segunda-feira, 26 de novembro de 2018



26 DE NOVEMBRO DE 2018
OPINIÃO DA RBS

UM ALENTO NA SEGURANÇA

O número de assassinatos continua elevado demais em todo o Estado e os gaúchos seguem às voltas com uma rotina assustadora de chacinas, tiroteios e mortes. Ainda assim, o simples fato de o total de vítimas fatais da violência ter diminuído de janeiro a outubro nas 10 maiores cidades da Grande Porto Alegre, incluindo a Capital, significa um alento para a população, que hoje não se sente protegida nem dentro de casa. Depois do descontrole, há sinais de que as forças de segurança pública, finalmente, encontraram uma brecha para conter a expansão da criminalidade.

Balanços de curto prazo e avanços localizados não podem ser vistos como tendências, nem se prestar para comemorações antecipadas. 

A cautela vale particularmente no caso do crime organizado, que tem por estratégia justamente o desafio constante à capacidade de resposta por parte das forças de segurança pública. E as polícias, como sabem a sociedade e, particularmente, os criminosos, têm sua atuação limitada pela falta de recursos humanos e financeiros, agravada pela intensificação da crise do setor público. Até por isso, é necessário, agora, que as alternativas bemsucedidas possam ser replicadas em outras grandes cidades, nas quais os assassinatos continuam em tendência de alta. 

Entre os casos críticos, estão cidades serranas como Caxias do Sul e Bento Gonçalves, além de Rio Grande, na Região Sul. Preocupa também a situação de pequenos municípios desprotegidos do Interior para os quais o crime organizado vem dando sinais claros de estar migrando. A missão das autoridades é facilitada pelo fato de a fórmula bem-sucedida em municípios populosos da Região Metropolitana ser simples e óbvia. 

As prioridades incluem prisão de assassinos, intensificação do policiamento ostensivo pela Brigada Militar e combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro com o sequestro de bens das facções. Fica evidente que o isolamento dos líderes do crime, reduzindo as disputas por território do tráfico, foi decisivo. E a esse esforço se somam ações da própria sociedade, como a liderada pelo Instituto Cultural Floresta, que articula doações de equipamentos para as polícias. 

Os resultados promissores registrados pela Secretaria da Segurança Pública em alguns municípios, na comparação com o período anterior, tornam evidente que o simples enfraquecimento do tráfico, deixando-o sem recursos e sem mão de obra, já significa um ganho importante para a população. A sociedadenão quer soluções mágicas, mas, sim, que o poder público cumpra com o seu dever de deixá-la viver em paz e com segurança.


26 DE NOVEMBRO DE 2018
ECONOMIA

Valor das marcas é tema de debate

ASSUNTO SERÁ DISCUTIDO na 4ª edição do AHEAD!, evento promovido amanhã pelo Grupo RBS

Novas mídias, informações e produtos ao alcance de um toque, negócios globais e consumidores digitais são apenas alguns dos elementos que compõem, atualmente, o panorama em que as marcas estão inseridas. Em um mundo regido pelo imediatismo, construir reputação, manter um relacionamento duradouro com o consumidor e agregar valor à marca se transformaram em novos e poderosos desafios para empresários, comunicadores e gestores de marketing.

Pesquisa recente realizada pela PriceWaterhouseCoopers (PwC) mostra que, entre os novos consumidores digitais, as redes sociais são a principal fonte de inspiração na hora de escolher um produto ou uma marca, seguidas por sites de comparação de preços.

Frente a essas transformações nos hábitos de consumo, encontrar novos formatos para o desenvolvimento de uma marca a partir de sua reputação e do relacionamento com os consumidores é o tema central da quarta edição do Ahead!, programa de debates do Grupo RBS, dirigido ao mercado publicitário. Participam da conversa Maria Fernanda Albuquerque, diretora de marketing da Skol, e Danielle Bibas, responsável pela estratégia digital e pelas campanhas globais da Avon.

- Hoje, os consumidores se tornaram mais exigentes. Eles não aceitam mais vendas forçadas. Não há espaço no mercado para empresas que só pensam em oferecer determinado produto ou se comunicar de forma unilateral. É preciso passar conhecimento, gerar conteúdo relevante e dialogar com o consumidor - defende Danielle, uma das primeiras brasileiras a assumir uma posição global dentro da gigante de cosméticos e recentemente reconhecida como Women to Watch Brasil.

É o que defende também o professor de branding da ESPM-SUL Genaro Galli. Segundo o especialista, trabalhar conteúdos relevantes, engajar o público e fazer com que ele alimente essa cadeia, de forma bilateral, é fundamental. Para tal, diz o professor, é necessário ter coerência entre as ações digitais, o posicionamento da marca e o propósito dela.

A marca, argumenta Galli, deve ter algo a dizer ao mercado, ter propósito claro, com discurso conectado aos movimentos contemporâneos.

- Existem demandas quantitativas imediatas, que não podem ser deixadas de lado, mas é preciso sempre trabalhar a construção da marca visando também ao médio e ao longo prazo, porque é isso que vai gerar receita, que vai provocar engajamento e pertencimento do público em relação à marca.

Em entrevista à colunista Marta Sfredo, publicada na quinta-feira (22), Maria Fernanda contou que, na Ambev, o posicionamento se dá por meio de valores e do cuidado para que os mais de 28 rótulos de cerveja não se "esbarrem". Nos últimos anos, a empresa passou por mudanças e se direcionou para a diversidade.

- A Skol sempre foi de quebrar regra, provocar o tradicional, o padrão. Hoje, são importantes para a sociedade questões que a Skol levantou, como a de gênero. Foi bacana abraçar esses pontos e fazer com que eles ficassem ainda maiores - afirmou a diretora de marketing.


26 DE NOVEMBRO DE 2018
CLÓVIS MALTA

Por que porto "alegre"?

Não temos mais dúvida de que Porto Alegre deixou de ser um porto de verdade há muito tempo. Que pena, mas deixou. Fazer o quê? Agora, diga você, do fundo daquilo que parece ser o mais fundo de seu ser: continua alegre?

Pensamos nisso quando miramos da orla o esplendor dessa espécie de mar doce com suas águas barrentas do qual há quase três séculos emergiram os tais casais açorianos. Seria coisa breve, mas... duas décadas depois, ainda aguardavam pela documentação de terras para prosseguir até as Missões.

Diante da imensidão de águas, colinas, matas nativas, ilhas, pássaros e esses céus - que céus -, o que mais poderiam ter feito os ilhéus portugueses? Foram povoando o lugarejo com seus filhos. Nascemos, assim, do descaso e da enganação, mas acharam o porto alegre. E é. Continua sendo. Não porto. Não mais. Mas alegre.

Então, mano, não tem que ficar na tristeza.

Porto-alegrenses, entre os quais os desgarrados para os quais "o que vale é o sonho", com a eterna gratidão a Mário Barbará, os que apenas estão de visita, todos vocês: tem muita coisa alegre nessa "Cidadezinha... Tão pequenina/ Que toda cabe num só olhar", como a pintou em palavras Mario Quintana. E vai além da música, da poesia. Tem muita, mas tanta coisa, que faltaria espaço na chaminé do Gasômetro, num caderno de páginas incontáveis, numa folha dobrada infinitas vezes em direção às estrelas para enumerá-las.

Por trás do abandono, a alegria transborda entre os que vendem com entusiasmo o seu peixe e a eterna bomba gigante de sorvete no Mercado Público, síntese e alma da província. A sensação de júbilo se movimenta no pedal dos ciclistas, ocupando todos os espaços.

Está também nesses grupos que penduram uma caixa de som no poste e assam churrasco na calçada, está no flow das ruas das batalhas de MCs que levam as torcidas ao êxtase, está nos saraus com champanhe, naquela surpresa com a qual recebemos abraço grátis, nos barcos e ônibus lotados de turistas, nas limusines de festa-ostentação, nuns bairros em que as pessoas ganham pouco e custam a chegar. Ainda assim, fazem pagode, tomam cerveja, fazem planos, tomam porrada. E, no outro dia, despertam com os mesmos pássaros das áreas ditas nobres, que brindam democraticamente a todos com seu canto.

Porto Alegre já foi chamada de tudo que é jeito, como esses pontos de comércio nos quais nada dá certo. Não é por inércia que continuamos nos referindo à cidade com esse nome. Seguimos vendo-a como um imenso cais. Nela, ancoramos nossa esperança por bons dias.

Temos motivos aos montes, como os que nos cercam, tão lindos, para considerarmos feliz a nossa Porto Alegre. E os reforçamos ao repetir os dois termos como mantra, até nos sentirmos tomados por seu significado, sob esses céus - que baitas céus.

Há infinitas razões para percebermos contentamento em volta e dentro de nós mesmos. Você deve ter as suas. Descreve-as. Repita-as em voz alta. Espalhe-as como se faz com essas bandeirinhas de oração tremulando ao vento. Deseje que a alegria possa beneficiar a todos. Persista, aguarde um tempo e veja o que acontece.

CLÓVIS MALTA

quarta-feira, 21 de novembro de 2018


21 DE NOVEMBRO DE 2018
ARTIGOS

PORTO ALEGRE E O PACTO PELA INOVAÇÃO


Entre todos os desafios emergentes neste início de século 21, um dos que mais instigam as cidades, os indivíduos e os governos é o do fomento à inovação. A possibilidade de criar novos negócios e empregos, conjugada à oferta de serviços ágeis e eficientes, é para nós a fórmula para que a inovação possa beneficiar os 1,5 milhão de porto-alegrenses. Iniciativas inovadoras já estão em curso na administração municipal, entre as quais a condução responsável das finanças, a gestão de pessoas e recursos e, principalmente, o foco em ações que resultem em benefícios e impactos positivos a longo prazo, mudando estruturas, realizando reformas. Esses são os primeiros passos para um ecossistema inovador para a cidade como um todo. 

Porto Alegre vive um momento importante para construir uma nova visão de futuro. Poder público, universidades, empresas e sociedade estão se organizando para tornar a Capital uma referência, guiada pela inovação, com base na criatividade, no empreendedorismo, na colaboração e nas novas tecnologias.

Estruturar a cidade para atrair novos talentos, trabalhar em prol do desenvolvimento e, o mais importante, melhorar a qualidade de vida de todos que aqui vivem. Um dos frutos desta mobilização é a Aliança para Inovação, formada em abril de 2018 por três importantes universidades gaúchas: PUCRS, UFRGS e Unisinos. A intersecção de todas as forças da cidade em torno de uma agenda estratégica terá potencial de torná-la um polo gerador de novas ideias e iniciativas capazes de atrair mais investimentos. Mobilizar a população nesta mesma sinergia é o norte que devemos seguir.

Nesta quarta-feira (21/11), no Centro Cultural da UFRGS, essas forças se mobilizarão em torno da iniciativa do Pacto pela Inovação, consolidando o trabalho conjunto da Aliança, do poder público, de empresas e da sociedade. O desenvolvimento por meio da inovação só faz sentido quando facilita a vida do cidadão, cria algo e o resultado chega para todos. Vamos juntos transformar Porto Alegre em uma cidade mais criativa e inovadora.

Prefeito de Porto Alegre prefeito@portoalegre.rs.gov.br - NELSON MARCHEZAN JÚNIOR

terça-feira, 20 de novembro de 2018


Com menos lojas e promoções, Natura transforma a The Body Shop

A companhia, que inclui as marcas Natura e Aesop, viu o Ebitda crescer 7,2% no terceiro trimestre

São Paulo – Ao comprar a The Body Shop em 2017, a Natura deu um salto para ser uma empresa global, com mais de 3.000 lojas em 72 países. Também trouxe para dentro da companhia a enorme tarefa de melhorar a performance e rentabilidade da companhia britânica.
A empresa elaborou um projeto de transformação, que inclui ações como diminuir a intensidade de promoções, rever e diminuir o número de lojas e avaliar o portfólio.
Uma das medidas foi reduzir a intensidade das promoções que eram feitas nas lojas. “Estamos conseguindo comunicar a qualidade dos nossos produtos e o valor da marca aos nossos consumidores. Estamos um uma estratégia muito cuidadosa de preços, para não diminuir o tráfego em lojas”, afirmou David Boynton, diretor da marca The Body Shop.
Outro passo foi a readequação das lojas. A empresa fechou 58 lojas próprias e 22 franquias no terceiro trimestre, Mesmo assim, as vendas em lojas abertas há mais de um ano subiram 3,1% no terceiro trimestre. A linha de produtos também deve passar por mudanças. Cerca de 20% dos itens devem ser retirados dos portfólios, afirmou a empresa.
O projeto de transformação, apresentado em abril deste ano, tem cinco pilares: rejuvenescer a marca, otimizar as operações de varejo, aprimorar o omnichanel, aprimorar a eficiência operacional e redesenhar a organização. Cerca de 200 pessoas estão trabalhando exclusivamente para esse plano, com 17 subtarefas. O projeto custou 24,7 milhões de reais para a empresa no terceiro trimestre do ano.
O esforço tem dado certo. Com um plano de transformação, o grande impacto foi no Ebitda da companhia, que chegou a 77,4 milhões de reais, crescimento de 142%. Em moeda constante, sem considerar efeitos de câmbio, a alta foi de 55,6% no trimestre e de 171,2% nos nove primeiros meses do ano.
Por enquanto, a marca apresenta resultados estáveis de crescimento. Nos nove primeiros meses do ano, as vendas cresceram 3,6%. A companhia, que inclui as marcas Natura e Aesop, viu o Ebitda crescer 7,2% no terceiro trimestre. O resultado ajustado cresceu 33,7%.
Os planos da companhia não param por aí. A previsão é dobrar o Ebitda da marca até 2022, para até 135 milhões de reais, com crescimento de vendas e melhorias em custos. A margem Ebitda também deve crescer, de 8,4% em 2016 para entre 12% e 14% em 2022.

Os 10 cursos online gratuitos da FGV mais procurados em 2018

Até o fim do ano a FGV vai lançar mais três cursos grátis na sua plataforma nas áreas de finanças, marketing e Direito

São Paulo – Até o fim do ano a FGV planeja adicionar mais três cursos onlinegratuitos a sua plataforma de educação executiva.
Fundamentos de marketing, Introdução a finanças: sistema financeiro e geração de valor e Introdução às relações de consumo e aos direitos básicos são os temas que passam a fazer parte do portfólio da instituição, que hoje tem 55 cursos grátis e abertos a todos.
“Os novos cursos foram escolhidos diante da demanda do mercado e do nosso público que tem interesse em cursos das áreas de Marketing, Finanças e Direito”, diz Glauber Lobato, coordenador de Produto dos cursos de curta & média duração da FGV.







A FGV integra o Open Education Consortium (OEC), um consórcio de instituições de ensino que oferece materiais e conteúdos de graça que reúne uma base de 11 milhões de alunos inscritos. “Desde 2008, ano da criação do OEC, houve um crescimento de mais de 20.000% de inscritos nos cursos”, diz Lobato.
A lista tem como base dados colhidos de janeiro ao dia 8 de novembro de 2018:
Duração: 12 horas.
Início: imediato.
Duração: 12 horas.
Início: Imediato.
Duração: 12 horas.
Início: Imediato.
Veja também
Duração: 30 horas
Início: Imediato
Duração: 5 horas.
Início:  Imediato.
Início: Imediato.
Duração: 30 horas.
Início: Imediato.
Duração: 8 horas.
Início: Imediato.
Duração: 10 horas.
Início: Imediato.
Duração: 10 horas
Início: Imediato.

Em internet móvel, Brasil perde de Peru e Equador, mas vence Argentina

Qual é a velocidade de internet no celular no seu estado? Qual é a melhor operadora? Novo estudo mostra

São Paulo – O Brasil ocupa a 71ª posição no ranking global de velocidade de internet no celular elaborado pela Ookla, por meio da sua ferramenta de aferição online Speedtest.net. O país está em nono lugar na América Latina, atrás de países como Peru, Equador e Guiana Francesa, mas está à frente de Argentina, Colômbia, Chile e Bolívia.
Para download, a média de velocidade de internet móvel brasileira é de 18,5 megabits por segundo (Mbps). Já para upload, o número é de 7,52 Mbps.
Os estados com melhores médias de velocidade de internet móvel foram Porto Alegre (24,42 Mbps), Curitiba (22,60 Mbps), Brasília (22,20 Mbps) e Rio (22,02 Mbps). São Paulo aparece no ranking com 20,74 Mbps. Roraima, Pará, Maranhão e Piauí tiveram os piores resultados neste novo relatório da Ookla, que traz dados referentes ao segundo e ao terceiro trimestre de 2018.
Ookla-Speedtest
 (Ookla/Reprodução)

Operadoras mais velozes

As operadoras que conseguiram melhores médias de velocidade de internet móvel foram Claro (26,75 Mbps), Vivo (17,59 Mbps), TIM (13,68 Mbps), Oi (10,63 Mbps) e Nextel (8,42 Mbps). A Claro é apontada pela Ookla como a mais rápida nas dez cidades mais populosas no Brasil.

Banda larga fixa

O ranking da Ookla tambémtraz medições de banda larga fixa. Os serviços com melhores velocidades são os oferecidos pela NET (30,73 Mbps), TIM Live (29,99 Mbps), Vivo (25,84 Mbps) e Oi (7,05 Mbps).
Velocidade-fixa-ookla
 (Oookla/Reprodução)
A média de velocidade da internet fixa para download no Brasil no período do estudo da Ookla foi de 23,64 Mbps, enqu

20 DE NOVEMBRO DE 2018
INDICADORES

Inovação, como é que fica?

No fervor de uma troca de governo e, no caso da atual, com uma real mudança projetada, assuntos diversos são tema de discussão e avaliação. Algumas são típicas de um terceiro turno, mas observa-se que um saudável acomodamento pós-eleitoral, regado por mais conhecimento adquirido pelos formadores de opinião, azeita o andamento e para-se de engrossar o coro de dúvidas reacionárias derrotadas. Surgem mais análises racionais deixando de lado fobias de quem, como em música, só entende de samba e vacila quando apresentado a uma sinfonia.

Um dos temas importantes é a inovação, que já aparece movido pelas partes interessadas. Para haver inovação no país, precisa-se do ambiente para tal, e um círculo virtuoso tem de ser implantado. Ele consiste em se ter excelente educação fundamental que vai alimentar a formação de capital humano e uma cultura empreendedora, gerando gente com conhecimento que usará bons laboratórios e centros de pesquisa para desenvolver tecnologia e aproveitar marcos legais inteligentes, tudo isso direcionado por empreendedores ao mercado global.

A inovação, apesar de ter na ciência e tecnologia um meio necessário para ocorrer, é fenômeno econômico e acontece, nas proporções atuais de sua notoriedade, no caldo capitalista da economia de mercado e com suporte fundamental da cultura empreendedora. Países contrários a este ambiente usam ou usaram ciência e tecnologia apenas para se armar. Negam o mercado e, portanto, são incapazes historicamente de gerar as infraestruturas necessárias para usufruir da inovação. Empresas como Amazon, Google ou Apple surgiram onde o ambiente foi propício e mudaram o mundo. Não nasceram no deserto das ideias estatizantes. 

Assim é, e parece que o Brasil vai para lá. Ciência, tecnologia e inovação são conceitos que não se misturam automaticamente. Ciência existe na academia, promovida por professores. Tecnologia é fruto de trabalho de laboratório na academia e/ou na indústria, promovida por técnicos e engenheiros. Inovação acontece no mercado, promovida pelo ator principal: o empreendedor! Que o novo governo se dê conta disso e incentive as milhares de startups necessárias para gerar as nossas empresas inovadoras. O discurso, por enquanto, é favorável, vamos torcer pela boa prática.

Ricardo Felizzola escreve às terças-feiras, a cada 15 dias - RICARDO FELIZZOLA