
Comentári

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Fotos: Nicole Carvalho / ASCOM – DPE/RS

O Defensor Público-Geral do Estado, Cristiano Vieira Heerdt, recebeu das mãos do Secretário Executivo do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), Luiz Ildebrando Pierry, e do representante do Comitê Setorial GESPÚBLICA do PGQP, Léo Paludo, o certificado que conferiu à Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) o reconhecimento de Gestão Nível 1 – Alta, válido até 2020. A certificação é conferida às instituições públicas que aderem ao Modelo de Excelência em Gestão Pública do GESPÚBLICA.

Dando maior brilho a solenidade a presença da Ilana Gomes, Coordenadora dos Comitês do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade - PGQP.




O Secretário Executivo do PGQP e o Diretor Geral da Defensoria Pública.


O Secretário Executivo Luiz Ildebrando Pierry 
assinando o Certificado de Autoavaliação realizada 
pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul em 20/02/2019.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019


12 DE FEVEREIRO DE 2019
EM DIA

Não abortem sementes de futuro


Buscar riqueza pela inovação preocupa a todos, e o governo tem de ser protagonista. No entanto, a inovação não vem sendo bem tratada no Brasil por falta de compreensão do fenômeno. Há uma simplificação perigosa que confunde ciência e tecnologia (C&T) com inovação.

O ambiente inovador é muito mais do que C&T. Ele precisa de capital humano gerado por educação excelente. Necessita, ainda, de conhecimento, ou seja, de uma tradição de geração e acúmulo de acervos sobre determinados assuntos que vão gerar a base para mais aperfeiçoamentos. Precisa, também, de financiamento, cultura empreendedora (que só existe sob o entendimento completo do que é o capitalismo) e de marcos legais apropriados que façam a sociedade apoiar iniciativas pioneiras com condições especiais temporárias.

Um dos setores que mais gera inovações é o de semicondutores. Há 50 anos, a Coreia do Sul lançou bases no seu setor público e privado para aí investir e, hoje, tem, entre muitas, uma empresa que é a número um no mundo e líder em inovações: a Samsung. Trata-se de empreendimento concebido pela vontade dos coreanos, amadureceu em várias etapas e foi capaz de ter a competitividade necessária para gerar frutos para o país. No Brasil, hoje, discute- se a descontinuidade da nossa primeira empresa de semicondutores, a estatal Ceitec. 

É o único empreendimento da América Latina capaz de, a partir do silício, fazer um chip, um circuito eletrônico integrado. Certo que ainda de forma não competitiva, mas trata-se de um "feto" em termos de empreendimento na área. O Ceitec ainda não saiu da barriga da mãe. E já querem abortá-lo, querem que viva por conta própria, como se fosse uma estatal como o Banco do Brasil, que tem mais de cem anos. 

O Ceitec faz parte de um novo ecossistema no RS e no Brasil. Sua existência gerou motivação para investimentos privados como o projeto HT Micron (US$ 100 milhões), o Instituto de Semicondutores da Unisinos e outros que começam a operar na cadeia produtiva. Tudo no início. Descontinuar o Ceitec seria abortar toda uma cadeia, toda uma vontade. Deixem pelo menos o feto nascer e que, quando adolescente, passe para a iniciativa privada. Assim, os responsáveis do governo estariam cumprindo corretamente seu papel de pais responsáveis e indutores de prosperidade futura via o mais importante setor da inovação que é o de semicondutores.

RICARDO FELIZZOLA - CEO do Grupo PARIT S/A

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019



Prezado(a) ,
O dia tão esperado para o reconhecimento do Melhores em Gestão® está chegando!
Você é nosso convidado especial e tem direito a uma vaga-cortesia.
Faça sua pré-reserva até dia 14 de fevereiro.

  • Data: 26 de fevereiro de 2019
  • Horário: das 18h às 22h
  • Local: Espaço do Bosque, São Paulo



Brumadinho: a gestão na lama

28/01/2019 
Por Jairo Martins, presidente executivo da FNQ

Sendo o primeiro artigo do ano, pensei em escrever algo mais otimista, já que, com as mudanças no governo, quase todos os brasileiros, com exceção de uma certa minoria, têm a expectativa e torcem para que as coisas comecem a dar certo.

Infelizmente, tive de mudar de ideia e priorizar o mais importante, pois mais uma vez fomos impactados por uma catástrofe - o rompimento da barragem de Brumadinho -, não bastassem as ocorrências recentes como: o incêndio da Boate Kiss, as mortes no trânsito por imprudência e embriaguez, as mortes em hospitais por falta de assistência, o rompimento da barragem de Mariana, as fissuras nos viadutos de São Paulo, o incêndio do Museu Nacional, entre outras. Apesar da perda de milhares de vidas, as providências caem no esquecimento e tudo volta a acontecer, causando surpresas, pedidos de desculpas e ações improvisadas.

Ora, sabemos que acontecimentos são sempre relações de causas e efeitos e que o sucesso é a combinação harmônica desses dois itens. Fracasso ou crise é a precipitação desestruturada dessas relações. A má qualidade da gestão é a principal barreira para o sucesso de qualquer empreendimento. Sublata causa tollitur effectus - eliminada a causa, desaparece o efeito. Simples assim!

Quantas mortes ainda precisam acontecer para que o País como um todo se mobilize: governantes, políticos, empresários e sociedade? O que mais precisa acontecer para sairmos deste estado de letargia, acomodação, apatia e incúria? Quando vamos todos nós, brasileiros, definitivamente, nos posicionarmos, cobrarmos, pressionarmos e nos indignarmos para fazer as coisas acontecerem? Quando vamos levar, finalmente, o nosso País a sério?

Os efeitos são conhecidos e estão aí para que todos vejam, sintam, sofram, lamentem-se e chorem. As causas são por demais sabidas também: desvios de verbas públicas, incompetência, despreparo, pessoas erradas nos lugares errados, descaso, falta de vergonha na cara, omissão e falta de compromisso com o Brasil e com os brasileiros.

Os governantes e os políticos têm a maior parte da culpa, pois, apesar de tantos alertas, ainda continuam a agir do mesmo jeito: ocupando cargos técnicos com políticos incompetentes, distribuindo diretorias entre partidos, entregando ministérios e secretarias a pessoas despreparadas, apaniguando criminosos e bandidos. Depois de tantas tragédias, será que ainda não ficou claro que uma carreira política não qualifica um bom gestor?

Os empresários têm também, sem dúvida, boa parte da culpa, pois com a visão a curto prazo, sem o olhar para o futuro, perderam a capacidade de se organizar em favor do bem comum. Ao invés disso, procuraram, em uma atitude individualista, focados apenas no market share, explorar os recursos naturais do País de forma desmedida e pagar, por meios escusos, a publicação de medidas provisórias para a liberação de conveniências e subsídios paralisantes. Onde está o comprometimento do empresariado com o futuro do Brasil?

Por fim, embora em menor dose, a sociedade também tem a sua culpa, por deixar-se engabelar por políticos inidôneos, trocando votos por camisetas, selfies, abraços falsos e promessas vazias e elegendo representantes inescrupulosos, cujo único objetivo é roubar em benefício próprio e das suas gangues.

A boa notícia é que os Fundamentos da Gestão estão disponíveis e acessíveis a todos. É uma questão de querer, usar e trabalhar, tendo a excelência com meta. A FNQ - Fundação Nacional da Qualidade, criada há 27 anos, tem o nobre propósito de “Transformar pela Gestão”. 

Acreditamos que a capacidade de adaptação é o que promove a evolução das pessoas, a perenidade das organizações e instituições e a construção de uma sociedade mais engajada, para termos um País viável, mais ético, sustentável e justo. Apoiar, capacitar e instrumentalizar as organizações na jornada da transformação, em busca da excelência, para enfrentar, com responsabilidade, os desafios impostos pelos cenários, é a causa da FNQ.

Não há dúvidas de que em um mundo em constante mutação, de forma imprevisível e quase incontrolável, os setores público e privado devem estar atentos a tudo e se unir para, corajosamente, enfrentar os desafios atuais. Nesse processo de alinhamento de esforços é imprescindível que cada um assuma um papel responsável, questionador, ativo e convergente, servindo de exemplo à sociedade, promovendo o bem-estar econômico-social coletivo e preservando os recursos naturais, de forma a construir uma sociedade evoluída, economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente consciente e eticamente livre e transparente.

É preciso, portanto, nesse momento em que estamos cheios de esperança com um novo governo e em que o mundo nos olha com boas expectativas, que a Excelência da Gestão passe a ser o novo marco institucional do Brasil, que alinhe a sociedade e os setores público e privado, resgatando a produtividade e a competitividade do País, para que possamos gerar empregos e retomar o desenvolvimento sustentável, livre de tragédias e das incompetências que as causam.